Crítica: Assassin’s Creed e o verdadeiro Salto de Fé

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Uma das franquias mais famosas dos games e que detém uma legião de pessoas fanáticas pela qualidade indiscutível que a maioria dos jogos possui chegou às telonas. Dessa vez, Assassin’s Creed, game da Ubisoft, ganhou uma adaptação para o cinema e trouxe consigo grandes muito do que os games proporcionam.

O filme conta com atuações de Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Iron, Brendan Gleesan e com a direção de Justin Kurzel.

O Salto de Fé

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Normalmente, filmes de jogos tem uma tendência a serem um fracasso, não de bilheteria (Existem muitos filmes ruins que foram muito bem comercialmente), mas de crítica e aceitação do público. Poucos exemplos se salvam em meio a uma lista gigante de tentativas, tais como Silent Hill, Mortal Kombat, Resident Evil (O Primeiro) entre poucos outros.

O projeto de Assassin’s Creed foi ousado e, digamos, que um verdadeiro salto de fé da produtora. É uma história complexa, mexe com conceitos que não são fáceis de entender, ao passo que traz consigo uma grande dose de violência.

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Pois bem, todos esses elementos tiveram a devida atenção, e o espírito dos jogos foi capturado de uma maneira muito interessante e positiva. O salto de Fé foi dado…e o feno foi atingido.

A adaptação

Em todos os trailers lançados, não tínhamos certeza de como seria construída a relação entre os universos que o personagem transita. Para quem não conhece o jogo, Assassin’s Creed tem uma premissa em todos os games da série, na qual consiste em uma busca por um artefato histórico e, através da Animus, uma máquina de alta tecnologia que mapeia os genes do indivíduo e, por fim, transporta a sua consciência encontrar seu ancestral em tempos passados. Desde os tempos mais primórdios, há uma luta entre o clã dos Assassinos contra os templários. O primeiros tentando defender a liberdade das pessoas, e o segundo promovendo a extinção do livre arbítrio para poder controlar as pessoas.

Óbvio que isso não retrata o significado complexo de Assassin’s Creed, mas acredito que numa adaptação, o cerne precisa estar muito bem crível e claro, para assim podemos caracterizar a verdadeira intenção da construção do filme, algo que foi muito bem feito.

Um dos grandes êxitos do filme não foi apenas trazer uma narrativa e uma construção parecida com os jogos, mas sim retratar os movimentos de maneira muito fiel, armas, combates, ação desenfreada, assassinatos e uma das grandes marcas da franquia, o parkour. É exatamente nesses elementos que o longa conseguiu capturar e entregar um Assassin’s Creed legítimo.

Um Assassin’s Creed Legítimo

Algumas diferenças podem ser muito impactantes para alguns e muito interessante para outros. Uma delas é o formato da máquina Animus. Nos games da saga, Animus é uma espécie de cadeira coberta em que o personagem é inserido, mas no filme, um braço mecânico se conecta com o personagem, reproduzindo muitos dos movimentos que são produzidos pelo indivíduo que está na máquina e, de maneira inovadora, projeta todas as memórias para que todos os cientistas que acompanham o experimento possam ver. Podemos concluir que os cientistas se mostram uma referência aos jogadores, que contemplam as memórias que o personagem participa.

Os movimentos que o personagem faz foram muito bem trabalhados e estão exatamente iguais aos jogos. A Hidden Blade e o estrago que ela faz, também retrata perfeitamente o que vimos nos jogos, bem como os saltos nas paredes, os simples movimento de fechar o olho do assassinado e o Salto da Fé.

A Narrativa

Para aqueles que não tiveram relação nenhuma com os jogos, poderão demorar um pouco mais para encaixar os pontos, pois realmente tem um quê de complexidade e talvez até uma pressa em alguns pontos, pressupondo que o espectador já conhece a característica da série. Por outro lado, a construção favoreceu a dinâmica e o ritmo acelerados, o que resultou em cenas de ação super bem feitas, sem perder o DNA de um verdadeiro Assassin’s Creed.

Callun Lynch é um presidiário condenado a morte, porém ele não contava que tinha um ancestral muito importante na história da humanidade, o qual guardava um segredo querido por uma corporação muito poderosa. Cal é levado para um centro de pesquisas Abstergo e é introduzido na Animus para que sincronize com o seu ancestral, Aguilar. Na pele do Assassinos espanhol, Cal precisa descobrir o paradeiro da maçã do Éden, ao mesmo tempo que deve lutar contra os templários, que são forças militares poderosíssimas e numerosas.

A única coisa que não encaixou muito bem, ou que talvez acabou parecendo forçado, foi a motivação de Cal para ajudar os templários a pegar a maçã, mas isso não ofusca o grande trabalho que foi feito pelos atores.

Michael Fassbender estava a vontade no papel de Assassino, Marion conseguiu passar intenção inicial da Abstergo, enfim, todos os atores conseguiram, de maneira muito positiva, adentrar naquele universo complexo e cheio de detalhes. Destaque para a atriz Ariane Labed, que interpretou a Assassina amiga de Aguilar, que não apenas teve importância na narrativa, mas protagonizou cenas de ação formidáveis.

Concluindo, Assassin’s Creed funciona bem como um filme de ação, mas quem é conhecedor e apreciador da série terá grandes chances de curtir demais essa experiência. Bons personagens, cenas de ação muito bem feitas, Narrativa condizente com a série, ótima adaptação e  uma referência aos jogos que emocionará os fãs.

Com certeza está entre os melhores filmes baseados em jogos.

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Uma resposta

  1. Até que enfim um texto sensato em meio a tantas críticas negativas que só enxergam defeitos em tudo. Assisti o filme ontem, e fiquei super feliz com o resultado geral do filme é muito bem realizado. Um bom caminho a ser seguido seria produzirem uma série de TV dos jogos, ao invés de um novo filme.

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