Jogamos Detroit Become Human e a sensação que ficou é excelente!

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Dentre tantos jogos já lançados que estavam disponíveis na BGS, seria fácil para algum game que ainda não chegou às prateleiras fazer sucesso entre os jornalistas e os jogadores por conta da novidade. Detroit Become Human, novo jogo da Quantic Dream, se encaixava facilmente neste quesito. O estúdio, responsável por Indigo Prophecy (Fahrenheit), Heavy Rain e Beyond Two Souls não mudou seu estilo. Porém, o novo jogo impressiona pela direção que toma ao realmente deixar as rédias dos acontecimentos nas mãos dos jogadores.

Detroit Become Human vai contar a história de uma humanidade que construiu Androides para fazer serviços que antes eram dos humanos. No entanto, estes Androides acabam tomando conhecimento de suas situações, como se tivessem vida realmente. Assim, através dos 3 personagens jogáveis nós vamos conhecer vários lados da moeda, que pode definir se os Androides são do bem ou não. Mas principalmente, se eles possuem direitos de viver como humanos. Ou será que eles são tão bem feitos que possuem almas? Tudo isso ficou em minha mente após ter algumas experiências com o jogo.

Antes de Jogar, nós assistimos

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No estande da Playstation na BGS, fomos convidados a assistir uma apresentação à portas fechadas de Detroit Become Human. Nessa demonstração, onde um dos produtores do game jogava em nossa frente, fomos apresentados ao personagem Markus. No ano passado ficamos conhecendo Kara e Connor. Jogando com Markus, o produtor mostrou diversas nuances da jogabilidade, que é realmente muito parecida com os projetos já lançados de David Cage. Mesmo que mantenha a essência de escolhas, narrativa e jogabilidade mais lentas, é perceptível a preocupação da Quantic Dream em deixar que o jogador realmente escolha seu caminho.

Nessa demonstração jogada com Markus, o produtor demonstrou dois caminhos possíveis: a do lado cívico e a do caos. Mas temos que nos lembrar que Detroit Become Human é um jogo que trata de vidas, mas elas não são humanas. Fatalmente tudo que envolve o jogo acaba nos fazendo lembrar de Blade Runner. Os Androides querem ser reconhecidos como seres com vida. Os humanos não querem dividir espaço com criaturas artificiais. Apesar de ter muitas provas disso durante a apresentação que assisti, foi jogando com Connor que tive a melhor representação deste dilema.

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Abrindo a mente

Connor é um Androide que tem como objetivo resolver situações delicadas. Ele é convocado a um apartamento onde uma criança é mantida refém e ninguém consegue avançar com as negociações. Ele não sabe quem é a pessoa, quem é o sequestrador e nenhuma de suas intenções. Ao chegar no apartamento, a polícia leva a mãe da criança para fora e ela vê Connor, fica sabendo que ele será responsável por salvar ou não sua filha. No mesmo momento a mulher esquece que o Androide será o provável salvador da situação e o ataca, dizendo que não queria ter um ser como aquele envolvido naquilo. Connor, como um Androide em busca de resolver o que foi designado, tem uma reação bem fria.

A polícia também trata o agente de uma maneira surreal. Tudo demonstra que os Androides não são lá muito bem vindos na vida dos humanos. Detroit Become Human então nos liberta para explorar o cenário com um único objetivo: salvar a garota a tempo. Se na demonstração que vi onde Markus era o protagonista o objetivo era invadir um local, fazendo Detroit Become Human parecer um Watch Dogs, enquanto jogava com Connor parecia estar jogando os velhos point and clicks, com muito mais opções ao meu redor. Novamente, tudo se parece com os demais jogos da Quantic Dream, mas há uma nítida evolução na mecânica.

Após muitas investigações no local e uma pressão enorme para saber o que estava acontecendo antes que algo trágico ocorresse, descobri diversas coisas. O pai da criança havia morrido nas mãos do sequestrador. O sequestrador era próximo da família e matou o pai da garota após descobrir que seria substituído. Sim, ele é um Androide.

Escolha rapidamente

A pressão é algo que fará parte da jogabilidade de Detroit. O jogador precisava escolher rápido o que irá fazer ou dizer. Por diversas vezes o próprio jogo da a entender que ele Connor um ser com vida. Mas acima de tudo ele pensava em salvar a pequena garota. O jogo nos deixa livre para ir diretamente ao objetivo, que é negociar com o Androide mal feitor, mas ficou bem claro que é de suma importância explorar o ambiente.

Assim, o jogo vai te mostrando qual o nível do seu provável sucesso – ou fracasso. Ao meu lado, Alepitecus também jogava o game e viu um desfecho completamente diferente do meu, onde mesmo após muita conversa e decisões importantes, a vida dos humanos valeu mais que a vida dos Androides. Se é que eles possuem vida…

Um jogo chocante, com grande potencial

Eu sou um fã de carteirinha dos jogos da Quantic Dream. Ainda hoje Indigo Prophecy é o melhor jogo do estúdio, por tratar de diversos assuntos muito complexos num único pacote. Heavy Rain é fantástico, melancólico, cheio de surpresas. Mas devo dizer que não gostei tanto de Beyond Two Souls. Na tentativa de criar poesia, a Quantic Dream se perdeu e o resultado não foi tão legal quanto os jogos anteriores. Agora Detroit Become Human me deixou a impressão de que este poderá ser o melhor jogo da empresa.

Muita gente não gosta de games como esses, pois dizem que são filmes interativos. Mas isso não é verdade à medida que a gente vê que a estratégia é essencial para criar situações que o jogador quer ver. E isso também é videogame. Não há uma história definida, tudo ocorrerá de forma diferente para cada pessoa que joga. Isso é tão verdade que o produtor do jogo nos garantiu que não haverá volta, caso um dos personagens morra. Apesar disso, sinto que com Connor será diferente. Ele deve ser uma consciência que existe em diversos modelos iguais a ele, e suas missões possam ser fatais. Apesar de ele ser o mais humano até agora dentre os três personagens que vi no game, ele deve ser o mais distante de querer se tornar um. Como se ele aceitasse sua condição e quisesse apenas finalizar suas missões.

Mas isso só saberemos realmente no ano que vem, quando Detroit finalmente chegar ao PS4.

 

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