Análise | Momodora: Reverie Under the Moonlight surpreende de diversas formas!

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Que surpresa que tive ao começar a instalar Momodora: Reverie Under the Moonlight, e perceber que o jogo tinha míseros 200MBs. No mundo atual onde os games possuem muitos GBs e nem sempre a diversão acompanha o tamanho exacerbado dos grandes títulos, foi ainda mais surpreendente perceber a qualidade que o jogo possui. Criado numa engine que não é lá tão tecnológica, a Game Maker Studio, o jogo passa uma sensação de simples, mas ao jogar alguns minutos você logo percebe que o que ocorre aqui é uma mistura de nostalgia e muitas boas ideias, num mundo diferente e altamente desafiante.

Metroidvania SIM SENHOR!

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Momodora: Reverie Under the Moonlight é, na verdade, o quarto jogo da saga criada pelo brasileiro Guilherme “rdein” Martins e distribuído pela Playism. Mesmo sendo o quarto jogo, o que temos em mãos é um título que funciona sozinho, sem a real necessidade de ter jogado os demais games da série e que presa por gráficos extremamente clássicos, porém de extrema beleza com um competente uso de cores e movimentos finos, que possui em sua essência a inspiração de clássicos como Metroid e Castlevania em uma aventura com progressão lateral que oferece ao jogador um extenso mapa, cheio de segredos, armadilhas e muitos inimigos prontos para lhe derrubar.

Apesar de ter sido lançado no ano passado para PC, através do SteamMomodora: Reverie Under the Moonlight só chegou aos consoles na metade de março e trouxe tudo que a versão PC possui, inclusive o uso da tela em 4:3, aquela mais quadrada, pra continuar passando a sensação de que é um jogo clássico. O formato da tela é de se estranhar no começo, mas após algumas horas o jogador esquece totalmente disso e passa a ser um mero detalhe.

Uma História cheia de mistérios

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Jogamos Momodora: Reverie Under the Moonlight na pele de Kaho, uma sacerdotisa que vem de um local distante para visitar um reino ainda mais distante a fim de eliminar o mal que assola o mundo. Durante suas viagens ela encontrará NPCs que possuem sempre coisas interessantes para dizer (ainda bem que o jogo possui legendas em português) e aos poucos ela fica sabendo o que precisará fazer e o que se passa naquele lugar. Kaho então parte em busca de eliminar a Rainha do temível reino e para isso será necessário reunir pedaços de um antigo artefato, que obviamente estarão espalhados pelo mapa e guardados por chefes bizarros, curiosos e até engraçados, que podem acabar contigo com poucos ataques.

Como toda a ação leva o jogador sempre pra frente na história, tudo ocorre de uma maneira bem simples e imersiva, sendo bem difícil se perder em seus objetivos e no que precisará fazer a seguir. Existem momentos que o mapa fica muito maior do que o previsto, com possibilidade de ir para baixo, pra frente, pra cima e até mesmo retornar para seguir em algum novo caminho que se abriu por você agora possuir uma chave que antes não tinha, mas logo você encontra uma porta trancada ou um inimigo muito forte que indicará que aquele não é o melhor caminho a seguir naquele momento.

Jogabilidade “Gostosa”

Como um bom Metroidvania que se prese, Kaho pode atacar à distância com um arco e flecha ou ir diretamente no ataque corpo a corpo. Ao segurar o botão de disparo do arco, ela remete um ataque mais forte e muitas vezes fatal para o inimigo, mas caso seja atingida poderá morrer facilmente. Momodora: Reverie Under the Moonlight, na verdade, é um jogo que se encaixa naquele estilo difícil e gostoso de jogar, que quando você perde acaba te deixando com uma raiva boa, ao invés de decepcionado ou desmotivado, querendo ir atrás do inimigo que lhe matou de uma maneira diferente, para avançar como um verdadeiro guerreiro, sem desistir, procurando acertar onde vinha errando e a sensação é recompensadora.

Os inimigos possuem sempre um padrão de ataque, mas muitas vezes ao chegar em novos cenários você acaba sendo surpreendido pela combinação de ataques deles, que pode te deixar sem saída aparente. O jogo não é extremamente difícil no modo normal, mas quem gosta de um bom desafio deve começar diretamente no difícil, sabendo muito bem que será um VERDADEIRO desafio. O único problema para os gamers de hoje em dia é o sistema de checkpoint, que funciona ao tocar um sino que salva o jogo, mas que fica muito distante um do outro. Isso pode gerar mortes em locais de difícil acesso, fazendo jogador repetir uma grande parcela de cenário que já tinha conquistado. Então a dica é: passou por um lugar legal, desconhecido ou conquistou um novo equipamento? Corre pra salvar em um sino que você já sabe que existe e conhece seu ponto no mapa. E não fique triste de voltar em locais já visitados, afinal como todo bom Metroidvania, o mapa existe para ser explorado e percorrido por diversas vezes.

Outro elemento que deixa o jogo muito convidativo é a trilha sonora, impecável e extremamente bem casada com tudo que vemos no jogo, coisa linda de se ouvir. Cada cenário tem músicas compostas a fim de criar um clima tenso, ou se for um local mais tranquilo, a sensação de liberdade e contra os chefes, um clima de desafio e desespero.

Um jogo especial

Momodora: Reverie Under the Moonlight corre contra tudo que se impõe hoje no mercado de games com um jogo simples, fiel às suas inspirações, mas totalmente original e cativante. Seus gráficos belíssimos com muito Pixel Art com cenários de fundo bem trabalhados, trilha sonora especial e jogabilidade fluida, misturada a uma dificuldade desafiante, entrega uma experiência que faz falta nos consoles atuais. Algumas escolhas artísticas como a tela em 4:3 pode ser questionável, mas é impossível não olhar Momodora: Reverie Under the Moonlight e não ficar cativado a jogar. Se começar a controlar Kaho, ficará tentado a não parar mais.

 


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