Análise: Fallout 4 é recheado de bugs, mas é um game imperdível!

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Bem-vindos, caros companheiros do Vault 111. Peguem suas armas, abandonem o frio do precioso Vault e vamos desbravar a Wasteland (ou Ermos na versão tupiniquim). Após alguns anos de espera temos a alegria de recebermos em nossos consoles e PCs o aguardado Fallout 4, produzido pela Bethesda. Este grandioso jogo (não só de nome e fama, mas de possibilidades, mapa, liberdade e bugs) vem para ocupar muitas horas e, porque não, até meses do nosso precioso tempo (seria exagerado dizer anos?).

A história do jogo se passa em 2287, 10 anos após Fallout 3 e seis anos depois de Fallout: New Vegas. Começamos na casa do personagem em Sanctuary HillsBostonMassachussets, com sua esposa, filho e o prestativo Codsworth (o robô da família). Tudo aqui está em ordem e as bombas ainda não caíram. A primeira tarefa é criar o visual do personagem, e que editor que esse jogo tem, caros colegas. Altamente rico na personalização e na flexibilidade, permite que criemos o personagem à nossa imagem e semelhança, se assim desejarmos. Cicatrizes, manchas de pele e tudo mais que você quiser colocar. Além dessa personalização agora podemos escolher jogar com um personagem masculino ou feminino.

Um pouco mais restritas são as opções de corpo do personagem, sendo possível escolher um limiar entre gordinho, forte, magro ou tudo isso misturado. Essa criação do personagem é de encher os olhos e já atiça ainda mais animação com o jogo. A exploração característica da série começa logo em casa: você pode mexer e ver o que der na telha. Além do visual, na nossa casa já atribuímos também os pontos de habilidade do personagem de uma forma muito criativa e legal de se fazer.

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UM GIGANTESCO MUNDO A SUA ESPERA

fallout-4-analise-01Após esse “dia” tranquilo tudo começa a acontecer rapidamente e a correria toma conta. E então estamos indo em direção ao Vault 111, que fica próximo de Sanctuary Hills. Lá embarcamos no nosso sono e 210 anos depois estamos de volta a um “mundo” em pedaços. A ambientação da correria na derradeira hora e a sensação do desastre iminente ficaram bem retratados. Testemunhar a explosão ficou sensacional e triste ao mesmo tempo.

A aventura principal começa com o sequestro do filho, ainda bebê, do nosso personagem, o qual força sua saída para o desolado Ermo no intento de encontrá-lo. Não espere uma história ricamente elaborada e cheia de reviravoltas, ela é simplesmente uma deixa, por assim dizer, para sair e explorar tudo.

Mas e aí, é divertido vagar pelo grande ermo desolado? Sim, demais. E ele vai consumir você, literalmente. Há tanto para se fazer, explorar e batalhar que horas serão como minutos. Ao entrar em um prédio você pode ficar algumas horas vasculhando o lugar, cada gaveta, lendo cada registro no terminal aprendendo um pouco do histórico de quem esteve ali antes ou depois da guerra e das bombas, acompanhar seus últimos dias e descobrir alguns bons segredos escondidos. Ainda nos terminais podemos carregar os holodiscos, que possuem desde áudios gravados a jogos (isso mesmo) que vão desde a clones de Donkey Kong, aquele de 1981, passando por Pitfall e Missile Command. Sem dúvida uma grande homenagem a ícones dos games.

SAY MY NAME

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Há uma imensidão de quests secundárias para se fazer e mais vão aparecendo a cada lugar visitado e conforme você conversa com algumas pessoas. Lugares surgem no mapa para serem desbravados e ajudas são solicitadas. Pode-se seguir a história principal como quiser, podendo sempre que desejar parar para fazer algo ou uma outra quest secundária.

Um ponto a ressaltar foi a mudança nos diálogos. Antes eram mais ricos e com mais repercussão no jogo, agora não passam muito mais além de jogar conversa fora, “sem muito impacto“ no que você faz ou deixa de fazer. Ser um fanfarrão sarcástico ou um ranzinza não fazem muita diferença no jogo. Também não aparecem mais as frases completas (há um mod no PC que permite habilitá-las), apenas palavras que quando selecionadas ativam a frase completa dita pelo personagem – sim, exatamente, todas as frases foram gravadas e não são mais somente texto, são todas faladas.

