Análise: Assassin’s Creed Unity

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Apesar dos problemas, Unity é um ótimo game!

Mais um final de ano, mais um Assassin’s Creed. Porém, em 2014 são dois novos jogos de uma das maiores sagas dos videogames, já que Assassin’s Creed Rogue chegou para a velha geração e Assassin’s Creed Unity veio para a nova geração e PC. E é exatamente dele que vamos falar agora.

Após diversos anos com o sistema de jogos anuais, a série cansou muita gente na terceira versão – que foi o quinto jogo na linha principal da saga. Black Flag, lançado no ano passado conseguiu novamente elevar a franquia a um termo de qualidade que todos esperamos e este ano a grande promessa era Unity. Esse é o o primeiro jogo da saga a ser produzido pensando realmente no PS4 e Xbox One. A Ubisoft mostrava trailers com ótimos gráficos e um personagem que tinha tudo pra bater de frente com o lendário Ezio. Após um conturbado lançamento, se a empresa não conseguiu cumprir com todas as promessas, ao menos entregou mais um Assassin’s Creed de grande qualidade, com uma ótima história que pode marcar um recomeço.

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Recomeço porque pela primeira vez não temos a jogabilidade no mundo “atual”, como era com Desmond. Agora, um grupo controla servidores e o acesso ao programa Helix, antigo Animus possui mais abrangência. Se a pessoa tiver em seu DNA as qualidades para entrar no Helix, poderá reviver qualquer época de nossa história, o que nos leva à Paris da Revolução Francesa. Não poderia haver cenário melhor para Unity, até porque a própria Ubisoft tem como seu berço natal a França.

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A França, como nunca antes apresentada em um jogo!

Gráficos da nova geração, porém…

A Ubisoft alcançou uma qualidade gráfica incrível com Assassin’s Creed Unity. Tudo está extremamente lindo de se ver, cenários com cara de pintura, modelos de personagens altamente detalhados e animados, dá pra ver até os detalhes como botões das roupas com extrema fidelidade, muitos inimigos e muitos transeuntes. Obviamente toda a evolução tem um preço, e é aí que a Ubisoft não conseguiu alcançar a excelência com esse título. Os belos gráficos são pesados, com taxa de frames inconstantes, principalmente quando se está em meio aos protestantes das ruas de Paris. Como a cidade passava por um momento de grande turbulência, muita gente estava nas ruas, ateando fogo em barricadas e se aglomerando em frente aos palácios para pedir mudanças. O jogo reproduz este ambiente de maneira altamente crível, mas a engine do game não foi totalmente bem trabalhada para isso. Além das quedas, há diversos efeitos de pop-in principalmente nas pessoas. Esse efeito atrasa a criação dos modelos e de parte do cenário, fazendo grandes transformações acontecerem em sua frente há poucos metros de Arno Dorian. Estes problemas eram muito maiores logo que o jogo foi lançado, o que trouxe muitas reclamações e um marketing negativo para a Ubisoft, mas a empresa já lançou um patch que melhorou bastante esta questão e outros três estão na prancheta. Ainda assim, é um ponto a se destacar e tira um pouco da diversão geral do jogo, até mesmo porque em alguns momentos, Arno fica preso em texturas e paredes e o mesmo pode acontecer com alguns NPCs.

Arno é um ótimo personagem, porém muito diferente do que eu imaginava que fosse durante os tantos trailers que a empresa demonstrou do jogo. Ele não chega a ser um Ezio, como comentei acima, até porque imagino que muito de sua história ainda venha a ser contada durante os próximos games da franquia – apesar do final de certa forma, surpreendente para o personagem. Entretanto, ele vai de encontro com tudo que já vimos dos outros assassinos, o que deixou grandes possibilidades em aberto e possibilitou que a história de Unity fosse muito bem amarrada. Portanto, se você joga a série Assassin’s Creed pelo contexto histórico tão rico e pelo enredo que sempre é bacana, esse é o seu jogo.

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HIIIIYAAAAAA!!

Paris é linda, mas o que temos pra fazer nela?

