Análise: Gravity Rush – um belo mundo de cabeça pra baixo

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Uma aventura inesperada com uma personagem altamente carismática! O céu, ou o chão são os limites!

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Muitos reclamam que o Vita possui poucos jogos, e muitos deles são adaptações de versões maiores para consoles caseiros. Mas quem compra o portátil da Sony, tem em meio à sua biblioteca ainda tímida de jogos, uma opção pra lá de original, divertida e promissora.

Gravity Rush é um jogo com cara de anime, produzido pelo Japan Studios, talvez o braço mais criativo da Sony. O jogo possui em sua jogabilidade o ponto mais alto da obra. Aqui, Kat – protagonista do game – consegue controlar a gravidade, e através deste controle, se locomove em qualquer direção, como se estivesse voando, porém ela tira ou coloca a força da gravidade em seu corpo.

Kat esbanja carisma! Ela sempre pensa o que a gente pensa, e na maior parte das vezes tira uma com a situação.
Kat esbanja carisma! Ela sempre pensa o que a gente pensa, e na maior parte das vezes tira uma com a situação.

O jogo conta com belíssimos gráficos com um filtro de cell shading, para nos apresentar a cidade de Hekseville, que demonstra muito bem do que o Vita é capaz, com ambientes muito grandes, e mesmo que Kat se movimente muito rápido o jogo se mantém sem slowdowns. Hekseville é cercada por um buraco negro que além de sugar pedaços da cidade para alguma dimensão desconhecida ainda traz inimigos das sombras para atormentar a população já sofrida da cidade. Em meio ao caos, Kat acorda ao lado de um gato preto (vishhhhh) e logo percebe que ela não sabe quem ela é, de onde ela veio e o que ela está fazendo ali. Entretanto, o gato parece ter todas as respostas, mesmo que ele não… fale.

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A aventura então parte para a descoberta de Kat como pessoa, como uma possível heroína e a razão dela estar nesta cidade e com determinados poderes, principalmente o de controlar a gravidade. O mais legal de tudo é que cada ambiente possui um tipo de música, e todas sem exceção são de altíssima qualidade, lembrando os tempos de ouro da Square e seus RPGs (ahhh Chrono Cross, sempre falo de você). Como os ambientes são imensos e não possuem loadings (a não ser que você use um dos bueiros para se locomover rapidamente de um ponto a outro, mesmo que seja mais rápido ir “voando” com o poder da gravidade), o fato das músicas não serem chatas, já é um grande passo, mas aqui chegam a ser memoráveis e assovia-las após algumas horas de jogatina já era algo comum pra mim.

Os ambientes são muito bons, mesmo no portátil. Aproveitando, onde está Kat na imagem? O.o
Os ambientes são muito bons, mesmo no portátil. Aproveitando, onde está Kat na imagem? O.o

Um dos pontos mais legais e gratificantes em Gravity Rush, principalmente para quem é fã de animes, é que o jogo parece muito com um desenho jogável. Os movimentos de Kat, dos inimigos, as batalhas, tudo parece muito com animes e mangás japoneses. Tudo fica ainda mais parecido quando você começa a entrar na história, que é contada como se fosse um desenho e é muito bacana e te carrega por boa parte do tempo, e geralmente aparecem cenas de uma forma parecida com quadrinhos, que ao movimentar o Vita para os lados, dão a sensação de 3D (em profundidade). É algo bastante curioso, e muitas vezes você acaba virando e revirando o portátil para ver os efeitos. Essa sensação de animes, quadrinhos e tantas referências a características de outras mídias, fora dos games, sempre prendem a atenção do jogador.

