Análise: Plants Vs Zombies Garden Warfare 2 é diversão maluca online e offline

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A PopCap acertou em cheio com Plants Vs Zombies para dispositivos mobiles em 2009. O jogo fez tanto sucesso que posteriormente foi lançado para PS3, Xbox 360, DS, geladeiras, microondas e até pirocopteros. Não havia mais limites para a guerra entre as plantas e os zumbis, que a cada nova versão fazia ainda mais sucesso.

O mais interessante é que o jogo era simples, bastava apenas posicionar as plantas nos espaços vazios e esperar os zumbis serem mortos por elas. Mas tudo dependia da estratégia de quando, como e qual planta “plantar” nos espaços dos cenários, já que cada uma possuía diferentes habilidades, senão os zumbis comeriam as plantas e entrariam em sua casa. Fora todo o carisma dos personagens que foram conquistando crianças e adultos, o público casual e o hardcore.

Fomos surpreendidos novamente

Pouco mais de dois anos depois de seu primeiro sucesso, a PopCap foi comprada pela EA Games por $ 750 milhões de Obamas e quando todo mundo ficava imaginando o que a EA faria para manter o sucesso da PopCap, afinal diversas empresas que são compradas por grandes desenvolvedoras acabam não conseguindo sucesso depois disso (RARE, estou olhando pra você), em 2014 a EA e a PopCap anunciaram Plants Vs Zombies: Garden Warfare para PC, PS3, Xbox 360, PS4 e Xbox One.

O jogo pegou todo mundo de calça curta, pois tratava-se de um game em 3D com visão em terceira pessoa, online e de tiro, onde você poderia controlar tanto plantas, quanto zumbis. Ou seja, apenas o conceito de plantas contra zumbis do que eram os jogos da PopCap para celulares se mantinham, o resto mudava tudo e colocava Plants Vs Zombies num campo experimental. Não poderia ter dado mais certo do que deu: o jogo foi sucesso absoluto em todas as plataformas, mesmo com sua pegada mais despojada e casual.

O sucesso rendeu uma sequência

Toda a mecânica que envolvia o primeiro Garden Warfare tinha uma cara de experimento, em um jogo que só tinha o modo online, mas mesmo assim alcançou um nível de diversão incrível. Um jogo casual, de tiro, cheio de personagens carismáticos.

O sucesso foi tão grande que agora chegamos a sequência com Plants Vs Zombies: Garden Warfare 2, um game focado somente na geração atual com gráficos de primeira linha que fazem uso da Frostbite 3, a mesma engine de Star Wars Battlefront e Battlefield, extremamente coloridos e com muitas novidades, colocando Plants vs Zombies de um jogo pra celular, agora para um triplo A.

Agora temos um modo Single Player divertidão

Além da qualidade técnica que evoluiu de forma assustadora (espere até ver a qualidade de cada um dos personagens), agora contamos com um modo single player que, apesar de repetitivo em certos conceitos, conta com momentos mágicos, com diálogos hilários e cheios de referência ao mundo do jogo. Você pode jogar como planta ou zumbi, podendo alternar entre cada uma das categorias quando quiser.

Em ambos os lados, temos uma base de operações que divide muito bem cada modo de jogo ou cada missão que podemos escolher no modo single player. A estrutura básica tanto para plantas quanto para zumbis é a mesma, com um mural de missões fixado na entrada do “quintal”, alguns personagens secundários esperando pra lhe dar missões diversas, um portal pra jogar online, uma máquina de figurinhas pra você comprar pacotinhos que trazem mais personagens, um local específico pra começar a jogar coop com tela dividida e um centro de estatística de cada personagem que você jogar. Ou seja, além de separar muito bem e indicar ao jogador onde ele pode começar a jogatina, o jogo traz uma porrada de conteúdo, fácil de ser acessado.

Vá ao ponto A, depois ao B ou defenda-se contra uma horda de inimigos

As missões do modo single player são divertidas, até que começam a dar uma enjoada se você tiver jogado durante horas seguidas por começar a se repetir. Tudo consiste em falar com algum personagem que tem algo que te interessa, então ele te manda buscar alguma coisa em um determinado ponto do mapa (que está bem grande por sinal). Como a cidade está parcialmente dominada pelas plantas e com a outra metade dominada pelos zumbis, logo que você sai de sua base em busca dos objetivos, poderá trombar com algum inimigo pelas ruas e as batalhas já começam ali mesmo.

Quando o foco não é ir de um ponto a outro, somos levados a algum local do mapa onde teremos que vencer hordas e mais hordas de inimigos para conquistar algum item especial. Neste tipo de missão, tudo se parece bastante com Plants vs Zombies pra celular, já que temos que impedir o avanço inimigo como se fosse um tower defense. Geralmente são de 4 à 5 hordas e no final sempre tem algum chefe diferente. Antes de entrar nas missões é possível definir o nível de dificuldade, deixando as coisas mais divertidas ou desafiantes e nesse modo onde você enfrenta uma quantidade absurda de inimigos defendendo sua torre, tudo pode ficar bem complicado.

