Análise | Fade to Silence tenta inovar o gênero Survival, mas traz mais erros do que acertos

Fade To Silence

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Fade to Silence traz uma nova faceta ao gênero Survival

O gênero Survival se encontra bastante saturado na indústria. Muitos títulos optam por este caminho, mas acabam replicando fórmulas já consagradas. Em alguns casos somos surpreendidos com inovações, porém, em sua maioria, presenciamos mais do mesmo. Dito isso, a mais nova aposta deste gênero tão utilizado é Fade to Silence.

Primeiramente, desenvolvido pela Black Forest Games e distribuído pela THQ Nordic GmbH, o game promete trazer uma experiência de sobrevivência em um inverno pós-apocalíptico. De fato, não vimos algo parecido dentro desta temática, o que torna a ideia interessante e positiva para o game. Lançado originalmente em 14 de Dezembro de 2017 – exclusivamente – para PC, só agora, 30 de Abril de 2019, o game ganhou versão para PS4 e Xbox One.

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Mas será que sua aposta arriscada conseguirá alcançar algo além de apenas “mais um“? Continue comigo nesta análise e descubra o que achamos do título.

Uma trama cansativa e desinteressante

Os acontecimentos que envolvem Fade to Silence são desconexos e sem sentido. Você inicia o game em meio ao caos sem saber o motivo de todo este desastre gélido. Uma entidade possui nosso personagem, Ash, e o mesmo desperta de um sono profundo. Enquanto isso, o vilarejo – onde se encontra sua filha – está sendo dominado por criaturas alienígenas. Desconhecendo toda a origem do caos, ele, juntamente com sua filha, tentam sobreviver ao frio e as ameaças que surgem durante a jornada.

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O fato do game ter um grande foco na sobrevivência desmereceu toda a camada narrativa. Tudo é confuso – o que não é ruim – mas ser confuso e não desenvolver no jogador um desejo de entender tudo que se passa, isso SIM é ruim. E este é o grande problema de Fade to Silence, já que nada que é efetivamente impactante nas animações,  os diálogos são esclarecedores, mas não despertam nosso interesse.

Um tempero que já conhecemos, mas em uma ocasião diferente.

O título traz muitas mecânicas já conhecidas dentro do gênero de sobrevivência e outras da famigerada fórmula Souls. Embora bastante utilizadas, estas mecânicas dentro do cenário proposto pelo game se tornam atrativas e revigorantes. O crafting e a coleta de recursos são o pilar deste game, e isso tudo é posto à prova quando o ambiente não está ao nosso favor. Além de você estar constantemente à procura de suprimentos, é preciso gerenciar seu tempo exposto ao frio.

Mas já alerto, é realmente necessário procurar e coletar recursos, e utilizar a ferramenta de desenvolvimento constantemente. Esse acaba se tornando um recurso obrigatório no game. Tudo que você precisa coletar fica em evidência, até que enfim você utiliza os recursos afim de desenvolver algo necessário para determinadas situações. A mecânica se mostra um pouco monótona no início, mas conforme você progride, se torna algo natural.

 

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Por outro lado, o combate possui todos os predicados da série Souls, como stamina e barra de vida. Além disso, há uma grande variedade de armas obtidas através do craft, desde machados até arcos, cada qual com suas respectivas funcionalidades. Em contrapartida, as respostas e a estrutura dos controles não ajudam não experiência de jogabilidade. Durante a campanha, presenciei atraso nas respostas dos controles, e uma certa “movimentação travada” do personagem.

Em suma, todas estas mecânicas pertencentes ao gênero survival são mais do que conhecidas, porém, o game consegue conceder um “algo a mais” dentro de uma fórmula tão utilizada pela indústria.

Ambiente desértico sem muito a oferecer

Toda essaa aventura acontece durante uma nevasca. Tudo se encontra embaixo de neve e o que temos são vestígios do passado. Dito isso, toda a ambientação agrada e passa toda atmosfera gélida do clima. No entanto, todo este mundo hostil se mantém frio, vazio e sem vida por tempo mais do que necessário.

O mapa é bem extenso, e composto por pontos de interesse em áreas especificas – que servem para exploração e conclusão de objetivos. O problema dessa vastidão mal preenchida se dá pela pouca opção de tarefas diversificadas, e inclusive, a falta de sensação de um ambiente perigoso. Também não há presença de animais hostis e NPCs sobreviventes, e estas ausências prejudicam a imersão.

Outro detalhe que deve ser mencionado, é a falta de variedade de inimigos e da presença dos mesmos dentro do cenário. Esta ausência de uma exploração maior prejudica a experiência com os inimigos do game. E isso porque, de certa forma, o ambiente carece de um certo tom de autenticidade.

Veredito

Fade to Silence consegue revigorar as mecânicas já estabelecidas no gênero Survival de sua própria maneira. No entanto, o mau aproveitamento deste mundo faz do game uma experiência preguiçosa e pouco elaborada.

https://www.youtube.com/watch?v=bEo_JWxq8B0

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