Hotline Miami é uma franquia diferente. Cheio de violência, o jogo mistura diversos conceitos com uma jogabilidade que assusta no começo, mas logo se torna uma delícia de jogar. Agora, com uma coleção de dois jogos para o Nintendo Switch, Hotline Miami 1 e 2 chegam para abrilhantar a já brilhante biblioteca de índies do console da Nintendo.
Eu joguei o primeiro Hotline Miami no PC logo no lançamento. A experiência foi incrível, memorável, deixando aquele game marcado pra mim. Eu havia acabado de me mudar, passava por alguns problemas familiares, e vi naquele gráfico em 2D colorido algo que me fazia viajar. Embora o que me deixava ainda mais maluco era a trilha sonora. Logo, o primeiro jogo foi fechado por mim rapidamente, me deixando com vontade de jogar mais.
A chegada de Hotline Miami 2
Em 2015 chegava ao mercado o segundo game. Com a mesma pegada, mas com um tom mais sombrio e sem nenhum limite, não sei o que ocorreu, mas eu não fui fisgado pela sequência da mesma maneira que fui pelo jogo original. Embora eu tenha jogado no PC com teclado e mouse e o segundo jogo fui no PS4. Talvez os controles tenham me afastado. Não sei ao certo.
Mas agora com a chegada dos dois games ao Switch, a primeira coisa que fiz foi abrir o segundo jogo. Logo de cara a dificuldade dos controles era nítida. Mas aos poucos eu fui entendendo que em 2015 o que me faltou foi mais paciência para insistir. Joguei horas e horas no modo dock e portátil do Switch e percebo que se eu não tivesse jogado Wrong Number (o subtítulo da sequência), eu teria perdido um baita game.
Como está Hotline Miami no Nintendo Switch?
Não há mistérios. Ambos os jogos são “antigos“, se comparados com outros games que já chegaram ao Switch. Era questão de tempo para essa coleção existir. O Switch se encaixa perfeitamente na proposta de Hotline Miami. Todas as missões são curtas, só depende da habilidade do jogador. Então na dock ou portátil, os games se tornam uma bela pedida. Não há problemas de desempenho em nenhuma dessas situações. Mas também pudera, os gráficos são bem simples, embora tragam uma arte diferente até hoje.
Os controles são os mesmos das versões de consoles. Não há nenhum adicional como touch screen, acelerômetro. É o mais pro Hotline Miami com muita estratégia e tiroteio.
Do que se trata Hotline Miami afinal?
Hotline Miami lembra muito os games de tiro com visão por cima do cenário que tínhamos nos 16bits. Me lembra, por exemplo, os games do Rambo. Só que aqui há uma história bem profunda, maluca e muita violência. É possível ver os inimigos através de paredes e traçar a sua estratégia. Em ambos os games, uma vez que o segundo jogo é bem parecido em termos de jogabilidade com o primeiro, é preciso eliminar todos os adversários do cenário para avançar. Podemos usar os punhos, armas brancas e armas de fogo. Assim, quando o jogador perde, logo o game da um respawn. Ou seja, Hotline Miami trata-se de tentativa e erro ao som de músicas hipnotizantes.
A sensação de recompensa ao final de casa missão é incrível. Embora eu veja uma diferença estranha entre o primeiro e o segundo game. Enquanto que no primeiro eu me sentia muito bem por finalizar as missões, no segundo me da uma melancolia estranha ao ver os cadáveres nos cenários, a falta de música até sairmos da missão. Talvez por conta da temática de Hotline Miami 2 Wrong Number ser mais pesada. Todavia, pode ser algo que já estivesse na ideia original do estúdio este tipo de sentimento.
Uma boa opção
Ainda que tenha sido uma ótima conversão para o Switch, senti falta da linguagem em português. Não sei ao certo o motivo, mas não vi opção para mudar as legendas para nosso idioma. Isso fez bastante falta na minha experiência. Uma pena, pois seria algo bem simples de se ter no menu inicial. Fora que já está pronto na versão dos consoles e do PC.
Mesmo assim, a coleção de Hotline Miami é excelente para os donos do Switch. Não teremos uma nota aqui, uma vez que analisei a conversão e não os games em si. Mas saiba que vale muito a pena!
