Crítica: Logan – O Primeiro e Espetacular filme do Wolverine

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Foram 17 anos de Hugh Jackman na pele de Wolverine. Quase duas décadas de erros e acertos, de boas ideias e conceitos catastróficos, mas sempre trazendo o carcaju para o topo, mostrando que ainda poderíamos ver algo que realmente trouxesse o espírito do personagem da HQ.

Antes do início das filmagens de Logan, o diretor, James Mangold, havia dito que esse filme teria muitas diferenças com relação a tudo que foi feito anteriormente, tanto do personagem em si, quanto dos filmes de super heróis. Depois de várias especulações e informações, vimos no primeiro trailer ideias e conceitos realmente diferenciados, mas até onde isso iria, ainda era um mistério.

O primeiro filme de Wolverine

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Explicarei o que significa esse título, da mesma maneira que o fiz, quando fomos convidados para o Fox Press Summit, quando naquela ocasião, assistimos algumas cenas de Logan. O que quisemos dizer é que, pela primeira vez, vimos um filme maduro, com um tom mais obscuro, ousado e agressivo, do jeito que sempre aguardamos que um filme do Wolverine fosse.

No texto que fizemos do Fox Press Summit, havíamos cravado que esse seria o melhor filme de Wolverine, o que não seria difícil, mas estaria entre os principais filmes de Quadrinhos – esse segundo já sendo um feito memorável –  e assim foi. Cenas de ação muito bem encaixadas, atores encarnando o projeto com unhas e dentes e garras, direção muito bem definida, sem deixar pontas soltas, tudo muito redondo e bem elaborado.

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Logan

Destaque muito positivo para a história construída, pois nela pudemos conhecer lados diferentes dos heróis. Há um grande motivo para que o filme fosse intitulado como Logan, pois dessa vez, vemos muito mais o lado interno do mutante, que o guerreiro propriamente dito. Wolverine, ou melhor, Logan, é posto a prova em vários sentidos. ‘Num futuro distante, os mutantes estão praticamente extintos, e os que são descobertos, são caçados ferozmente até serem extirpados da face da terra. Mediante a essa guerra quase encerrada, uma garota aparece na vida de Wolverine, a qual ele precisa proteger dos caçadores e de outros perigos inesperados’.

Professor Xavier (Patrick Stewart), criador dos X-Men, grande mentor e um mutante super poderoso está fraco por ter lutado tantas batalhas e cabe a Logan cuidar de seu velho amigo. Portanto, podemos acompanhar um trio inusitado, ao passo que vemos o carcaju com um sentimento forte pelo professor, como se fosse seu pai, e pela garota Laura (Dafne Keen), ou X-23, como se fosse sua filha. Com uma proposta mais fechada, sombria, assistimos em tela personagens se entregando pela emoção, com um íntimo sendo totalmente relevante para a narrativa.

Adamantium como deveria ser

Outra particularidade do personagem Wolverine, que tanto queríamos ter visto em tela, esbanja em Logan, a violência exacerbada. Do início ao fim, vimos um Logan cansado do enfrentamento, mas o Adamantium nunca fatiou tanto quanto dessa vez. Aliado às garras da X-23, brutalidade, membros voando e muito sangue são, finalmente, vistos como queríamos.

As garras de wolverine sempre foram uma das coisas mais bacanas de se ver no cinema, mas agora, a cena é dividida com a garota, Laura. Que menina interessante, que atriz e que personagem. Cenas memoráveis que ficarão guardadas para serem usadas como referência a partir de agora nos filmes de HQ. A entrega da atriz mirim é vista de uma maneira tão natural, tão forte, que a menina rouba a cena e não tenho dúvidas que fará os produtores pensarem em algo a mais sobre essa personagem.

Os inimigos que sofrem danos absurdos com esse metal inquebrável, se mostram muito bem sendo liderados por Donald Pierce (Boyd Holbrook) e criam uma problemática que vai além de caçar mutantes, mas muito também, relacionada ao preconceito e a violência criada sobre essa ótica.

Ainda há muito a ser visto

Quando assistimos ao trailer de um filme, normalmente, a produtora entrega boa parte da narrativa, às vezes até mesmo as principais cenas de um filme. No caso de Logan, muitas informações foram dadas, muitas cenas apresentadas, até mesmo as que vimos no Fox Press, mas posso afirmar com felicidade que a Fox guardou surpresas muito, mas MUITO interessantes.

A narrativa segue uma linha previsível até um certo ponto, quando as coisas começam a levar por um caminho que, nem o mais cético poderia imaginar.Acho que o diretor fez escolhas ousadas, pesadas e, ao meu ver, corretas.

O ritmo no filme é excelente, as referências são interessantes, um alívio cômico no momento apropriado, tensão e batalhas feitas com muita precisão.

Um marco na história dos filmes de super heróis

X-Men foi uma das grandes vitrines, a qual provou por A + B que filmes de Quadrinhos são possíveis e rentáveis. Após todos esses anos, vimos grandes e péssimos filmes, todos tentando sempre se aproximar do fã e trazer um pouco daquele sentimento nostálgico de seu personagem preferido sendo bem representado na telona.

De repente a Marvel chega no pedaço e começa a trabalhar de uma maneira eficiente, conseguindo resultados impressionantes e forçando as concorrentes a agir de maneira diferente. Os filmes de super heróis já passaram por inúmeras fases e, com Logan, acredito que outro caminho será seguido, um algo mais forte, mais maduro e mais fiel a personalidade do herói que tanto admiramos.

Em Deadpool, vimos as características essenciais do personagem em tela, e em Logan, conseguimos ver o verdadeiro Wolverine. Isso nos diz que dá para você conseguir ser fiel ao personagem e alcançar ao sucesso, independente da classificação indicativa, da violência e outros elementos que eram tabus nesse meio. Logan segue por um caminho que poucos escolheriam, mas que agora, muitos olharão com mais carinho para as visceralidades que as HQs expõem.

Concluindo, Logan propõe uma abordagem diferente de um herói de quadrinho, mas permanece na sua raiz, como um Wolverine cheio de defeitos, mas tentando seguir por um caminho que não escolheu, mas é obrigado a seguir por ter certeza que é o certo a se fazer. Com um filme redondo, bem fechado, fecha com CHAVE DE OURO a trajetória de Hugh Jackman, provando para todos que será difícil vermos um personagem tão carismático e tão interessante de acompanhar. Façam um favor a si mesmos, vejam esse filme no cinema – imprescindível.

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4 respostas

  1. A Fox que tanto vem sendo chutada(as vezes merecidamente) foi a grande responsável por essa onda de filmes de heróis de 2000 para cá. Ela acreditou nos personagens e fez filmes maduros e muitas vezes impecáveis, mesmo que errando aqui e ali. Sem querer, até superou com o Deadpool a tendência de fazer dos heróis mera paródia(que verdade seja dita é a essência do Deadpool, mas não dos Vingadores e cia) que faz o sucesso do Marvel/Disney. Nada mais justo que encerrar 17 anos de mitologia do mutantes com um grande filme do Logan, calando muita gente que subestima esse grande personagem e o trabalho do Hugh Jackman.

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