Crítica | Velozes e Furiosos 8 flutua entre filme de ação e comédia pastelão

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Velozes e Furiosos chega ao seu oitavo filme e, sem medo algum, continua trabalhando em cima da ação desenfreada beirando e, muitas vezes, ultrapassando o limite do absurdo.

Muitos devem pensar: “É essa a ideia do filme!” – ou – “Para gostar de Velozes e Furiosos você precisa desligar o cérebro.” – Mesmo esses argumentos tendo fundamento em certos casos, ainda há um limite para a verossimilhança.

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Uma das minhas grandes decepções nos outros filmes da série, é que toda aquela magia criada pelos rachas no primeiro filme, se perdeu ao longo das sequências. Há muitos carros e velocidade, mas a disputa 1×1 acabou se perdendo. Em Velozes e Furiosos 8, vemos uma disputa muito interessante, com todos os elementos que deixam a coisa mais quente, valendo um carro de alta potência, mas infelizmente eles conseguem transformar até a corrida numa maluquice sem precedentes.

Por ainda levar o nome de Velozes e Furiosos, carros envenenados e com designs de te dar inveja, continuam protagonizando cenas que variam entre bacanas e bizarras. Os produtores optam sempre por uma cena mirabolante, plástica, cheia de explosões, mas as que empolgam de verdade, são as que mostram a crueza, a visceralidade da perseguição, da dirigibilidade dos carros e da velocidade em si.

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Como um filme de ação, o filme funciona em vários aspectos, mas peca sempre na comédia forçada e no exagero que não é apenas um exagero – ultrapassa o limite do exagero. Jason Stathan, The Rock e Vin Diesesl são, mais uma vez, responsáveis por carregar cenas de luta – que em sua maioria foram bem sucedidas. O problema é quando você coloca The Rock com super força, tirando toda a intensidade e clima da cena.

A história ainda trabalha no pretexto para que eles invadam, roubem e explodam coisas, porém, dessa vez, eles devem agir contra o líder da equipe, Dominc Toretto (Vin Diesel). A motivação para levar a narrativa é bem interessante, fazendo referências a outros filmes, porém ainda passa pela falta de carisma.

Charlize Theron sempre fez boas vilãs, ou até mesmo personagens subversivas e no papel de Cipher, não foi mal, mas suas motivações foram confusas e birrentas.

O alívio cômico nem sempre alivia

Em praticamente TODAS as cenas há uma quebra de gelo, muitas vezes desnecessárias. O filme é construído todo com diálogos rasos – até aí tudo bem – porém, as piadinhas forçadas e frases feitas deixam de ser legais muito rápido. A dosagem ultrapassa o limite e quando você menos percebe, uma cena que parecia densa, torna-se motivo de riso. Mesmo que essa seja a intenção, quebra a imersão e a verossimilhança que aquele Universo está propondo.

É claro que isso não acontece o tempo todo, pois em certos momentos, há qualidade na cena, a qual envolve atores experientes e talentosos. Todos trabalham bem e desempenham seu papel como manda o figurino, deixando sempre o destaque para Diesel.

Velozes e Furiosos tem o que precisa?

Independente do que as pessoas digam (me incluo nessa), Velozes e Furiosos tem tudo o que é necessário para atrair o grande público. Carros deslumbrantes, Cenas de ação frenéticas e com um nível alto de produção, explosões, atores carismáticos, trilha sonora envolvente… Esse conjunto de coisas é exatamente o que vimos nos outros filmes da série e o que consagrou a franquia.

Os exageros, a falta de diálogos concisos, a história do filme fraca, ficam pelo caminho, quando vemos uma chuva de carros caindo do céu e um cara desviando um torpedo de um submarino com suas mãos.

As referências ainda estão lá, ora para homenagear o falecido ex-protagonista Paul Walker, ora para tirar um sarro da cara de Dwayne Johnson.

Conclusão

Velozes e Furiosos 8 segue a mesma linha dos filmes anteriores e continuará fazendo um grande sucesso por ter encontrado uma receita que agrade uma quantidade de pessoas fora do comum. Eu ainda continuo com a opinião de que o filme não sabe se é do gênero ação, ou comédia pastelão. Tem boas atuações, cenas de ação bem coreografadas, mas peca por exagerar o que já é exagerado, forçar piadas em momentos desnecessários e ter uma história que beira a insignificância. Mesmo com tantos problemas, você ainda sim terá momentos interessantes de diversão.

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