O idioma falado é o inglês, mas o jogo vem já com legendas em português. A animação dos personagens durante a conversa e a sincronização labial estão ótimas, acrescentando bastante à imersão, além da ótima dublagem. E se você escolheu para seu personagem um dos 1000 nomes gravados (veja a lista aqui), Codsworth falará seu nome.

UM PIP-BOY PRA MIM, OUTRO PRA VOCÊ

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O V.A.T.S (uma forma tática de acertar pontos específicos dos inimigos) não pausa mais o jogo para que você faça as ações desejadas, como era no anteriores. Ao entrar nesse modo tudo fica em câmera lenta, podendo você receber dano enquanto escolhe onde atirar. Para quem chega agora na série o jogo vai dando explicações, de uma forma não intrusiva, de como usar algumas coisas quando algo aparece pela primeira vez.

No computador portátil que o personagem usa no braço, o Pip-boy, fazemos toda a gestão de itens, peso do que estamos carregando e podemos carregar, visualizamos o mapa, armaduras, roupas e muitos outros itens, além de poder favoritar itens para um melhor uso. E o Pip-boy não fica restrito à tela do jogo. É possível instalar no seu smartphone o aplicativo e, estando na mesma rede do seu console ou PC, visualizar as mesmas informações no celular em tempo real. É como ter seu próprio Pip-boy ao alcance das mãos! E mesmo fora de casa é possível rodar o aplicativo de forma offline e poder mostrar para seus amigos sua imensidão de itens.

CONSTRUA A SUA PRÓPRIA COMUNIDADE E CUIDE DO SEU CÃO

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Existem no jogo muitos locais que após serem “limpos” dos invasores podem ser convertidos em locais seguros, onde você pode construir (isso mesmo) sua própria comunidade e atrair mais pessoas para habitá-la. O primeiro local com essa possibilidade é a própria Sanctuary Hills. Nesses lugares encontramos bancadas onde podemos construir e melhorar armaduras, armas, criar itens como torres de vigilância, camas, construções e o que mais você precisar. Só é necessário ter itens como aço, cola, vidro e etc., os quais vamos coletando durante nossa exploração.

Todo esse modo de construção não é obrigatório no jogo, é totalmente opcional. Quanto mais pessoas houverem na comunidade mais você precisa suprir as necessidades delas, como água, comida e proteção. Podemos até colocar uma antena de rádio para enviar sinais e chamar mais gente. Além do famoso amigo canino, o Dogmeat, que encontramos logo no começo, podemos escolher entre alguns personagens (incluindo o robô Codsworth) um novo companheiro de caminhada, ou então viajar sozinho, caso prefira ficar com toda a ação durante as batalhas.

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Falando no Dogmeat, o querido amigo às vezes desaparece e é difícil encontrá-lo quando você o envia para alguma outra localidade. Ele também adora cair de alguns andares quando você está num prédio, um bug meio estranho. Fizeram as animações e feições dele muito bem, dá a impressão de que estamos com um cachorro de carne e osso ao nosso lado, dado o comportamento fiel retratado. Sua ajuda também é de grande valia, seja procurando itens, encontrando inimigos (ele começa a rosnar e vai farejando até eles) ou mordendo e derrubando-os no chão.

Conforme jogamos vamos ganhando experiência e a cada nível aumentado ganhamos pontos para adquirir ou aumentar as habilidades. A lista de habilidades é bem grande e de extrema valia para seu progresso, além de melhorar sua pontaria no V.A.T.S., por exemplo. É comum encontrar portas trancadas ou cofres com alguns bons itens que requerem níveis mais altos na habilidade de abrir fechaduras, ou terminais que precisam de muita habilidade para serem hackeados. A própria listagem das habilidades ficou muito bonita. Cada uma delas é animada e confere uma estética muito bacana.

