A KeokeN Interactive retorna após 4 anos do lançamento de Deliver Us the Moon. Depois de nos levar ao satélite natural da Terra em uma jornada cheia de mistério e reviravoltas, o estúdio decidiu expandir este universo em uma nova aventura, desta vez, em Marte.
Com lançamento marcado para o dia 2 de fevereiro nas plataformas do PS5/ PS4, Xbox Series/ Xbox One e PC, Deliver Us Mars mantém a qualidade narrativa de seu antecessor, porém sua experiência de gameplay traz algumas inconsistências. Abaixo, entenda se a exploração em Marte foi tão boa quanto na Lua.
Marte repleta de mistérios
Deliver Us Mars é uma continuação de Deliver Us the Moon, porém com uma nova história e protagonista. Assim, no controle de Kathy Johanson, também conhecida como a astronauta mais jovem da Terra, os jogadores se juntarão ao Zephyr e sua tripulação em seu último desafio: recuperar as ARCAs, naves-colônia roubadas pelos membros do misterioso Outward, uma utopia de recolonização da raça humana no planeta de Marte.
Os eventos se passam 10 anos após Deliver Us the Moon e, vale notar: Kathy é a criança mencionada em gravações no primeiro jogo e que, agora, seguiu os passos do pai Isaac Johanson. Portanto, com uma missão que definirá o rumo da humanidade, Kathy, sua irmã Claire e seus parceiros de tripulação partem em uma jornada que trará muitas revelações.
Já de início, o enredo de Deliver Us Mars é o grande combustível de sua experiência. A narrativa é uma dualidade de filmes de ficção científica com o “Perdido em Marte”, por exemplo, mas trazendo o drama familiar que Kathy carrega.
A relação de Kahty, Claire e seu pai Isaac é uma linha tênue e isso se agravou mais após a humanidade ter detectado sua extinção. Assim, o game trabalha bem os traumas familiares de Kathy em uma abordagem que explora o passado e o presente da personagem.
Em suma, Deliver Us Mars é uma experiência narrativa dramática em toda sua parte e que compensa o jogador com momentos de mistério e grandes revelações. A evolução da KeokeN Interactive é nítida, e me sinto feliz de ter ficado tão envolvido na jornada de Kathy Johansson em Marte.
Deliver Us Mars sofre com sua condição visual
Embora a narrativa seja seu ponto forte, a condição visual que Deliver Us Mars carrega é um fator que não ajuda numa imersão completa. As expressões faciais dos personagens não trazem um realismo necessário para o peso que uma cena dramática tenta entregar.
Assim, não espere um visual realista. Porém, a parte artística do título traz ambientes chamativos que nos entregam como seria, de fato, habitar em Marte.
Um gameplay inconsistente
Sua estadia em Marte será composta por realização de puzzles – que são bem criativos, por sinal -, exploração e escalada. Contudo, DUM possui mecânicas travadas que prejudicam a experiência de locomoção da nossa personagem.
Ademais, isso se agrava com a presença de quedas de fps e engasgos constantes durante a gameplay. Por fim, problemas de colisão e bugs com objetos nos cenários assolaram minha experiência enquanto explorava certos ambientes.
A nossa personagem, por sua vez, possui uma movimentação estranhíssima que coloca em risco quer queira, quer não, a experiência do jogador.
Afinal, Deliver Us Mars é tudo isso mesmo?
Deliver Us Mars é uma grande evolução narrativa que expande o universo e preenche lacunas deixadas em Deliver Us the Moon. Combinar um tom sci-fi com uma história dramática foi uma combinação formidável para o gênero do título.
Contudo, a continuação é marcada por problemas técnicos que prejudicaram minha experiência com travamentos constantes e quedas de fps. Em suma, Deliver Us Mars traz uma experiência narrativa dramática instigante e um gameplay tão dramático quanto.
