Sempre que vejo algo publicado pela Devolver Digital já penso logo: “Opa, vem coisa boa por aí”. E dessa vez não foi diferente, para nossa alegria! Brutal, divertido e viciante são três adjetivos que definem bem o que é RUINER. Claro que ainda temos muita coisa boa além dessas três características citadas. Vamos falar de todas elas, sem dúvida alguma.
Desenvolvido (e muito bem, diga-se de passagem) pela Reikon Games, RUINER é um shooter em terceira pessoa recheado de ação que se passa em 2091 na fictícia metrópole cibernética chamada Rengkok. Nosso protagonista enfrenta um sistema corrupto e deveras injusto para revelar algumas verdades e principalmente para recuperar seu irmão que foi sequestrado, tudo isso com a ajuda de uma misteriosa hacker. Nessa atmosfera cyberpunk seremos levados por uma histórica bacana, com muitos personagens icônicos e com muitas falas divertidas que tirarão pelo menos um sorriso do seu rosto.
Legendas e todo o texto do jogo estão em português brasileiro. Infelizmente ainda hoje encontramos falhas de tradução e até erros de digitação em legendas e textos dentro de alguns jogos, mas felizmente em RUINER tudo está muito bem feito e ambientado no nosso idioma, impecável eu diria. Uma das melhores traduções que tenho visto nos últimos tempos. As falas não estão dubladas, mas como muitos personagens e NPCs não possuem falas, somente legendas, acaba não fazendo falta.
Jogabilidade Frenética!
E por falar em dublagem, falemos da parte sonora. Que deleite temos aqui! Toda a parte de áudio do jogo foi muito bem trabalhada, cada aspecto, cada som, cada música. Durante a ação músicas mais agitadas e mais marcantes fazem um belo par com a ação e quando estamos andando pela cidade, por exemplo, são mais calmas e ambientais, dando um tom de calmaria. Inclusive, cidade de Rengkok é muito viva. É bacana ver os NPCs vivendo sua vida enquanto você passa. Eles ficam soltando ótimas frases de humor, converse com alguns deles.
Os controles estão ótimos. Controlamos o personagem com uma combinação de mouse e teclado. Um ponto importante para mim é a facilidade de navegação pelos menus com o teclado e felizmente deram atenção a este ponto! É possível usar o menu do jogo totalmente sem depender do mouse! Com o mouse miramos nos inimigos e executamos os ataques (botão esquerdo) e a arremetida (botão direito). No teclado a movimentação e as demais habilidades que podemos atribuir às teclas barra de Espaço, Q e Shift. Cada tecla possui um conjunto definido de habilidades que podemos escolher para associar com a tecla. Nos consoles tudo funciona muito bem também, mesclando e fazendo uso de todos os botões.
Conforme vamos jogando ganhamos pontos de Carma, que é a moeda do jogo. Quanto mais Carma mais subimos de nível e com isso liberamos novas habilidades, melhorias e pontos para gastar com elas. O mais legal é que ao atribuir pontos na habilidade podemos remover a hora que quisermos para usarmos em outra habilidade que seja mais necessária naquele momento. Isso expande consideravelmente as formas de jogo, pois podemos fazer várias combinações distintas para completar os objetivos. Cada uma ainda possui um vídeo que mostra como ela funciona.
Prepare-se para morrer! Mas é divertido!
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Agora imagine mesclar essa variedade de possibilidades de habilidades com armas de longo alcance e de combate corpo a corpo. Começamos o jogo com um fiel cano de ferro e vamos evoluindo. Os inimigos sempre deixam armas no chão quando morrem e podemos pegar essas armas que possuem limitação de quantidade de tiros e usos (no caso da Katana, por exemplo). O cano de ferro e a nossa querida RUINER, uma pistola modificada e única, possuem usos infinitos. O mais legal é poder ficar com a arma de algum chefão nervoso que deu trabalho pra passar.
Temos uma boa variedade de inimigos durante a jogatina. Eles costumam vir em levas (chamadas de fases no jogo). É comum morrer no final da leva e ter que enfrentar todos novamente. Cada vez que o personagem morre voltamos a um save que é exatamente antes da leva começar. Pelo menos não temos que reiniciar o nível todo. Ao final da leva temos uma classificação para a “performance”, a quantidade de mortes do protagonista, tempo e inimigos mortos. Além dos chefes de cada nível temos subchefes que vamos enfrentando pelo caminho. Esses dão tanto trabalho quanto os chefões.
Jogar RUINER é extremamente divertido e não dá vontade de parar, mesmo morrendo várias e várias vezes. Sempre dá vontade de jogar “só mais 1 horinha”. O conteúdo rico presente no Banco de Dados do jogo adiciona muito à história, detalhes de armas, personagens, inimigos e locais. Nas armar, por exemplo, podemos conferir o alcance, cadência de disparo, etc. Nos inimigos vamos o nível de ameaça, as armas que usam e etc. Além dos objetivos da história há objetivos secundários que nos conferem Carma ou alguma vantagem como depósito de armas desbloqueados nos níveis.
Visual caprichado!
Se tudo está bom até aqui, espere para ver os gráficos! Nem tudo são gráficos, claro, mas aqui eles fazem toda a diferença. E que diferença. Efeitos de iluminação, texturas, sombras, animações tudo muito agradável aos olhos. Incrível ver como tudo ficou muito bem polido e acabado. Nenhum bug ou glitch foi encontrado durante o jogo e isso nos dias de hoje acaba sendo um diferencial, pois parece que lançar um jogo cheio de bugs e mal otimizado virou moda.
Depois de concluir o nível podemos jogá-lo novamente e devido às mais diversas combinações entre armas, habilidades e formas de se jogar podemos refazer o nível tentando um tempo menor ou usando uma abordagem diferente. Isso estende consideravelmente a vida do jogo.
RUINER trouxe-nos alguns novos elementos interessantes que adicionaram novas e divertidas formas de jogar. Com seu estilo praticamente único e identidade própria empolgou e fez querer sempre jogar mais e mais, até os dedos não aguentarem. Se você curte climas futuristas, conteúdo, tiros e mais tiros regados a muita ação e brutalidade esse jogo é pra você. E o bom é que ele não é caro! Diversão garantida por um preço acessível!