O mapa de Paris segue a fórmula dos jogos anteriores, mas nos lembra muito mais da época de Assassin’s Creed 2 e suas continuações com Ezio, pois não temos florestas como no terceiro game e muito menos as grandes embarcações de Black Flag. Andar por sobre os telhados é quase que uma regra, apesar que a grande confusão que acontece no cenário por causa da Revolução lhe permite andar tranquilamente por quase todos os lugares, mesmo a pé. Poucas vezes alguém vai lhe atacar por estar andando em algum lugar. Quando você entra nas batalhas o combate é o mesmo de sempre, com algumas mudanças e melhorias. No primeiro momento (principalmente se você jogou Shadow of Mordor) você sente que as lutas poderiam ser melhores. Após algumas batalhas você vai entendendo a ideia sobre eles e percebe que há muita estratégia empregada ali. Essa percepção muda quando você alcança ambientes onde os inimigos são mais difíceis e apenas apertar o botão de ataque não funciona mais. As missões te levam para o de sempre também, procurar alguma forma de se aproximar da vítima e assassiná-la, mas com algumas novidades. Cada missão de assassinato te traz algumas opções para deixar seu caminho mais fácil até a vítima. Porém para chegar nestas brechas, você também vai precisar de habilidades. Por exemplo, em um momento que você precisa assassinar alguém que está perto de uma guilhotina, você pode chamar a atenção do habitantes ao abrir uma carruagem cheia de comida (que era um dos grandes problemas da França na época, a falta de pão e alimentos), possibilitando que você se misture entre os habitantes sedentos e passe despercebido até seu objetivo. Ou roubar as chaves de uma gaiola cheia de pessoas condenadas a perder a cabeça e fazer de você mesmo o próximo da fila, chegando perto do seu alvo sendo carregado pelos próprios guardas que pensavam que você estava preso e pronto pra perder a cabeça na guilhotina. Este é apenas um dos exemplos que fazem a experiência de Assassin’s Creed Unity um avanço, mesmo que tímido, na fórmula da franquia.

Como em todos os títulos da série e como acontece em todos os jogos de mundo aberto da Ubisoft, existem muitas missões extras para dar uma longevidade ao título. Porém, muitas delas não são divertidas e você acaba fazendo uma delas para conhecer e deixa o resto de lado. A única que gostei e joguei várias foram as de investigação, onde você precisa saber através de pistas quem é o assassino, ao melhor estilo Batman de investigar. Apesar de bacana, não se encaixa com o contexto do jogo já que Arno é um Assassino e não um Sherlock Holmes.

Versão brasileira

A dublagem brasileira que mais uma vez marca presença no título da Ubi está excelente, assim como aconteceu com Watch Dogs e os últimos Assassin’s Creeds. Arno é muito bem dublado e Elise, personagem de grande destaque na trama, também. Os dois fazem uma bela dupla neste quesito sonoro. As músicas continuam com o alto nível da Ubisoft, com algumas homenagens aos jogos anteriores. Os NPCs falam todos em Francês, deixando tudo mais realista, mas quando eles direcionam a fala para Arno, volta a ser dublado em português. Podemos deixar em inglês com legendas, mas mesmo que pareça estranho no começo, você se acostuma com a dublagem e percebe o quão boa ela está.

Modo Co-op. Carregando…Carregando…cancelar

Apesar de ter sofrido bastante pra conseguir jogar o modo co-op, pois o game nunca encontrava ninguém disponível (talvez era um dos problemas do jogo antes do patch), quando se consegue é diversão garantida. Se você estiver com uma galera que manja do jogo, pra fazer tudo de maneira realmente cooperativa, fica ainda melhor. O que me acontece com frequência é pegar um pessoal que vai na loucura, matando todo mundo sem estratégia. Para este tipo de situação, o próprio jogo oferece a opção de criar a sua irmandade, onde você pode chamar amigos ou conhecidos para criar um grupo. Assim a comunicação e o entrosamento falam mais alto e o real propósito do jogo se mantém. O bacana é que as missões do modo cooperativo mostram outros detalhes do jogo através de cenas que não aparecem no modo single player. E tudo acontece no mesmo mapa, então se no meio da correria você achou um baú que ainda não havia descoberto, poderá pegá-lo durante a partida co-op.

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“Esperem! Eu vou na frente.”

Conclusão

A experiência geral do jogo é muito boa. Ter um cenário tão rico, cheio de detalhes, personagens históricos como Napoleão (sim, ele está no game), a jogabilidade conhecida de todos e premiada de Assassin’s Creed e tantos fatores positivos, fazem com que Assassin’s Creed Unity entre momentos valiosos, principalmente para quem gosta da história da humanidade e de um bom enredo. É digno de nota também que os problemas encontrados estragam um pouco da experiência, mas você logo esquece e se diverte do mesmo jeito.

