Análise: Assassin’s Creed Origins cumpre o prometido, mas podia ter feito mais

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Assassin’s Creed Origins é o novo jogo da franquia de sucesso da Ubisoft. O game teve como base histórica o Egito antigo e, por esse motivo, já seria interessante, mas a ideia era mudar tudo o que conhecíamos sobre a saga dos assassinos.

O primeiro Assassin’s Creed foi lançado em 2007 e veio com uma proposta muito interessante. Trouxe uma mistura de ficção científica com uma aventura épica flertando com a história antiga que conhecemos. Apesar de limitado, o primeiro jogo abriu as portas para uma longa saga da industria dos jogos.

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Depois de um longo tempo de jogos bons, médios e ruins, a franquia caiu na armadilha do “mais do mesmo”. Trocavam a época, os personagens, as histórias, mas as mecânicas repetitivas e os bugs, cansaram o grande público. Vale lembrar que a franquia criou uma tendência muito forte no mercado, sendo seguida por grandes outros players que fizeram seus jogos bebendo da fonte de AC. Agora a história foi reversa, pois a Ubi decidiu voltar à prancheta para renovar os conceitos até hoje criados.

A Origem da renovação

Alguns meses atrás, soubemos que os desenvolvedores da Ubisoft estavam pegando referências de jogos consagrados para trazer uma experiência diferente e agradável. The Witcher 3 foi uma das fontes mais evidentes, as quais estão presentes em várias mecânicas. Há muito de Dark Souls no jogo, principalmente nas batalhas.

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De tudo o que foi planejado para Assassin’s Creed Origins, o combate foi o que teve maior foco na mudança. Antes com algo mais automático, normalmente um combate mais reativo, agora tornou-se mais orgânico, ou seja, mais fluido e complexo.

Agora você possui um escudo, uma arma de mão (espada, lança e mais uma gama de outras lâminas) e um arco. Cada estilo de arma tem uma ideia diferente para as batalhas. As armas corpo a corpo, podem possuir um poder de sangramento, envenenamento e outros efeitos. Já os arcos podem ser insanamente velozes com pouca potência, lentos com uma potência devastadora e o último lançando múltiplas flechas, atingindo vários inimigos ao mesmo tempo. Por fim, tem o escudo que pode ser mais eficiente no corpo a corpo, ou ataques a distância.

Outra mudança expressiva foi a inclusão de mecânicas de RPG mais intensas ao jogo. O personagem sobe de nível, aumentando seu status. Suas armas podem ser melhoradas. Seus acessórios podem ser incrementados e potencializados. Os inimigos são mais fortes de acordo com seus níveis. Você pode coletar materiais para melhorar seus equipamentos. Sem contar a árvore de habilidades incrementada e que segue três caminhos: Combate corpo-a-corpo, a distância e a “magia”. Isso entre outros detalhes que provam que o jogo está nesse caminho.

Outra adição muito bacana foi a chegada de Senu, a águia de Bayek. Com essa personagem, ao invés de termos a Eagle Vision, Senu é encarregada de inspecionar, encontrar objetivos e até mesmo participar de combates.

O que restou de Assassin’s Creed

As mudanças foram drásticas e bem significativas, mas é correto dizer que ainda há o DNA de Assassin’s Creed. Os fãs podem ficar tranquilos, pois a Hidden Blade ainda está presente. A sincronização de mapa também faz parte desse título.

O Assassino da vez, Bayek, segue com características do que víamos nos anteriores. Carismático, habilidoso, corajoso e com uma destreza impressionante.

 

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A vida dos ambientes subiu de nível, mas é algo presente nos outros jogos da série. Sempre com pessoas representando uma cultura local e a vida selvagem acompanhando. Nesse caso, obviamente, a fauna está mais presente seja passiva ou hostil, com hipopótamos e crocodilos furiosos.

Como de costume, e não podia faltar, as cenas contemporâneas estão ativas. Em Assassin’s Creed Origins, Layla é a pessoa que se encaixa para o papel invocar o antepassado dentro do Animus. Com uma situação mais precária, você também consegue explorar o local em busca de novidades e informações sobre os tempos do Egito Antigo.

O início de Assassin’s Creed Origins

No primeiro game da série, pudemos acompanhar as aventuras de Altaïr Ibn-La’Ahad na época das cruzadas. Depois Ezio Auditore no Renascimento e assim, sucessivamente, avançando na história. Passamos por Guerra Civil Americana, Revolução Francesa, Pirataria e muito mais. Dessa vez, vemos outra mudança, pois conta um pouco da origem de toda a ideia dessa guilda tão famosa.

Assassin’s Creed Origins vai ao Egito antigo e te coloca na pele de Bayek de Siwa. Este é um medjai (força militar de elite), os quais eram grandes protetores dos faraós e os que mantinham a ordem. No momento político atual, há uma grande ruptura e você precisa enfrentar os grandes “causadores” dessa confusão, a Ordem dos Anciãos – substituindo os templários dos jogos anteriores.

Bayek é motivado por uma vingança pessoal, mas acompanhamos um cenário político forte para a narrativa. Nesse jogo encontramos a famosa Cleópatra, Ptolomeu e o grande imperador Romano, César. Alianças, intrigas e batalhas sangrentas traçam um paralelo muito interessante com a história que conhecemos.

Veja também: Watch Dogs e Assassin’s Creed fazem parte do mesmo universo

Nem tudo é perfeito

A ideia de renovação de Assassin’s Creed foi bem sucedida. Isso é inquestionável. O problema é que ainda há alguns bugs inaceitáveis como objetos voando no cenário e falhas de Lip Sync.

Outro problema gravíssimo, reservado ao território brasileiro, é a dublagem. Infelizmente erraram feio nesse ponto, algo inaceitável, pois desde o primeiro a ser dublado, sempre eram feitos ótimos trabalhos. Vozes de pessoas novas em personagens de idade avançada, outras sem entonação, sem emoção. Enfim, deixaram muito a desejar.

Os gráficos ficaram lindos, deslumbrantes. Mostraram um Egito maravilhoso, com uma vida que poucos jogos conseguem mostrar. Em contrapartida os modelos dos personagens variam entre bons e ruins. Os personagens principais estão bem, porém os coadjuvantes estão bem estranhos. Claro que alguns vão dizer que é um jogo de mundo aberto, onde há uma população bem grande e não dá para detalhar cada um, porém não custava nada um pouco mais de esmero e de capricho.

O combate, apesar de ter evoluído e sido melhor aplicado, ainda faltou um pouco mais de refino. Acredito que a empresa está no caminho certo, mas acho que se houvesse um pouco mais leveza e fluidez, fosse melhor sucedida. Não se enganem, o combate é uma das grandes evoluções da série, mas ainda tem bastante a melhorar.

Outro elemento a ser destacado é a quantidade excessiva de Loadings. Além de serem bem demorados, eles estão presentes até em uma “Viagem Rápida”. Isso cansa…e muito.

Veredito de Assassin’s Creed Origins

A Ubisoft fez um bom trabalho. Cumpriu com o objetivo de renovar a franquia. Modificou, muitas das vezes para melhor, quase todos os aspectos que precisavam ser evoluídos. Trouxe elementos de RPG que encaixaram bem na série. Mexeu com uma história cativante, a qual envolve o Egito antigo e seus mistérios. Por outro lado, seja por ter feito um mundo imenso e cheio de coisas para se fazer, acabou deixando de lado alguns elementos básicos. De qualquer maneira, no geral, é um ótimo jogo e que vai pavimentar as próximas aventuras da série consagrada da Ubisfot.

Trailer

 

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