Análise | Lawbreakers traz muita diversão, mas peca no conteúdo

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Um dos criadores de Gears of War, Cliff Bleszinski, um dia resolveu deixar seu maior legado para trás, afinal a vida é feita de desafios. Em sua nova fase, abriu o estúdio Boss Key Production, com uma ideia mais humilde de ser indie, ficando longe do alto investimento da Microsoft e da Epic Games como ocorre com a franquia Gears of War. Mas a essência e a experiência de ter trabalhado em um grande estúdio moldaram o novo projeto de Bleszinski.

Lawbreakers, disponível para PC e PS4, mostra que a paixão por um jogo de tiro mora no coração do produtor, e em meio a tantos jogos multiplayers competitivos que existem no mercado, podemos dizer que Lawbreakers falha em muita coisa, mas também acerta em fatores essenciais como diversão e adrenalina.

A Premissa

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Até que você comece a jogar Lawbreakers, você acaba não entendendo o significado do nome do game. Na verdade, tudo é muito simples e lembra a ideia de Counter Strike: temos duas equipes, de um lado os Laws – que teoricamente seriam os mocinhos do lado da lei – e os Breakers – que teoricamente seriam os caras que botam pra quebrar. Mas o grande diferencial de Lawbreakers e onde o nome do jogo passa a fazer mais sentido é no uso que o game faz da gravidade.

Quebrando literalmente as leis da gravidade, as duas equipes se digladiam em arenas bem estruturadas e com boas ideias, onde cada jogador pode fazer uso de alguma classe de personagens e tentar tirar vantagem de suas habilidades. Assim como ocorre com Overwatch, Paladins e jogos que devemos jogar em equipe, o que vale aqui é completar os objetivos e não buscar aquele kill fora de lugar que tanta gente gosta.

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4 Modos de Jogo

Lawbreakers era pra ser um jogo gratuito, então a Boss Key mudou de ideia, adicionou mais conteúdo e lançou o game com a metade do valor praticado no mercado atualmente. Um dos pontos cruciais para o preço mais baixo é a falta de uma campanha, já que o game é totalmente apoiado em seu multiplayer.

O mais clássico de todos é o modo Turf War, onde os jogadores lutam por pontos distintos no mapa, sendo A, B e C, e o fato de ser um número ímpar é o que acaba trazendo a competição, já que a cada rodada se um time fizer 2 ou 3 pontos, levará muita vantagem. O jogo acaba quando um dos times faz 16 pontos. Este modo talvez seja o que menos gosto em Lawbreakers, pois não traz muita emoção.

Os demais modos parecem bastante com pega bandeira, mas a equipe da Boss Key conseguiu criá-los de uma maneira bem divertida. Um deles é o Uplink, onde há uma antena no centro do cenário, as equipes lutam por ela, quem pega leva para a base de seu time e defende a antena até o momento em que ela recarrega até 100%. Se o time adversário pegar a antena e levar para o seu campo, aquele que fizer 100% primeiro leva um ponto, até que o vencedor consiga fazer 3. Outro modo parecido chamado Overcharge, substitui a antena por uma bateria, que também deve ser levada para o território de seu time a fim de esperar que ela recarregue até 100%. O bacana deste modo é o local onde ela está sendo carregada, que tem entradas de diversos lados, possibilitando aos inimigos uma chegada avassaladora para roubar a bateria do adversário.

 

O último e mais divertido modo é o Blitzball, onde as equipes lutam para pegar uma bola no centro do cenário e levar para o campo adversário, a fim de fazer um ponto – ou um gol -. A bola demora para das respawn e as equipes começam a se matar antes dela estar disponível no cenário, gerando uma sensação de competição muito interessante. Vence o time que fizer 8 pontos primeiro.

Falta conteúdo e carisma…

Talvez o estúdio Boss Key tenha se apoiado demais em seu preço reduzido e acabou fazendo de Lawbreakers um game com conteúdo limitado, poucas arenas e poucos modos de jogo. A falta de uma campanha pode afastar muita gente do game, apesar de hoje em dia isso estar se tornando algo normal – pelo bem e pelo mal. Mas o maior pecado de um jogo baseado em equipes é, provavelmente, a falta de carisma dos personagens, algo que por exemplo, carrega Overwatch para uma quantidade imensa de jogadores pelo mundo todo.

Os personagens de Lawbreakers são todos genéricos e alguns se salvam em meio a normalidade que a maioria apresenta. Mas mesmo eu tendo jogado por muito tempo o game, não me recordo do nome ou da classe de nenhum deles, pois simplesmente não é importante. Tudo muito genérico e sem graça.

…mas sobra diversão

No entanto, mesmo com estes problemas bem aparentes, Lawbreakers entrega um visual sólido, com pequenos problemas de renderização, jogabilidade muito rápida e divertida, boas classes de personagens e muita competição, algo importante para esta categoria de jogo. É nítido que o game tenta pegar carona na atual fase dos jogos competitivos e e-Sport, mas possui suas próprias características e um nível de ação bem alto que podem fazer qualquer jogador ficar grudado em Lawbreakers por muito tempo.

Agora quem procura algo novo, pode acabar se decepcionando bastante. A grande novidade de Lawbreakers é a forma com a qual o jogo trata da gravidade e como jogamos utilizando essa funcionalidade a nosso favor, com muitos personagens literalmente voando no cenário e isso é a parte mais recompensadora do jogo. Mas tantas coisas genéricas de Lawbreakers podem pegar em cheio quem está acostumado com games mais bem trabalhados e acabar fazendo alguns jogadores perderem o que há de mais legal no jogo, que é a diversão.


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