Realmente só há o problema da repetição em alguns momentos e a falta de profundidade, já que poderíamos ter realmente um modo história ou campanha, mas para um jogo onde o foco é o modo online, ter toda essa estrutura no single player já é um grande avanço.

A curva de aprendizado e de habilidades

Cada inimigo derrubado ou missão concluída vai lhe dar mais níveis de experiência com o personagem que você está jogando, então fica sempre a seu critério se vai jogar com vários personagens ou usar apenas um deles até levá-lo ao nível mais alto. Quanto mais níveis, mais habilidades e força você vai adquirindo pro seu campeão.

É sempre importante aprender quais são os ataques secundários de cada personagem (que são usados apertando L1/LB, triângulo/Y ou R1/RB). Cada ataque tem um efeito e um tempo até que possa ser usado novamente e nasce aí diversos tipos de estratégias. Com o passar do tempo, é possível alterar que tipo de habilidade você vai usar em cada botão, mas pra isso é necessário ter um nível mais alto.

Os Pacotes de figurinhas a lá FIFA

Com os pontos que você vai ganhando a cada missão, é possível comprar pacotes de figurinhas que podem conter diversas surpresas ou capangas. Os capangas a gente usa na hora de enfrentar as hordas de inimigos nas missões estilo Tower Defense, posicionando algum tipo de personagem parceiro em posições estratégicas do mapa. Eles vão atacar e ser atacados, tendo como desvantagem o fato de ficarem fixos e parados. Se o inimigo estiver dentro da range dele, ele acerta e te ajuda a eliminá-los.

Quanto mais cartas você tiver, mais capangas terá na hora de enfrentar essas missões e acredite, eles podem fazer muita falta dependendo do nível de dificuldade da missão. Você ainda pode encontrar personagens normais ou raros para desbloquear, com mais poder que os habituais. Os raros podem chegar aos pedaços, com uma carta contendo um braço, outra uma cabeça, até que você complete o personagem todo. Porém, quem tiver mais tempo pra jogar e conseguir completar mais missões, inclusive as diárias que também trazem benefícios, poderá comprar do pacote de figurinhas mais caro, que sempre traz um personagem legal.

Tudo funciona como em FIFA: jogue, ganhe, complete missões e adquira pontos. Em FIFA você recebe jogadores e em PvZ:GW2 são os personagens ou consumíveis. Se não quiser jogar tanto e quer comprar essas cartas de alguma outra maneira, basta comprar com dinheiro real. Sinceramente, prefiro jogar e acumular pontos.

O Online é, novamente, o ponto alto

Apesar de tanta coisa pra se fazer no modo single player, Plants Vs Zombies Garden Warfare 2 tem no modo multiplayer também grandes novidades, como 6 novos personagens, servidores totalmente estáveis e muita diversão. Assim como o primeiro, traz diversos modos de jogo, como o habitual versus, com plantas contra zumbis num total de 24 jogadores, até que alguma equipe complete 50 pontos. Esse é o modo mais jogado, sendo difícil até encontrar jogadores nos demais modos. Existe também a opção de jogar de forma mesclada todos os outros modos disponíveis.

No online você vai encontrar muita gente evoluída – e muitas crianças -, então vale muito a pena perder um tempo no modo single player, evoluindo seu personagem e ganhando habilidades, até que você entre no Gramado de batalha pra valer. O ideal é focar em algum personagem raro que você tenha conquistado através dos pacotes de cartas, pois eles possuem mais força de forma natural, mas nem todos os modos online possuem a possibilidade de jogar com outros personagens, além dos normais.

Geralmente as partidas são rápidas, possuem diversos mapas que não deixam as coisas se repetirem com tanta facilidade e são fáceis de achar jogo. No total, são 100 personagens diferentes (contando com as versões especiais de cada um dos personagens) e 12 mapas totalmente novos e cheios de segredos ou locais que você pode usar para tirar vantagem contra os inimigos. Quando algum jogador é derrubado, é possível reanimá-lo, mas temos apenas 12 segundo para isso, mas se conseguir, levará mais experiência para seu personagem.

Diversão acima de tudo

Plants vs Zombies Garden Warfare 2 é um jogo criado para divertir e esse é o núcleo da experiência com o jogo. Existem alguns problemas que pouco influenciam no produto final, mas é nítida a evolução que a PopCap e a EA Games conseguiram alcançar com essa sequência. É como se Garden Warfare (1) fosse um beta e agora sim temos o jogo completo realmente. Para um jogo de tiro que poderia não ter nenhuma importância dado o seu tema, Plants vs Zombies GW 2 acaba conseguindo se colocar lado a lado com os grandes jogos do gênero, com uma jogabilidade fácil e viciante, aliada a personagens e situações bem engraçadas.

Além disso, consegue escapar das críticas de falta de conteúdo que a maioria dos jogos com foco no multiplayer estão recebendo ultimamente, entregando uma porrada de coisa pro jogador fazer com, ou sem internet.

Recomendado!

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