As taxas são um problema
A Unity procurou esclarecer os planos de cobrar uma taxa de instalação para jogos feitos com suas ferramentas.
Esta reação ocorre depois que o anúncio da mudança gerou uma revolta dos desenvolvedores amadores. De acordo com um comunicado, a nova Runtime Fee estará presente em jogos que ultrapassarem o limite mínimo de receita. Além disso, jogos que tenham ultrapassado uma contagem mínima de instalações vitalícias.
Por isso, o executivo Marc Whitten defendeu a Unity em entrevista ao Axios. O CEO disse que a empresa ajustou a política e cobrará apenas por uma instalação inicial. No entanto, se um usuário quiser instalar um jogo em vários dispositivos, como PC e Steam Deck, isso contará como duas instalações.
Além disso, taxas para títulos baixados por meio de serviços de assinatura como o Game Pass serão cobradas de distribuidores como a Microsoft. O CEO garante que não cobrará taxas de desenvolvedores. Whitten estimou que os limites estabelecidos resultariam em cerca de 10% dos desenvolvedores do Unity tendo que pagar taxas.
O anúncio gerou indignação entre alguns membros da comunidade de desenvolvedores na indústria. Estes afirmam que a nova estrutura de taxas está mal concebida, desfavorável aos fabricantes de jogos e sujeita a abusos.
Os desenvolvedores questionaram por que a Unity decidiu introduzir taxas que poderiam penalizá-los por colocar seu jogo em uma grande venda ou decidir incluí-lo em um pacote de caridade ou em um serviço de assinatura como o Xbox Game Pass.
Por fim, esta polêmica afeta inclusive alguns jogos disponibilizados anteriormente. O estúdio Cult of the Lamb, Massive Monster, disse aos jogadores para comprarem o jogo agora, “porque iremos excluí-lo em 1º de janeiro”.