Crítica| Planeta dos Macacos: A Guerra fecha a trilogia com maestria

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A franquia Planeta dos Macacos surgiu na década de 60 e junto com ela vários conceitos e questionamentos bem interessantes de humanidade e tudo o que envolve a sociedade em âmbitos importantes como político, social e etc.

Em 2001, Tim Burton fez uma versão para o filme – que não me agradou muito – trazendo ideias um pouco distintas do que estávamos acostumados, com um tom mais obscuro, e mais macabro – coisas de Burton.

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Foi então que em 2011, a FOX reviveu mais uma vez com Planeta dos Macacos: A Origem contando um pouco da história de como tudo começou e foi a decisão mais acertada possível. A ideia foi traz conceitos e discussões contemporâneas que também vão desde políticas até ambientais, e como os seres humanos, sozinhos, estão fazendo um ótimo trabalho em destruir o próprio mundo.

Essas metáforas utilizadas no primeiro filme, ganharam força e evoluíram para Planeta dos Macacos: O Confronto e fecham com chave de ouro em Planeta dos Macacos: A Guerra.

A Humanidade

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As metáforas que esse filme traz, nos proporcionam momentos de reflexão interessantíssimos, pois tratam justamente da humanização dos animais, e da animalidade dos humanos. Para quem não acompanhou desde o início, os humanos estavam estudando a cura para várias doenças, incluindo o Alzheimer. Durante essa tentativa, o tiro saiu pela culatra, proporcionando um vírus letal para a humanidade, porém deixavam os macacos inteligentes. César foi o primeiro de todos, o líder, o rei e como os humanos, criou uma espécie de sociedade, com hierarquia e tudo o que tem direito.

Ao longo dos filmes, Cesar se mostrou um símio muito mais humano que os próprios, porque demonstrava compaixão, entendimento, liderança e muito amor por sua espécie. Mas tudo isso já era tarde – eles estão em guerra e aí tudo muda.


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Um ponto que vale a reflexão, é que no filme há uma mutação daquele vírus letal, deixando a capacidade cognitiva da pessoa comprometida, bem como a sua fala. Isso retrata e faz uma clara referência a perda da racionalidade, deixando o planeta para aqueles que merecem.

A Guerra

Talvez um dos pontos que acredito que podia ter sido melhor trabalhado – o grande confronto. O coronel, muito bem interpretado por Woody Harrelson, é o antagonista da vez, e o filme inteiro nos prepara para um embate épico, mas acabamos tendo uma surpresa, que foi muito bacana, mas não foi a catarse que esperávamos.

O que vimos muito nos dois primeiros filmes, e com muita qualidade diga-se de passagem, é a luta pela sobrevivência dessas duas espécies, o que dessa vez ficou um pouco de lado, abrindo espaço para outro conceito que estamos bem acostumados hoje – humanos guerreando entre si para impor sua filosofia.

Outro elemento chave do filme é justamente o fato de existirem humanos no meio dos macacos e macacos no meio dos humanos. Isso retrata que há pontos de vista diferentes independente da raça. Cada um tem seus motivos para seguir qualquer um de seus ideais. Seja por bravura, ódio, vingança ou covardia, vimos que nesse filme, macacos e humanos não ficam no preto ou branco, há muito mais coisa em jogo.

CESAR

Se temos que aplaudir de pé é a qualidade tecnológica absurda desse filme aliado a interpretação memorável de Andy Serkis. O ator já havia trabalhado com Captura de Movimento antes – Senhor dos Anéis, King Kong, Enslaved – mas foi com Planeta dos Macacos que o cara elevou essa tecnologia a um patamar fora do comum. Andy conseguiu nos dois primeiros filmes trabalhar Cesar com maestria, mas em A Guerra, vimos uma atuação primorosa e emocionante.

Cesar é uma criatura que tem muitas qualidades, como inteligência, bondade e respeito, porém ao sinal de conflito ele se transforma e o espectador consegue notar na respiração, na fala e principalmente no olhar. Esse último é o que traz uma vida inigualável ao personagem, algo que será bem complicado de reproduzir. Andy, juntamente com o diretor, Matt Reeves, conseguiram extrair o máximo de qualidade que o personagem poderia proporcionar.

Outra atuação que chama bastante a atenção é do mais novo macaco adicionado para a franquia, Bad Monkey. Interpretado por Steve Zahn, o personagem conseguiu trazer um alívio cômico não forçado e foi muito bem encaixado no longa.

Concluindo, Planeta dos Macacos: A Guerra, tem menos “guerra” do que nos outros filmes, mas substitui a falta de conflito armado por questões importantíssimas, metáforas corajosas e crítica fortíssima à sociedade atual. Para quem é fã da franquia, vai – sem dúvida nenhuma – gostar bastante desse longa. Recomendo fortemente assistir ao filme no cinema – sua experiência será memorável, assim como Cesar.

Trailer

 

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2 respostas

  1. Depois desta crítica e ótima avaliação, com certeza, irei ao cinema ver o filme. E Andy Serks é incrível na atuação.

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