Análise: Mortal Kombat X – “A Violência prevalece”

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Mortal Kombat X já é um grande sucesso de vendas e não poderia ser diferente, os produtores trabalharam muito bem para que tudo saísse nos conformes. O jogo foi mais uma vez desenvolvido pela NetherRealm para a nova geração e a High Voltage Software para PC e geração anterior. No PS3 e Xbox 360, ainda não existe uma data prevista. O game foi publicado pela Warner Bros. Home Entertainment e teve seu lançamento no dia 14 de abril de 2015. 

O marketing pré-jogo foi um dos mais interessantes que já vi. Ed Boon, criador e produtor da série, foi um dos grandes responsáveis pelo hype que esse jogo criou nos fãs. Durante o desenvolvimento de Mortal Kombat X, várias estratégias foram adotadas como por exemplo o Kombat Kast, que consiste em uma transmissão ao vivo no canal da empresa no Twitch explicando como seria o gameplay, apresentando novos personagens e novas features. O Twitter de Ed Boon bombava de pessoas buscando informações e o produtor sempre nos alimentava com enigmas e novidades, criando até a famosa frase “WHO’S NEXT“, referenciado a quem seria o próximo lutador anunciado.

Mortal Kombat
D’Vorah utilizando o cenário para dar uma boa esmagada na cabeça do oponente

A jogabilidade de Mortal Kombat X está muito semelhante ao que acompanhamos no jogo anterior, porém com ideias muito interessantes para que as batalhas, que já eram frenéticas, tornem-se épicas. Agora, os personagens podem interagir com o cenário e cada fase tem sua particularidade. Em alguns você consegue tomar impulsão em um objeto pulando por cima do oponente, ou tacando a cara do lutador contra a parede (imagem à esquerda), ou até mesmo atacá-lo jogando vasos, brasa e velhas corcundas.

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Os combos continuam devastadores e alguns com uma complexidade fora do comum, mas é sempre empolgante tentar aplicá-los. Os X-Ray’s ainda estão presentes e estão mais avassaladores do que nunca – executá-los é bem fácil, o mais surpreendente nesse movimento é a criatividade dos desenvolvedores em encontrar milhões de maneiras de poder quebrar os ossos do seu adversário.

Foi acrescido nesta edição, algo que já havia sido feito no passado porém sem muito destaque: Cada lutador terá  3 características de luta diferentes, ou seja, ao escolher um personagem, por exemplo Sub-Zero, você poderá escolher entre – Criomante, Grão Mestre e Inquebrável – que modificarão alguns golpes e combos. Isso oferece uma diversidade bacana durante o confronto, gerando diversas possibilidades de estratégias de combate com um mesmo personagem.

Goro Mutilando facilmente o adversário
Goro Mutilando facilmente o adversário

Os Fatalities continuam sangrentos, dilaceradores e mutiladores, porém agora, cada personagem tem os seus 2 habituais, mais os que estão atrelados a sua facção – Faction Kill. Esse movimento contará mais pontos para seu perfil e para a sua facção, tornando as coisas bastante dinâmicas.

Mortal Kombat X também marca a volta dos Brutalities porém de uma maneira completamente diferente do que estávamos acostumados. Antigamente, tínhamos que realizar uma combinação de 10 a 11 botões para ativar a sequência do Brutality, porém nessa edição cada jogador possui de 5 a 6 movimentos desse e devem ser feitos mediante a algumas exigências durante a partida. Um “ality” que inaugura nessa edição é o Quitality – Esse é ativado apenas no modo online, que pune o adversário explodindo sua cabeça caso abandone a partida.

O modo história, o qual foi super bem recebido em MK 9, também cumpre bem o seu papel. Esse modo funciona da mesma maneira que o jogo anterior, com cada capítulo sendo representado por um personagem. Durante meses vínhamos ouvindo de diretores, produtores e insiders que essa narrativa seria superior a seu antecessor, mas isso não ocorreu. A história conta logo que os acontecimentos de Mortal Kombat 9 terminam, e após toda a guerra terminada 20 anos depois, tudo recomeça. O jogo segue uma timeline e um arco específico, porém em alguns momentos, seja para aprofundar em um personagem, ou explicar melhor uma situação, a narrativa retorna alguns anos.