Assassin’s Creed Unity sofre com os problemas de seu lançamento, mas quem conseguir deixar isso de lado encontrará um dos melhores games da franquia pelo conjunto da obra. Obviamente a Ubisoft poderia ter ido ainda mais além, mas os novos gráficos, a bela história e o modo co-op são suficientes para fazer do novo jogo um capítulo obrigatório para os fãs da série e uma ótima opção para este final de ano. O modo co-op faz a vez das side-quests, aumentando a longevidade do título, já que muitos deixarão as missões extra sem sentido e sem graça de lado. Portanto, não jogar Unity pode ser um dos seus principais erros neste final de ano hein! Recomendamos!


Galeria de imagens: Assassin’s Creed Unity

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25 respostas

  1. Falou tudo!
    Só não concordo com sua opinião sobre a franquia ser cansada… Kkkk mas é porque sou muito fã da franquia.. E todos para mim sempre foram grandes novidades

    1. Valeu Ricardo! A Ubi sabe trabalhar com o Assassin’s Creed. É a galinha dos ovos de ouro da empresa. Mas aos poucos a franquia vem cansando e no Unity eu acho que isso se prova nas missões extras que são pouco inspiradas.

      Mas é isso mesmo, questão de opinião =D. Abraços! Muito obrigado pelos diversos comentários no site, isso nos motiva sempre!

  2. Esse jogo receber esse review com o quesito jogabilidade 4 estrelas é um ultraje a toda comunidade gamer…Nunca mais paro para ler review desse site!

    1. É a sua opinião Cabral. Não sei se jogou, eu joguei e a jogabilidade pra mim, no jogo rodando no meu Xbox One tem esse valor. Explique o porque de achar tão ruim. A jogabilidade ali é a mesma dos outros Assassin’s Creed com algumas novidades.

      Na verdade, você leu?

      1. Eu peço desculpas por não ter me explicado melhor, mas o jogo foi lançado inacabado com altos problemas de framerate/stuttering, que destroem a experiência da jogabilidade. O combate é lento demais e a movimentação do personagem é capada pelos mesmos problemas que citei anteriormente. E por isso eu acho que esses problemas deveriam ser levados em consideração no review. Não acho que seja um problema qualquer de lançamento, pois pagar mais de R$130 em um jogo que roda a menos de 30 frames em plataformas “next-gen” é um absurdo!

        e na verdade eu li o review sim. E não concordo com o conselho de deixar de lado os problemas do lançamento que consequentemente vc irá encontrar um jogão. O jogo quando entra na fase gold e cobra por isso tem que ser excelente em todos os aspectos não importa o quão utópico isso seja, até pq vc não vai querer comprar algo quebrado né?

        1. Entendo completamente seu ponto de vista Cabral, porém logo que eu comecei o game, ele já tinha um patch e imagino que este patch já tenha resolvido grande parte dos problemas. Ou seja, se o patch existe e ele já instala quando alguém compra o game, não há como tirar nota do game pois os problemas já desapareceram. Entretanto, pode ser que a sua versão, dependendo do console, não tenha tido a mesma sorte. Qual versão você jogou?

          Para mim, a experiência do jogo e a jogabilidade não foram afetadas pelas quedas de frames, até porque com o patch citado isso diminuiu bastante. Eu joguei o game na BGS no One também e na ocasião eu larguei o jogo porque estava praticamente um beta de tão ruim.

          Então, baseado na experiência que tivemos e nas soluções que o patch trouxe rapidamente (foi lançado logo depois que o jogo saiu), a jogabilidade valeu 4 estrelas realmente. Há games que não tem o que fazer, as mecânicas são ruins ou o jeito de se jogar é péssimo, mas não é o caso de Unity. Ele segue a risca os AC Anteriores e traz pouco de novidade, mas o que ele traz é muito bem vindo.

          Valeu pelos comentários. Não estou dizendo que você está errado, longe disso. É ótimo que você deixe sua experiência e seu depoimentos para os demais leitores. Um abraço!

    2. Quer dizer que toda vez que alguém não tem a mesma opinião que você, você faz mimimi. O choro não sei se é livre, mas a babaquice parece ser.
      Quanto ao review, eu entendi seu ponto, mas não concordo 100%. Joguei todos os assassins Creeds e cada um tem uma peculiaridade interessantíssima, e justamente a desse, não ficou como eu esperava.
      Parabéns pelo texto e nem dá bola pra esses trohaters que só sabem reclamar e não tem capacidade de produzir um conteúdo de qualidade que seja no mínimo entendido.

  3. Cara a dublagem e horrível,sem emoção nenhuma,gostei apenas um pouco da dublagem do Bellec

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