It Takes Two: Uma agradável surpresa que merece concorrer ao GOTY | Análise

It Takes Two

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Quem poderia imaginar que um jogo simples e mecânicas nada complexas envolvendo aventuras realizadas por dois bonecos seria tão cativante? Assim podemos descrever It Takes Two, uma cativante história de Josef Fares (contando com a colaboração de Soni Jorgensen nos roteiros) em uma aventura totalmente cooperativa.

Este jogo de ação e aventura teve lançamento em março deste ano através da Eletronic Arts, com desenvolvimento da Hazelight Studios, e está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X/S, PlayStation 4, Xbox One e PC.

Uma verdadeira história em família
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A história de It Takes Two é voltada para Cody e May Godwin, um casal que passa por uma grande instabilidade no relacionamento de longa data, problemas estes que estão afetando bastante o emocional da pequena filha Rose. As brigas constantes foram aumentando gradativamente até a filha ouvir uma forte discussão de ambos no qual o divórcio é cogitado pela primeira vez, levando Rose à uma tristeza profunda. Quando os pais dormem, a filha encontra um livro para auxiliar relacionamentos (Love’s Book) enquanto está chorando copiosamente. A aventura começa quando Cody e May acordam já tendo virado bonecos.

A partir de então, começam as aventuras para tornar o relacionamento saudável novamente através de Dr. Hakim, um livro falante que busca aproximar o casal novamente enquanto ambos tentam desesperadamente falar com Rose. Se prestarmos atenção em todo o plot, a história aparenta simples; Porém, possui valor extremamente rico por conseguir “conversar” com as crianças e adultos, fazendo com que o jogo seja recomendado para todas as idades.

Provavelmente, as fases diversas conseguirão estabelecer uma relação de proximidade com as crianças, enquanto os ricos diálogos conectam e despertam interesse nos adultos, principalmente àqueles que possuem filhos. Um dos objetivos da história é tentar estreitar laços familiares, e nisso, o jogo funciona extremamente bem.

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Colaboração!

A progressão da história tornou-se excelente, como se o casal estivesse lendo o Livro do Amor para buscar reconciliação, passando por diversas provações através das dicas que estavam dentro do livro. Por isso, este personagem é fundamental na história, e logo os jogadores se interessam por este livro falante que sempre pregou o amor através de palavras como “colaboração”.

Ou seja, se não houver sinergia entre os jogadores em um jogo totalmente cooperativo, a progressão fica bastante dificultosa. Poderíamos dizer que este não torna-se uma experiência recomendada para os adeptos ao single player, ou para uma dupla entre duas pessoas estranhas. No entanto, se houver interesse e bastante conversa buscando justamente a colaboração, acaba possível que novas amizades possam surgir por causa desta aventura, e talvez seja este um dos objetivos de Josef Farris.

Jogabilidade criativa e bastante variável

O gameplay – de aproximadamente dez horas de duração – também é elogiável. Isso se deve justamente pela variedade de puzzles, ambientações e estilos que modificam a jogabilidade e evitam que tenhamos um repertório repetitivo ou cansativo. Pelo contrário, a expectativa por uma nova surpresa fica cada vez maior com o decorrer da campanha.

Alguns momentos específicos lembraram específicas franquias que fizeram história na indústria dos videogames; como os jogos de plataforma Crash Bandicoot ou os bem sucedidos RPGs, como Demon’s Souls. E através de elementos específicos, principalmente às habilidades especiais dadas para ambos os jogadores, cada fase consegue manter o interesse pela gemaplay.

Minigames!

Em relação ao visual, também cabem diversos elogios para a equipe responsável pelo design das ambientações e pelo layout das fases. Os jogadores sempre acabarão submetidos à ambientes vivos, com muitas cores ao seu redor e diversos objetos para interação. Além disso, devemos constatar que a utilização da expressão “fugir do óbvio” provavelmente acabou utilizada pela equipe de desenvolvimento por justamente ser criativa nos desafios para a progressão.