O game introduz muitos personagens novos e digamos que, para uma nova geração de consoles, temos uma nova geração de lutadores em Mortal Kombat X. Dessa vez, quem comanda a mitologia do game á nova leva de guerreiros, descendentes dos veteranos que tanto estamos acostumados. Cassie Cage, filha de Johnny e Sonya; Jacqui Briggs, filha de Jax; Kung Jin, descendente de Kung Lao; e Takeda Tahashi filho de Kenshi. Esses 4 compõe o cerne da narrativa, os quais são peças cruciais para o andamento da mitologia. Outros também estreiam nesse game que são o caso de, Ferra Torr, Erron Black (já havia aparecido no quadrinho, mas game é sua primeira vez), D’Vorah e Kotal Kahn. Jason Vorhees, Predador, Tanya e Tremor chegarão como um pacote de DLC. Alguns personagens lendários como Baraka, Night Wolf, Shao Kahn, Rain e muitos outros, ou nem aparecem, ou apenas poderão ser adversários do modo história, mas Ed Boon deu a entender há alguns dias, que um story pack poderia ser lançado.

Muitos desafios bem bacanas nessas TOrres
Muitos desafios bem bacanas nessas Torres

Outro detalhe importante é a volta das Challenge Towers que nessa edição estão muito mais incrementadas e com novidades muito bacanas. Algumas são intituladas de Living Towers (Torres Vivas) o que faz muito sentido, pois esse nome reflete o comportamento dessas torres, que modificam por hora, dia/mês e assim por diante.

O modo multiplayer, que foi uma das grandes reclamações da última versão por sua lentidão e falta de estabilidade, não é perfeito. Quando funciona, caso o ping entre você e o seu adversário seja satisfatório, a luta acontecerá como se não houvesse limitações de rede, ou seja: você conseguirá aplicar aquele combo que treinou há dias sem muitas complicações. Agora, a maioria das vezes ocorrem lags, demora para buscar partidas e durante as lutas o que se vê é um atraso considerável na execução dos comandos. A desenvolvedora diz que está trabalhando para melhorar o desempenho do multiplayer e que todas as reclamações serão ouvidas, então é provável que tudo venha a melhorar conforme o tempo. Mesmo assim, o modo online de Mortal Kombat X merece destaque por se tratar de algo semelhante a um RPG, com níveis, detalhes sobre todas as suas lutas e principalmente a guerra de Facções.

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Diga-me com quem andas que direi de que Facção és

Essa talvez seja a grande novidade dessa edição. Cada jogador pode escolher 5 diferentes “times” e com isso participam de uma competição entre si. São eles: White Lotus, Black Dragon, Lin Kuei, Special Forces e a Brotherhood of Shadow. Todas as possibilidades de luta dentro do jogo, modo história, torres, versus, agregam pontos à facção, sendo que no final de uma guerra (tempo estipulado pelo jogo), a equipe que juntar mais pontos sairá vencedora e recompensará todos os seus membros.

Um detalhe super importante e uma vitória para o cenário gamer brasileiro foi que, pela primeira vez, recebemos uma edição de Mortal Kombat dublada para o português. Há muitos personagens, uma história longa e inúmeros diálogos e a dublagem, em sua maioria, ficou com uma qualidade muito boa. Polêmicas giraram em torno desse tema, porque para interpretar a voz de Cassie Cage, uma personagem importante para a narrativa, escolheram a talentosa cantora Pitty e o resultado foi muito abaixo do esperado. Infelizmente a cantora não combinou com a personagem, os textos não foram bem adaptados e a falta de habilidades de interpretação trouxeram uma imagem negativa para o game – muito semelhante ao que ocorreu com o cantor Roger no game Battlefield Hardline.

Veja o vídeo das dublagens da Pitty

Uma adição bacana para o jogo foi a nova cara dada à Krypta, a qual já existia no jogo anterior. Como uma espécie de meta-game, a câmera se apresenta em primeira pessoa, e o jogador deve explorar cemitérios, tumbas, e outros locais escondidos com a ajuda de alguns objetos dos principais personagens do game, os quais você encontra também explorando os territórios. Exemplo: O chapéu de Kung Lao libera uma passagem cortando uma longa camada de teia de aranha e por aí vai. Nesses locais, o jogador precisa de moedas para desbloquear movimentos (Fatality, Brutality), Art Works, Skins, músicas e outros itens.

Muitas das novidades que chegaram para esse game reforçam o que já estava ótimo no antecessor e proporcionam um Replay infinitamente maior, trazendo diferentes tipos de competições, lutas malucas e muitos outros elementos motivadores para você sempre querer jogá-lo. Obviamente nem tudo é perfeito, mas nada pode tirar a diversão absurda que esse jogo traz.

Enfim, Mortal Kombat X é um grande jogo e pode muito bem ser considerado um dos melhores games de luta já lançados. Com Combos devastadores, violência característica e novidades que só agregam, esse é um game indispensável para você ter na sua gameteca.

Galeria de Imagens

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