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Não sou um defensor dos DLCs, mas vejo muito valor em pacotes adicionais que realmente incrementam um jogo que já era completo. E Syndicate, o mais recente Assassin’s Creed lançado para a nova geração e PC, conseguiu entregar uma das mais sólidas experiências no universo da franquia da Ubisoft, e contar com um pacote de DLC como o de Jack O Estripador é realmente gratificante.
USE O MEDO A SEU FAVOR
Isso porque a história se passa 20 anos após os acontecimentos de Syndicate. Jacob e Evie Frye não são mais dois jovens em busca de um sonho, eles agora servem de influência para outros assassinos, prováveis substitutos de suas doutrinas. Além disso, temos uma Londres ainda mais “dark”, principalmente pela devastação que os assassinatos incomuns e altamente violentos realizados pelo vilão do jogo, criaram na cidade inglesa.
Então, Jack the Ripper adiciona mais história para Syndicate, mas também entrega uma provável evolução nas mecânicas de jogo que a Ubisoft possa querer usar nos próximos jogos da franquia. E ainda consegue manter a jogabilidade com dois personagens distintos, já que podemos jogar com Evie e com o vilão, Jack o Estripador – o que terá acontecido com Jacob?. E é aí que o DLC de Syndicate passa a fazer jus ao seu valor.
SANGUE PRA TODO LADO
Pensando no fato de que um DLC tem que adicionar algo bom ao experiência (e se pensarmos no DLC de Unity, The Dead Kings, que foi bem morno), Jack the Ripper consegue manter a mesma qualidade do jogo principal, adicionando o fator de medo como uma grande novidade, sendo possível criar estratégias em cima desta nova funcionalidade.
Enquanto jogamos com Jack, ele realmente estripa as suas vítimas (apesar de que graficamente falando os personagens fiquem “inteiros”), mas Evie usa de suas técnicas para não matar quem não precisa e amedrontar outros inimigos próximos. Essa habilidade faz você deixar de ir de encontro com um grupo de inimigos pensando no combate direto e passa a pensar em abordagens mais sutis, pegando um dos inimigos pra cristo e botando os outros pra correr por causa do medo que seu ataque os causou.
MEIO ASSASSINO, MEIO SHERLOCK
O pacote adicional se passa em uma parcela bem pequena do mapa completo de Syndicate, com algumas diferenças devido ao tempo que se passou. Um dos pontos altos das novas mecânicas é usar das habilidades assassinas como se fosse um detetive pelos becos de Londres, onde geralmente ocorrem os assassinatos do Estripador. Saber onde objetos pessoais caíram, qual foi o trajeto da vítima e o que possivelmente aconteceu no ato de sua morte serão algumas de suas tarefas tentando identificar que tipo de brecha o assassino deixou.
O ponto negativo é que o pacote tem poucas missões destas durante as 10 quests principais. Apesar de ter diversas outras tarefas para se completar após terminar a curta história, a Ubisoft poderia ter aproveitado melhor, tanto o personagem, quanto a ambientação que ele trouxe para o jogo e criar algumas novas missões.
QUASE UM SYNDICATE 2
Jack the Ripper faz muito bem seu papel em chamar a atenção de quem quer mais da Londres Vitoriana que Assassin’s Creed Syndicate nos traz, com um personagem icônico, um real assassino em meio aos Assassinos. A adaptação é praticamente perfeita no universo de Assassin’s Creed e as adições na jogabilidade são suficientes para fazer valer o investimento.
Então, guarde a Hidden Blade e use a cabeça para descobrir quem é o Estripador e o que ele realmente quer, e nos momentos que o jogo te deixar jogar com ele, faça bem o papel de vilão que também é recompensador!
Galeria de imagens: Jack the Ripper
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