Por exemplo, em uma determinada fase, era possível exercitar um dos passatempos mais notáveis da infância ao brincar com as tintas disponíveis pelo mapa para fazer pinturas diversas e criar desenhos em um quadro. Podemos dizer que este momento chega ser até emotivo para aqueles que estão relembrando seus tempos de criança; ou até mesmo recriando este momento com seus filhos através do videogame.

Podemos destacar também a adição de minigames diversos espalhados pelas fases de It Takes Two, desde os mais tradicionais aos mais criativos. Há também a presença de fliperamas para jogos de corrida, desafio de obstáculos; skateboarding, corrida de lesmas e até mesmo um tabuleiro de xadrez com a possibilidade de ambos se enfrentarem em uma partida real no videogame. Ademais, jogos de lutas acabaram homenageados através de um rápido segmento no qual um dos jogadores devem enfrentar uma planta gigante.

Aspectos técnicos, em sua maioria, bem executados

Os controles funcionavam perfeitamente e o mapping tornou-se muito decente, principalmente pelo fato de não confundir os jogadores ao evitar mudanças nos botões dedicados às habilidades especiais de cada fase para ambos; uma decisão fundamental visto que a prioridade desta aventura não estava em construir uma experiência dificultosa.

Inclusive, as vidas quase infinitas também não deixaram It Takes Two “ridículo” ou “fácil demais”; com o fato de um jogador poder reviver sempre caso o outro esteja vivo (o game over ocorria apenas quando os dois estavam mortos simultaneamente). A dificuldade real estava na resolução de puzzles, os quais buscavam explorar a criatividade dos jogadores através do raciocínio. Ou seja, a dificuldade não concentrava-se nas boss battles, as quais representavam dificuldade média quando o jogador descobria o método para eliminar os inimigos.

Quedas de framerate
It Takes Two

Se existe um ponto que podemos criticar negativamente consiste em pequenas quedas de framerate em momentos específicos (em consoles da geração anterior, pelo menos); principalmente àqueles onde há diversos elementos de cenário sendo modificados instantaneamente. Ao escapar de um relógio gigante, tornou-se possível verificar uma lentidão considerável por alguns segundos, mas nada que consiga interferir brutalmente na experiência.

Enquanto isso, a trilha sonora também merece seu destaque por apresentar músicas envolventes durante as sequências, principalmente nas batalhas. Não há músicas épicas como àquelas que costumamos ouvir em determinados jogos como Final Fantasy e Kingdom Hearts, mas as trilhas de It Takes Two passam longe de desagradar os jogadores. Não só isso, mas devido ao seu visual bastante agradável, devemos ressaltar também como a direção de arte trabalhou muito bem nas ambientações e nos efeitos especiais das fases, tornando ainda mais interessante os acontecimentos da história.

It Takes Two
Vale à pena ter essa experiência?

It Takes Two vale bastante a compra, principalmente graças no contexto atual do mundo onde temos cada vez menos interações pessoais devido às condições pandêmicas. Toda essa aventura pode acabar servindo para criar novos laços e principalmente aproximar/reaproximar algumas relações enfraquecidas nos últimos meses. A importância social deste jogo chega lembrar o papel que Animal Crossing: New Horizons desenvolveu ano passado; através de um roteiro extremamente rico e diálogos muito consistentes.

It Takes Two

A conclusão da história de It Takes Two acaba sendo da melhor maneira possível; pois o foco é justamente na mensagem que os desenvolvedores quiseram passar desde o início. Não há um boss final, ou uma fase extremamente difícil no clímax. Existe, no entanto, apenas a recondução de um casal e a confirmação de que pessoas unidas podem se tornar mais fortes, e que cada pessoa realmente possui um sonho; uma habilidade especial na vida real que seja capaz de satisfazê-la, com incentivo para os jogadores ultrapassarem barreiras e realizarem sonhos.

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