Star Wars VIII: Os Últimos Jedi é tenso, memorável e um dos melhores da franquia

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O diretor Rian Johnson tinha uma tarefa complicada pela frente. Fico imaginando o que passava na cabeça dele quando criou o roteiro de Star Wars Episódio VII: Os Últimos Jedi. O que ele deve ter pensado, já que este é justamente um dos maiores méritos do filme? Após o retorno da franquia com J.J. Abrams na cadeira do diretor, os fãs ficaram convencidos de que estavam diante de um verdadeiro Star Wars e uma nova lenda nascia. Depois, em uma estratégia arriscada, a Disney nos trouxe Rogue One, que surpreendeu por sua qualidade. Dois anos após O Despertar da Força, podemos finalmente entender o que Luke Skywalker quis dizer com sua frase enigmática nos trailers do filme, que dizia: “Os Jedi precisam acabar.

Mais dramático, mas também é aventureiro

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Os Últimos Jedi, assim como O Despertar da Força, faz um ótimo uso do legado da franquia Star Wars. Traz muitas cenas icônicas e nostálgicas, que hoje em dia até poderiam ser feitas com melhor qualidade. Mas em troca, perderiam o sentimento que nos fazem lembrar como a trilogia original da saga é ótima. O filme já começa lotado de ação, nos relembrando personagens importantes, como Poe, Finn, Rey e nossa querida Princesa Leia. Assim como em O Império Contra-Ataca, as coisas já estão aceleradas e os acontecimentos do primeiro filme tem grande impacto no roteiro do novo. O longa praticamente começa momentos depois que Rey entrega a Light Saber para Luke e retoma a ação.

No entanto, a história aqui é menos aventureira e mais profunda. É uma batalha interna travada dentro de cada um deles, para entender o que cada um deve fazer. A interação de Rey e Luke é ótima e é muito bom ver Mark Hamill novamente neste papel icônico. Os Rebeldes precisam de uma luz de esperança e Luke pode ser essa luz. Mas o mestre Jedi também tem seus próprios conflitos e finalmente ficamos sabendo porque ele está no planeta Ahch-To. Mesmo que Os Últimos Jedi seja um pouco parado nos seus 40 minutos iniciais, os diálogos e acontecimentos mais calmos contextualizam muito bem o que virá a acontecer no futuro da franquia.

Luke Skywalker e o balanço entre a luz e a escuridão

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O mais legal de Star Wars Os Últimos Jedi é que mesmo os mais atentos, que gostam de tentar adivinhar o que vai acontecer, terão problemas com a imprevisibilidade do roteiro. Existem sim cenas que podem ser julgadas como mal feitas ou mal explicadas. Porém, no geral, temos um filme tão redondinho e com uma história muito boa. Parece até que tudo ocorre num intervalo pequeno de horas. O ritmo é intenso depois que passamos dos 40 minutos iniciais, mas mesmo assim tudo é bem tenso. A Rebelião está quase no fim, são poucos sobreviventes e o ataque que sofrem é devastador. Dá um desespero por diversas vezes.

Mas novamente, quando você pensa que sabe o que vai rolar, tudo muda. As intensões de Kylo Ren, as ideias de Rey, o caminho que ela quer seguir. Outra coisa importante a se notar é o retorno de Luke. O personagem é de extrema importância para a história e não está lá somente para agradar os mais nostálgicos. Ele tem papel fundamental em todo o filme. Luke e Snoke são praticamente o que mantém o balanço entre a luz e a escuridão naquele momento do universo de Star Wars. Já Rey e Kylo Ren precisam decidir que lado seguirão. O filme explora muito bem esse contexto e dá vários momentos para que os atores não somente brilhem a sabre de luz, mas também brilhem em suas interpretações.

Eu acho que esse talvez tenha sido o filme que Mark Hamill mais me convenceu como Luke Skywalker. E olha que o acho um ótimo ator para este papel em todos os filmes que ele fez. Mas não sei, esse filme vai marcar muita gente. Ao menos três cenas não saem de minha cabeça e duas delas tem Luke como foco central. Um espetáculo.

Nem a Força é forte o bastante às vezes

Mas não é somente de Luke Skywalker que Star Wars Os Últimos Jedi vive. A história leva Finn e Rey novamente em aventuras épicas onde eles precisam ser mais corajosos ainda. Quem reclamou de Kylo Ren no filme anterior talvez agora possa repensar um pouco sua opinião. Tanto o ator Adam Driver quanto o próprio personagem estão mais interessantes, além de importantes. A aventura de Rey e as dúvidas de Kylo Ren nos levam a entender ainda mais o conceito de ser um Jedi ou um Sith e coloca todos os valores de Star Wars, construídos durante tantos anos, à mesa. Tudo que se vê é um delírio para os fãs e um aprendizado para os novatos.

Este conceito de bem e mal, luz e escuridão é até batido e utilizando em tantas outras obras, seja no cinema, séries, animes e até videogames. Mas aqui é Star Wars, a força é carismática mesmo sem um Jedi ou um Sith fazendo uso dela. É algo que não se vê, mas se sente. Quando é bem empregado em um filme como este, se torna algo tão crível e divertido que qualquer comparação com outras batalhas entre o bem e o mal não será nada igual ao que vemos em Star Wars.

Há uma tensão tão grande no filme, que diferente do anterior, temos até menos piadas. Todas elas são bem colocadas e encaixadas com a narrativa (até Luke faz algumas) e ajudam a manter a cara que Star Wars sempre teve. A dor da partida de Han Solo, a dor que Luke carrega consigo e até mesmo a ilha que ele se encontra agora são parte do que ele é hoje. Ele se tornou uma lenda, mas aparentemente existiram coisas mais importantes para Luke que ele não alcançou.

Não é o melhor da saga, mas é próximo disso

Na sessão em que eu estava, existiram momentos que a plateia batia palmas. E estamos falando de jornalistas, que geralmente se seguram para não mostrar o que realmente estão achando de um filme antes de escrever uma crítica. Mas eu entendo, eu quase me levantei em diversos momentos para aplaudir. Sim, o filme é tudo isso MESMO! Mas não é perfeito. Algumas cenas desconexas e mal produzidas surgem durante a aventura, mas não conseguem estragar o produto final.

Star Wars Os Últimos Jedi tem muitos méritos por conseguir manter o alicerce da franquia. E o melhor, sem precisar seguir uma fórmula para fazer sucesso. Mas também consegue nos levar para novos caminhos, talvez até sem volta, em que o drama é muito bem desenvolvido. Personagens carismáticos, um mundo lotado de novas criaturas, locais e referências. O carisma é a maior magia do filme e é impossível não gostar ou se importar com os personagens. Fora que é a despedida de Carrie Fisher (Princesa Leia) da saga e da vida. Fica um sentimento ainda mais memorável com este filme por conta disso. Para quem está ansioso para ver só digo uma coisa: o filme deveria se chamar “Star Wars: A Espera Valeu à Pena”, e foi memorável.


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Uma resposta

  1. Você escreve muito bem, parabéns. Mas o filme é horrível. O que você descreve parece ser de outro filme. Nem parece que você assistiu os outros Star Wars. Se assistiu não entendia nada!

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