E3 é um patrimônio da indústria dos videogames – e devemos ter consciência disso

E3 2022

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Quando o mundo nem sonhava com uma pandemia que atacaria o mundo a partir de dezembro de 2019, a indústria dos videogames convivia em um enorme dilema com o seu principal evento no calendário. Responsável por momentos históricos e anúncios grandiosos, a E3 enfrentava uma crise de identidade e relevância.

Com a tecnologia sendo cada vez mais presente, alternativas foram surgindo em busca de independência e descentralização da E3, fazendo com que empresas optassem por criar seus próprios eventos e adaptassem seus calendários fora do controle da ESA (Entertainment Software Association), responsável pela organização do evento.

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Desde 1995, as empresas mais relevantes se renuíam em Los Angeles diante de jornalistas para anunciar novidades, datas de lançamento, novos jogos, planos para o futuro próximo e até novos consoles, religiosamente em junho. Com o passar dos anos, a E3 foi ganhando em relevância e audiência, tornando financeiramente rentável para todos os envolvidos.

Com o advento de transmissões ao vivo, o evento passou a ganhar outra dimensão por envolver justamente o entretenimento para os fãs de videogames e todas as pessoas envolvidas. Passando por momentos históricos como o a anúncio do preço do primeiro PlayStation; o anúncio do Kinect e a revelação do Nintendo Wii, o evento foi ganhando outro patamar.

E3 está perdendo força?

A E3 não era apenas uma apresentação feita com slides para que as empresas palestrassem. Palcos temáticos, música e maneiras espetaculares de fazer anúncios foram acirrando a concorrência entre as empresas; tornando assim o evento em espetáculo, uma celebração anual da indústria dos videogames.

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Entretanto, tudo começou a mudar no meado da década passada. Com o fortalecimento de outros eventos do calendário como a Gamescom e a Tokyo Game Show; a E3 estava deixando de ser o grande evento da indústria e passou a dividir atenções com eventos concorrentes que alcançaram dimensões maiores.

A E3 tentou se reinventar em 2016 quando optou abrir o evento pela primeira vez ao público através de ingressos; os quais foram esgotados com rapidez. Os jornalistas, antes prioridade total para experimentar jogos e arrancar entrevistas exclusivas dos desenvolvedores e gestores, reclamaram bastante com a falta de espaço e tranquilidade.

Outros problemas surgiram também, como por exemplo, a falta de investimento no Los Angeles Convention Center; que praticamente não comportou os 69 mil presentes nos três dias de convenção em um espaço de 46.000m2. Porém, nada seria comparado com um gole extremamente pesado que a ESA sofreria em 2019.

A ausência da Sony

Depois da crise de administração da ESA ser exposta, a E3 2019 acabou vendo a saída da Sony, uma das principais forças da indústria e responsável por alguns dos momentos históricos da E3 nos anos anteriores. A empresa disse que estaria buscando “novas maneiras” para envolver a comunidade, optando assim por deixar o evento sem data de retorno.

Por fim, um grande personagem da indústria chamado Geoff Keighley optou por deixar de colaborar com a ESA em 2017 através do E3 Coliseum (palestras com desenvolvedores nos três dias de evento) e resolveu transformar sua premiação anual em um evento muito maior. Para alguns, maior do que a própria E3.

Quando percebemos, o The Game Awards acabou sendo transformado em um evento de anúncios extremamente relevantes, tornando a premiação um mero detalhe diante de um show que começou a reter maior atenção ainda do que a própria E3. A imagem mais simbólica disso talvez seja a reunião de Phil Spencer, Shawn Layden e Reggie Fils-Aim no mesmo palco em 2018.

Ou seja, tudo parecia perdido para a E3, que estava perdendo em importância e credibilidade diante de jornalistas, fãs e membros da indústria dos videogames. Eis que, em 2020, o mundo acaba sendo mergulhado em uma pandemia mortal para milhões de pessoas, cancelando eventos e afastando qualquer tipo de aglomeração ou celebração.

Evento em transformação

Nos piores meses da pandemia em escala global na metade de 2020, o clima de pessimismo e desesperança acabou tomando conta de diversas pessoas, afetando também os negócios. Por isso, pessoas estavam buscando qualquer entretenimento para conseguir distrair a mente para fugir do mundo real.

Por causa da situação grave em junho do ano passado, o evento acabou sendo totalmente cancelado; e 2020 foi o primeiro ano sem E3 após 24 anos consecutivos. E justamente em junho, nas datas em que o evento estaria sendo realizado em condições normais, milhares de pessoas começaram a compartilhar momentos registrados em Los Angeles nas edições anteriores.

Aos poucos, pessoas diretamente envolvidas com a E3 perceberam que este momento do calendário é quando todas as atenções do mundo se voltam para a indústria dos videogames, como se fosse a nossa própria “Copa do Mundo” em que torcemos para vermos nossos jogos favoritos presentes.

O que o futuro aguarda?

Houve, ainda, uma percepção geral de que o evento presencial da E3 é um entretenimento necessário para a indústria. Não apenas em questões financeiras, mas também no aspecto humano. É justamente neste momento, no entanto, em que desenvolvedores diversos, amigos e jornalistas se encontram pessoalmente com pessoas que moram em outras cidades, estados e países.

Ou seja, mesmo que ninguém se coloque contra a realização de eventos paralelos ou separados, a pandemia acabou constatando que a indústria dos videogames como um todo perde sem a E3. Neste caso, é melhor todos lutarem para que o evento volte a ter sua enorme relevância dos anos 2000 e início dos anos 2010s.

Possivelmente, a pandemia ajudará neste processo para que o evento online de 2021 dê seus passes iniciais em busca de uma grande retomada em 2022; quando o evento pretende retornar às atividades presenciais no Centro de Convecção de Los Angeles, um patrimônio para a indústria dos videogames.

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