A jogabilidade, como dito acima, é o ponto alto de Gravity Rush. Ao controlar a gravidade, Kat consegue ir para qualquer direção, como se estivesse sendo lançada, mas enquanto há energia para controlar o poder ela não cai, podendo ir na direção oposta que a gravidade normalmente a puxaria. Fazendo um ótimo uso do segundo analógico do Vita, Gravity Rush tem uma jogabilidade completa, seja na locomoção, nas batalhas ou enquanto usamos o acelerômetro para direcionar a personagem. Tudo é muito bem interligado, todas as funcionalidades possuem bons momentos de uso, não sendo daquela forma gratuita apenas pra dizer que as funcionalidades do Vita estão presentes, e realmente o game foi pensado para o portátil, porém souberam muito bem usar seus recursos. Apesar de funcionar mesmo sem as mecânicas oferecidas pelo Vita, a sensação é que sem elas o games seria mais comum.

É possível controlar Kat na forma Gravity apenas movimentando o Vita, o que não quer dizer que seja bom.
É possível controlar Kat na forma Gravity apenas movimentando o Vita, o que não quer dizer que seja bom.

Todas estas características aliadas a história e personagens memoráveis do game, fazem de Gravity Rush um game muito divertido. Quando você pensa que o game está acabando, você não sente alívio por estar terminando o game, mas sim um pensamento de “poxa, mas eu queria jogar mais”. Felizmente o game possui uma boa longevidade, e esse sentimento de quero mais se esvazia logo que percebemos que o game toma muitas direções, expandindo o universo e a própria história.

Mas nada é mais divertido aqui do que as batalhas contra os chefes. São desafiadores, utilizam muito bem o cenário, mesmo que a câmera tente de vez em quando tornar-se um poder inimigo. Com o tempo você se acostuma e mesmo com tantas piruetas e com o mundo de cabeça pra baixo, as batalhas são sensacionais.

Os inimigos são todos estranhos, e geramente possuem um ponto fraco exposto, como esse bobão aí.
Os inimigos são todos estranhos, e geramente possuem um ponto fraco exposto, como esse bobão aí.

Após concluir o game, é possível continuar jogando, fazendo side quests, conversando com quem você não fez contato durante o jogo, e muito mais. O grande chamativo, e novamente nos remete aos grandes RPGs do passado, são os chefes secretos, que vivem nas dimensões paralelas. Se você um dia terminou este game e não enfrentou estes chefes, saiba que o verdadeiro desafio paira neles. Cada um tem seu ponto fraco, o que permite até mesmo que o você os encontre antes do final da história, mas o problema é encontrar estes pontos fracos.

Gravity Rush é um dos games que já estão disponíveis ao se adquirir a Playstation Plus, então é um grande chamativo e recompensa para quem gastar os 99 Dilmas do serviço aqui no Brasil. É um grande exclusivo para o PS Vita, e possivelmente uma das próximas grandes franquias da Sony. O segundo jogo já está confirmado, e você não pode deixar o primeiro passar. Recomendo fortemente!

Veja também: Trailer e arte do novo Gravity Rush

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7 respostas

  1. Faz um tempo que quero jogar Gravity Rush, mas sempre acabo ‘deixando pra depois’… Pior que meu Vita está vinculado à minha PSN americana, logo não tenho a Plus ainda!

    1. Discutimos bastante o assunto na Plus no FB né Dori!? Hahahaha, vale a pena “arrumar” a situação, pois o game é muito bom. E deixa o 3DS de lado um pouco kkkkk!

      1. Aproveitando, vi uma loja que está começando a vender psn cards para a psn brasileira!!!! Se for sério o negócio irei comprar um cartão de memória e assinar a plus pro meu vita 😀 E sobre o 3DS tá meio difícil deixar de lado ahauhau!

  2. Pronto, agora +1 para o Graivty Rush na minha lista de jogos “a jogar”. O que mais me chamou a atenção nele foi o pouco da trilha que ouvi e estou muito curioso para ver o jogo em ação. Porém, não tenho o Vita ainda…

    1. Por que será que a trilha te chamou a atenção né Marcelo hahaha!? Realmente as músicas são ótimas, e o game vale o +1. É o tipo de jogo que o vita precisa pra se destacar de alguma maneira, já que o 3DS dá um pau nele há tempos.

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