Crítica: Alice Através do Espelho – O País das Maravilhas está de volta

Compartilhe

Alice-atraves-do-espelho-analise-00Alice Através do Espelho é um filme baseado no Universo criado por Lewis Carrol (Alice no País das Maravilhas, Alice através do Espelho), no século XIX. Nesse longa, dirigido por James Bobin e produzido por Tim Burton, vemos a continuação dos eventos de Alice no País das Maravilhas, o qual foi um sucesso de bilheteria, praticamente garantindo a sequência.

Como mostra o filme anterior, Alice (Mia Wasikowska) aprende muito sobre si mesma no País das Maravilhas e quando volta a realidade, choca a todos com suas ideias e mudança para uma vida diferente do que todos queriam que ela tivesse. E essa nova pessoa cresceu, amadureceu e seguiu os passos do Pai, um Viajante e explorador que desbravou os mares em busca de alavancar os negócios da família.

A Ovelha Negra

- PUBLICIDADE -

Alice-atraves-do-espelho-analise-01

O retrato da sociedade daquela época mostra que o mundo ainda precisa aprender muita coisa. O filme consegue tratar de maneira bem interessante questões discutidas atualmente como o preconceito com as mulheres, tanto na vida pessoal como na profissional, as regras que a sociedade impõe julgando aqueles que são diferentes (Desde palavras até sua roupa), o tratamento para com aqueles que tem uma renda menor ou que são de “nível” hierárquico abaixo do seu e por aí vai. A Alice ergue o estandarte da mudança, representando toda uma luta contra os padrões e deixando perplexos aqueles que ainda se percebem presos àqueles ideais.

Isso infelizmente nos mostra que um grupo de pessoas tende a resistir fortemente por mudanças, por julgarem que essa é a única maneira que funciona.

- PUBLICIDADE -

Eu sou eu e você é você

Alice-atraves-do-espelho-analise-03

O interessante de tudo isso são as metáforas colocadas dentro do País das Maravilhas, misturadas a ideia de Alice entrar pelo espelho, sugerindo que ela está olhando para dentro de si mesma, e lá ela vai encontrar tudo o que precisa saber para se conhecer e se entender melhor.

Quando a garota se depara novamente com Wonderland, ela percebe que algo está errado – O chapeleiro Maluco (Johnny Depp) não está mais maluco. Alice percebe uma tristeza incomum no seu amigo e parte em busca de uma jornada cheia de perigos, reviravoltas e antigos inimigos para tentar salvar e trazer de volta a boa e velha maluquice do rapaz.

Não, o tempo não para

Alice-atraves-do-espelho-analise-04

Já dizia o poeta CazuzaO Tempo não Para. A questão toda que envolve essa obra é o tempo. O que fazer com esse que lhe é dado? Ele realmente é seu inimigo? Você deve correr contra o tempo?

São essas questões que nos deparamos no dia dia e que o filme retrata de uma maneira incrível, mostrando a personificação do tempo, interpretado pelo ótimo Sacha Baron Cohen, aquele que rege e controla o ciclo de todas as coisas. Ele que a todo momento ensina para os personagens, de maneira bem sutil e engraçada, que não importa o que você faça, o passado é inexorável, o presente é um PRESENTE e o futuro não te pertence. Talvez a principal mensagem do filme se concentra em uma frase, que normalmente aprendemos na marra: “Não podemos mudar o passado, mas podemos aprender com ele“. É poético e muito interessante ver como esses conceitos foram aplicados.

A adição de Sacha Baron Cohen encaixou perfeitamente no filme, o qual em certos momentos rouba a cena, ofuscando até a estrela de Depp. Johnny e sua “tchurma” estão mais a vontade e muito melhores que no primeiro filme, trazendo mais profundidade e leveza nos momentos mais intensos. Acredito que, me dói dizer isso, o diretor, que substituiu Tim Burton, conseguiu organizar e encaixar melhor os personagens naquele Universo do que o Rei do Macabro.

País das Maravilhas está mais Maravilhoso

Alice-atraves-do-espelho-analise-05

Dessa vez encontramos um filme bem menos obscuro que o primeiro, sem batalhas, sem vilões, mais leve, colorido e ainda assim bem profundo e divertido. Cenas clássicas que vimos no desenho da Disney de 1951 foram recriadas de maneira peculiar, trazendo um gostoso saudosismo.

O conceito de realidade não se dá apenas pelo mundo em que Alice está naquele momento, mas também pelas cores (algumas vezes as roupas) que representam uma cena, sendo uma confusão de uma realidade dentro de um sonho, ou um sonho dentro de uma realidade. Isso aconteceu no primeiro e se repete de um jeito bem bacana, fazendo com que Alice repense tudo o que fez até aquele momento e o que significou para ela estar no País das Maravilhas.

Alice-atraves-do-espelho-analise-06
Descanse em Paz

Enfim, Alice Através do Espelho é um ótimo filme para não só para a família e amantes da Disney ou do livro, mas também para quem curte uma ideia diferente de metáforas das nossas próprias atitudes e críticas da sociedade.

Não podia faltar uma homenagem ao eterno Alan Rickman, que faleceu em Janeiro desse ano e fechando com chave de ouro sua carreira, participando no filme como a voz de Absolem, a lagarta que virou borboleta.

Alice Através do Espelho chegará aos cinemas no dia 27 de Maio de 2016.

Confira o trailer logo abaixo

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”