Hitman III marca o fim da nova saga do Agente 47 com muita qualidade | Análise

Compartilhe

A franquia Hitman sempre figurou entre as grandes do mundo dos games. Mas durante um período, como várias outras sagas, acabou perdendo sua força. O Agente 47 fez sua estreia nos anos 2000, com Hitman: Agente 47, em um jogo exclusivo para PC. Eu joguei este game lá por volta de 2001 ou 2002 e marcou pra mim por ter sido um dos primeiros jogos que experimentei no PC. Desde então eu venho acompanhando a saga do carecão assassino. Hitman 2 (2002) foi um excelente jogo, Hitman 3 (2004) já deu uma repetida em muitas coisas. Assim, a franquia mostrava cansaço com apenas 4 anos de vida e três jogos.

Então veio Hitman Blood Money, o quarto e mais elogiado game até então. Além de expandir o que já conhecíamos, este jogo flertava com o que estamos vendo atualmente na nova trilogia. Era possível tentar passar pelas missões com criatividade e não tanto mais como um jogo linear. Além disso, a narrativa do título era mais pesada e indicava a morte do Agente 47. Hitman neste ponto encontrou uma encruzilhada: ou seguiria sendo um jogo de stealth e assassinato ou apostaria em uma história mais bem contada.

- PUBLICIDADE -

Foi quando chegou Hitman Absolution. As coisas foram bem com a crítica, mas mesmo assim em 2016 vimos o nascimento de uma nova era de Hitman.

Hitman de 2016 reiniciou tudo?

Embora possa parecer confuso, Hitman de 2016 foi um jogo que conseguiu avançar a história do Agente 47. Ainda que seja uma espécie de Soft Reboot, a história começa antes de todos os demais jogos, mas as missões principais são depois de Absolution. Temos uma trama legal, mas o que importa é o gameplay e as diversas opções de se passar pelo mesmo cenário. Isso por si só trouxe uma evolução muito bem vinda. Mas o lançamento episódico não ajudou a popularizar o game. E a parceria com a Square Enix chegaria ao fim. 

- PUBLICIDADE -

Então com Hitman II a IO Interactive continuou seu formato, expandindo todos os elementos, mas mantendo a cara do game de 2016. O jogo chegou completo, agora em parceria com a WB Games. Contudo, a IO deixou essa parceria de lado e se tornou independente de vez e agora nos traz por sua conta própria Hitman III.

Hitman III evolui tecnicamente?

Logo que iniciamos Hitman III percebemos que narrativamente há uma boa diferença em comparação com os demais games. A IO quer contar uma história, além de nos dar um playground divertido de assassinatos. As cenas são mais dramáticas, mais diretas e objetivas, uma vez que este capítulo encerra a trilogia iniciada em 2016. Então são respostas atrás de respostas. Mas a grande evolução está nos gráficos. Hitman III chega direto para a nova geração, com versões para PS4 e Xbox One, mas é nítido que a IO fez um belo trabalho com os novos videogames. Joguei no PC na GeForce RTX 3080 com tudo no ultra e testei a versão do Xbox Series X e S. Realmente em todas as plataformas foi realizado um ótimo trabalho visual.

Em termos de jogabilidade, tudo que era possível fazer antes é possível em Hitman III. Não há também nenhuma mudança absurda ou visível. É uma espécie de evolução tímida em aspecto de jogabilidade, quase que uma expansão. Mas por conta da quantidade enorme de possibilidades dentro do cenário, a maneira como usamos os recursos de jogabilidade aumentaram naturalmente.

Mate como você quiser em Hitman III

Hitman

Como qualquer jogo de stealth que deseja dar ao jogador opções de jogabilidade, em Hitman III podemos ser o Sam Fisher de Splinter Cell e passar despercebido ou o Rambo atirando em todo mundo. Mas a grande diversão está em ser o Agente 47. Nosso personagem sempre foi conhecido pelo poder de se disfarçar de diversas formas. Então, se você for um jogador paciente, é possível identificar no cenário histórias que te levam a entender como se aproximar de seus alvos sem ser notado, andando em locais proibidos, sem ser barrado. 

Essa mecânica foi iniciada em 2016 (ou expandida), e em Hitman III é aprimorada em um nível excelente que entrega uma grande variedade de situações que aumentam consideravelmente o fator replay. Ou seja, você poderá finalizar uma missão e então fazer tudo novamente, mas de uma maneira diferente. Eu fiz isso em vários cenários e adorei a experiência de descobrir formas distintas de finalizar meus alvos. Esta é a grande diferença deste novo jogo para os demais e a grande recompensa ao jogador que quiser explorar mais a fundo tudo que a IO pensou para seu novo jogo.

As histórias dentro da história de Hitman III

Hitman

Eu poderia ficar explicando um monte de coisas que você verá ao jogar Hitman III, mas prefiro detalhar o que vale a pena. A experiência que este novo jogo traz é realmente diferenciada, fazendo a gente entender histórias de nossos alvos que talvez antes não fossem possíveis. Todo cenário tem um contexto, como o segundo, onde em uma mansão uma mulher se esconde do mundo após sua morte ter sido anunciada. Então ela usa isso a seu favor. Em meio a tudo isso, o irmão dela morreu de uma forma inesperada e misteriosa, fazendo de todos na mansão suspeitos. Um detetive é contratado para interferir na situação. Então, ao mesmo tempo, temos que assassinar essa mulher.

Podemos muito bem ir direto para o objetivo, matar a mulher e sair do cenário, afinal essa é nossa missão. Mas e se nos disfarçarmos de detetive, derrubando o profissional que foi chamado para a mansão e tomar o lugar dele? Aí tudo muda e passamos de um jogo de assassinatos para um jogo de detetive, onde devemos conversar com todos os suspeitos, averiguar seus álibis e então determinar quem é o assassino, criando uma oportunidade de chegar próximo de nosso alvo sem levantar suspeitas. Fora muitos outros acontecimentos que podem rolar na missão. Assim, um cenário que poderia ser finalizado em 20 minutos, se torna algo de 2 horas divertidas explorando cada canto e cada personagem.

Contudo, aqui no Brasil há um agravante. Hitman III não possui legendas em português, o que impede que a grande maioria do público possa entender os diálogos. E cada diálogo espalhado pelos cenários é importante. A IO até agora não se posicionou a respeito da falta de localização em nosso país. 

Uma conclusão épica

Hitman III é uma conclusão épica da saga recente do Agente 47, mas que deixa espaço para muitas outras sequências. Afinal, a IO é o que é hoje por causa desta franquia. Porém hoje eles estão com um jogo do 007 em mãos e não sabemos exatamente quando veremos novas aventuras em Hitman. A IO faz um trabalho sólido desde 2016. Alguns aspectos precisam melhorar, como a movimentação dos personagens que nunca foi 100% convincente. No entanto, Hitman está em um patamar onde ele não tem concorrente, sendo um dos poucos jogos que se mantém fiel a sua origem e aprimorando as mecânicas que nasceram lá nos anos 2000.

Assim, Hitman III fecha a trilogia com chave de ouro e é, sem dúvida alguma, o melhor game da saga para mim. Recomendo fortemente, mas principalmente para quem gosta de explorar os cenários em busca de diversas soluções possíveis. 

Compartilhe

- PUBLICIDADE -

2 respostas

  1. com certeza o melhor da série. o jogo continua te prendendo. alto fator replay. graficamente não teve um grande salto. achei que seria uma grande mudança, e que deixaria o jogo mais pesado. o mais notável foi o sistema de iluminação q ficou muito bom. pra mim o game leva nota 9.5

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”