SALVE OU PERCA TUDO

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Infelizmente já sabíamos que o jogo não seria de encher os olhos. Ele apresenta gráficos melhores se comparados aos antecessores, mas não podemos dizer que são os mais belos dentre os jogos lançados recentemente. Os consoles estão enfrentando alguns problemas de frames, chegando a cair para um nível que às vezes atrapalha a experiência em alguns pontos, mas no geral é possível prosseguir em maiores problemas. As cidades são mais coloridas e a arte está muito bonita. A visão do jogo pode ser alternada entre primeira e terceira pessoa.

A navegação pelos menus do Pip-boy no começo pode incomodar um pouco, mas após um certo tempo é possível usá-los tranquilamente. Caso você use o smartphone os problemas estão resolvidos no toque dos dedos. Devido a os mais diversos bugs é recomendável usar o “Salvar rápido” com certa frequência. Após entrar em uma pequena construção destruída para vasculhar acabei ficando preso numa parede e não conseguia sair. Poderia ter perdido horas de jogo se não tivesse salvo minutos antes.

VISTA-SE PARA A GUERRA OUVINDO UMA BOA MÚSICA

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Se você jogou os anteriores com certeza se lembrará da maravilhosa Power Armor, uma armadura muito poderosa e resistente. Aqui ela já fica disponível logo no começo e podemos usá-la sempre que quisermos. O único porém, é que precisamos de células de fusão para mantê-la em funcionamento, além de fazer reparos quando estiverem danificadas. E não se preocupe em pegar a primeira que achar, são várias espalhadas pelo mais diversos locais.

Nesse episódio da franquia percebemos que houve um aumento do foco na ação e tiros, ficando um pouco menos RPG. Encontramos munição e armas pra todo lado, um fato meio estranho num local devastado e com poucos recursos, no qual munição deveria ser raro. Não espere encontrar armas realmente boas facilmente, elas são muito difíceis de encontrar e você vai precisar se virar para melhorar suas armas.

Ahhh, a música. Ela que embala ou atenua os momentos tensos e são simplesmente um deleite em Fallout 4. Começando pela bela canção de tema logo na tela de título, que apesar de ser a mesma, recebeu uma ótima mudança e ficou ainda mais bonita. Sempre há um áudio de fundo enquanto andamos, seja ela mais tensa um pouco quando há inimigos ou mais tranquila quando estamos explorando. O trabalho realizado pelo compositor Inon Zur ficou sensacional. Não posso deixar de citar as rádios às quais vamos recebendo os sinais dependendo de onde estamos. Várias possuem simpáticas músicas dos anos 40, 50 e 60.

ESQUEÇA OS BUGS E JOGUE FALLOUT 4

Apesar dos pormenores, Fallout 4 é um excelente jogo e irá conferir muita diversão. A sensação de vagar por um local caótico e a solidão desse mundo (mesmo quando acompanhado), ver construções destruídas e decadentes onde tudo é muito bem retratado. Sentimos realmente que estamos num local que foi dizimado por um holocausto nuclear. Se ainda não embarcou nessa jornada é chegada a hora de se aventurar!


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5 respostas

  1. Muito bom! Este é um dos jogos que quero jogar, mas só vou pegar em uma promoção futura, a versão PC dele está absurdamente cara :/

    1. Realmente uma mordida dolorosa no bolso. E do jeito que vendeu/está
      vendendo vai demorar pra abaixar. Nas promoções no Steam não mexeram 1
      real no preço. É dose. 🙁

      1. Pois é, mas prevejo a compra deste jogo só pro ano que vem mesmo, quem sabe na sale de meio de ano ele fique com um preço bacana!

  2. Amo esse jogo ja intalei ele varias vezes se duvidar ja instalei mais de 30 vezes ele por bugs de textura preta , arco iris, rosa, azul, amarela , mais mesmo assim eu continuo tentando procurando algum mod pra mudar esse problemas e hoje eu acho que realmente consegui arrumar e se tudo correr bem eu consigo zerar ele , eu acho realmente uma pena esses problemas , joguei o new vegas e o fallout 3 e nunca tive nenhum problema

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