Superman marca renascimento do DCU com alma, ousadia e muito coração | Crítica

Superman

Compartilhe

Superman retorna em grande estilo com James Gunn no comando

James Gunn decidiu abrir os trabalhos no DCU com o herói mais icônico dos quadrinhos. E para surpresa de muitos — inclusive da nossa equipe — esse novo filme do Superman é uma das experiências mais divertidas e emocionantes que a DC entregou nos últimos anos.

A convite da Warner, fomos assistir ao filme antecipadamente e podemos afirmar, sem spoilers, que o longa é mais do que um reboot: é uma carta de amor ao personagem e ao universo da DC, misturando leveza, heroísmo e emoção com doses certeiras de humor e ação.

- PUBLICIDADE -

Um Superman diferente de tudo o que já vimos

Superman

Em meio à saturação do gênero de super-heróis, James Gunn surge com uma nova proposta para o início do DCU. E esse novo filme do Superman, diferente de tudo que vimos nas últimas encarnações do herói, aposta na leveza, humanidade e nostalgia sem abrir mão da ação e da emoção.

- PUBLICIDADE -

Desde os primeiros segundos, o filme é direto ao ponto: não há tempo para recontar origens. Seres superpoderosos existem há séculos, a nave de Krypton caiu há 30 anos, o Superman se revelou há três, e agora ele enfrenta sua primeira derrota. É isso: você já conhece esse mundo. Bem-vindo ao novo DCU.

A abordagem é ousada. Gunn evita o didatismo e opta por jogar o público no meio da ação, como se abríssemos uma edição avançada de uma HQ. Assim, a história se constrói à medida que avança, deixando a exposição para diálogos pontuais. O longa, entretanto, vai além da agilidade. Ele tem coração.

Personagens cativantes, mas um rouba a cena…

Clark Kent, interpretado por David Corenswet, é mostrado em sua versão mais humana. Ingênuo, gentil, um verdadeiro “garoto da fazenda”. Longe do messianismo de Zack Snyder, esse Superman é acessível, falível e apaixonante. Corenswet entrega carisma, idealismo e vulnerabilidade em doses exatas.

Ao seu lado, Rachel Brosnahan brilha como Lois Lane. A repórter não apenas questiona o Superman, mas o confronta com a inteligência e bravura que sempre definiram sua personagem. Não só isso, mas a química entre os dois é palpável, e as cenas entre Lois e Clark variam entre debates filosóficos e charme romântico com muita naturalidade.

Mas o grande trunfo do filme é Lex Luthor. Nicholas Hoult está assombrosamente convincente. Seu Luthor é calculista, mas infantil. Genial, mas frágil. Há algo de trágico em seu antagonismo. E quando suas motivações são reveladas é impossível não enxergá-lo como o Lex mais completo que o cinema já viu. Ele não apenas quer destruir o Superman — ele quer vencê-lo ideologicamente.

Kripto!

E então temos Kripto. O cachorro voador era motivo de preocupação para muitos fãs — inclusive para nós. Mas Gunn prova, mais uma vez, que enxerga além da superfície. Kripto entrega algumas das melhores cenas do filme. Divertido, carismático e emocional, ele ajuda a suavizar a trama sem jamais desrespeitar a gravidade da narrativa.

O núcleo de coadjuvantes também merece elogios. Senhor Incrível (Edi Gathegi), Mulher-Gavião (Isabela Merced), Lanterna Verde (Nathan Fillion) e Metamorfo (Anthony Carrigan) são introduzidos com naturalidade. Mesmo com pouco tempo em tela, eles têm presença, função e personalidade. O roteiro sabe como fazer cada um deles brilhar no momento certo.

Alguns tropeços, mas nada que atrapalhe a experiência

Superman

No entanto, o filme não escapa de pequenos tropeços. O segundo ato sofre com excesso de subtramas. As linhas narrativas se expandem demais, e em certos momentos a história parece dispersa, com um plot twist que poderia entregar um pouco mais. Ainda assim, essa fase é redimida pelo poderoso terceiro ato.

Na reta final, o filme encontra foco. As cenas de ação impressionam visualmente , a trilha sonora se intensifica e o embate entre Clark e Lex atinge seu ápice. Aqui, os diálogos são tão importantes quanto os socos. Não só isso, mas presença do Ultraman adiciona ainda mais complexidade, mas sem sobrecarregar.

James Gunn opta por um Superman que não quer salvar o mundo apenas com força. Ele quer entender, amar e pertencer a esse mundo. O foco no Clark — não no Kal-El — é a maior diferença. Ele é um herói com pais orgulhosos, um cachorro inseparável (e teimoso), um namoro cheio de altos e baixos e uma vontade inabalável de fazer o bem. Isso é poderoso.

Visualmente, o longa é uma celebração da estética dos quadrinhos. Figurinos, cores, efeitos especiais e direção de arte fazem com que o mundo do Superman pareça ao mesmo tempo novo e familiar. E com duas cenas pós-créditos, a DC deixa claro: esse é só o começo.

Veredito

“Superman” não é apenas um bom filme de herói — é um manifesto. James Gunn resgata a essência de Clark Kent, olha para o futuro do DCU com confiança e entrega uma história leve, emocionante e cheia de propósito. É um filme que entende seu protagonista e o respeita profundamente.

Superman renasce para uma nova geração. Pode não ser perfeito, mas é exatamente o que a DC precisava. Uma promessa de que dias melhores virão.

Nota: 9.5

Comente o que você achou da nova fase do Superman, compartilhe com os amigos e não deixe de acompanhar nossas últimas notícias e análises de séries e jogos.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”