Crítica | Nem Peter Jackson salva Máquinas Mortais

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Novo filme se apoia em Peter Jackson, mas falha miseravelmente

Máquinas Mortais é mais um filme que nasce de um livro de sucesso, de mesmo nome. Em 2009, Peter Jackson adquiriu os direitos de produção do livro e desde então começou a trabalhar na adaptação para o cinema. Contudo, em meio a todos estes anos que separam 2019 de 2009, quando finalmente Máquinas Mortais estreou nos cinemas, Jackson trabalhou em outros projetos, como a trilogia O Hobbit. Assim, Máquinas Mortais ficou estacionado.

Após alguns anos, em 2016, o filme foi oficialmente anunciado em parceria com a Universal. Porém Peter Jackson saiu da direção do longa e deu espaço para Christian Rivers. Este seria o primeiro filme dirigido por Rivers. Jackson escolheu Rivers por ele ter trabalhado em diversos filmes com sua equipe. Rivers até venceu prêmios importantes com os efeitos visuais de King Kong. Além de Rivers, Máquinas Mortais conta com vários nomes vencedores da equipe de Jackson, que trabalharam em O Senhor dos Anéis.

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Mas infelizmente nada disso salva Máquinas Mortais.

A Premissa

Em um mundo bem diferente do nosso, os humanos vivem separados por colônias. O que eram os países, agora são formados por construções sobre rodas, máquinas que servem para os humanos sobreviverem. Tudo mudou após a Guerra dos Sessenta Minutos, e os humanos que sobraram no mundo se reergueram com estas máquinas. Contudo, a lei da sobrevivência se mantém. Cidades maiores absorvem cidades menores, fazendo de sua população parte das grandes máquinas. A principal destas cidades é “Londres” e é onde o filme passa a focar por bastante tempo.

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Em meio a tudo isso, Hester Shaw quer vingança. Conforme o filme avança, ela ganha um aliado chamado Tom Natsworthy e assim a história avança entre a guerra do poder do líder de Londres e outras Máquinas. Embora a ideia no papel pareça legal, no filme é algo um pouco mal explicado, feito às pressas. Mas o que mais se agrava é a falta de carisma de absolutamente tudo.

O que não deu certo?

Embora Máquinas Mortais tenha um visual e parte sonora bem interessantes, faltou muita coisa para que Chistian Rivers pudesse fazer uma boa estreia. O filme tem um roteiro bem furado, com escolhas e saídas fáceis e muita incoerência. Há claramente uma falha gigantesca na direção do filme, que não consegue exatamente mostrar o que afinal queria passar ao expectador. Tudo vira uma salada sem tempero, apenas muito bonita.

Tudo piora com os atores, onde poucos se salvam. As atuações são medíocres, sem sal e sem destaque. Em raros momentos algumas cenas impressionam, enquanto que na grande maioria das vezes parecem bem malfeitas. Se não fosse pelo alto custo do longa, seria algo bem vergonhoso, pois nada consegue ser imersivo o suficiente para que nos importemos com os personagens. Talvez o único que se salve seja Tom. Mas suas motivações e algumas cenas importantes, que definem o curso das decisões de Tom, beiram o patético.

A história é muito rasa, mesmo que seja baseada em um livro. Existem momentos que o filme tenta ser emocionante, mas o que ele consegue é apenas levantar questionamentos em nossas mentes sobre o motivo de terem escolhido determinados caminhos no roteiro. Mais uma vez faltou coerência, inteligência e muito carisma para ao menos Máquinas Mortais ser um filme “ok”.

Simplesmente espere para ver em casa

Certamente a Universal já esteja ciente que seu filme não deu certo. Afinal, Máquinas Mortais foi lançado nos Estados Unidos no final do ano passado e vem acumulando números negativos. Não será o Brasil que vai salvar este longa. O nome de Peter Jackson foi muito utilizado na divulgação do filme. Embora ele também tenha culpa, o fiasco vai cair nos ombros de Rivers. Como seu primeiro trabalho não foi nada bom, fará Máquinas Mortais cair no esquecimento e provavelmente esta grande oportunidade que o diretor conseguiu passe despercebida.

Uma pena, pois visualmente Máquinas Mortais é ótimo. Mas ao mesmo tempo fico feliz em ver que os fãs não se contentam apenas com um bom visual. Uma boa história é algo mais importante do que tudo isso. E Máquinas Mortais falha miseravelmente neste quesito.


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Uma resposta

  1. Bem, bem, nem li o livro de onde o filme foi baseado, mas, certamente, é história geral envolvente – altamente bem filmada e bolada em termos de caracteres, cenas, imersividade, modelos 3D em seus grandes efeitos especiais – que, facilmente, lhe daria nota 9. Bastante interesse a película desperta do início ao fim e, se há falta de verossimilhança na narrativa e quiçá atuações – leves problemas de direção há aqui -, é mais uma história de apocalipse, porém bem realizada que nos prende até o fim!

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