Assassin’s Creed Valhalla foi lançado em novembro de 2020. Nesse capítulo, pudemos conhecer Eivor, um herói/heroína viking que seria responsável por desbravar a Europa de uma maneira que ainda não tínhamos visto na saga. Naquela ocasião, as incursões vikings deram um grande início do movimento histórico, no qual os nórdicos se estabeleceram principalmente no Reino Unido. Pois bem, no jogo base, desbravamos a Inglaterra, porém nessa DLC nós conheceremos um novo local, a Irlanda.
Assassin’s Creed Valhalla A Ira dos Druidas adverte: Não mexa com os caras
Os druidas são personagens marcantes na cultura pop. Talvez o mais conhecido seja Merlim, que já foi representado por essa e por muitas outras classes (em alguns lugares ele é retratado como mago, por exemplo). Mas algumas características históricas estão muito bem feitas nesse jogo. Por exemplo: Vemos muitos Druidas excêntricos, com umas vestimentas misturadas com pele de animal, ossos, cajados e itens de supostamente mágicos. Entretanto, são pessoas comuns com questões pessoas próprias com ideais e valores diferentes da nobreza, da burguesia ou do camponês.
Nesse jogo, além de ter um pezinho na identidade histórica, há uma bela dose de gameplay que trará um desafio bem bacana. Os druidas estão por toda parte da Irlanda de várias maneiras possíveis. São eles os responsáveis por boa parte do combate e enfrentamentos.
Talvez uma das melhores adições dessa gameplay são as provações. Ali você enfrentará os inimigos envoltos em uma névoa alucinógena e ali amigo, tudo pode acontecer; Inclusive lobisomens e criaturas bizarras.
A História é boa?
Vejam, Assassin’s Creed Valhalla conta uma história que é muito interessante. Certamente se você gosta de história geral e da lore de Assassin’s Creed, valerá mais a pena. A estrutura narrativa é praticamente a mesma, mas dessa vez bem condensada. Você migra para a Irlanda para encontrar um velho amigo e lá intrigas políticas, choque de cultura, religião e briga pelo poder são a tônica desse capítulo. Ou seja, inegavelmente é um pouco mais do mesmo. Contudo, para quem curtiu o game base e queria mais é a oportunidade perfeita.
Claro que há uma pitada de novidades, com alguns plot twists que não são tão imprevisíveis, mas que são satisfatórios.
Vale destacar que, dessa vez, A DLC A Ira dos Druidas não tem ligação nenhuma com a história principal. É um capítulo 100% paralelo e você não tomará spoiler nenhum, caso não tenha fechado o game base. Ou seja, em alguns jogos passados da série, as histórias principais ganhavam novidades na DLC, isso não ocorre aqui.
Em A Ira dos Druidas o que muda? O que adiciona?
Novos inimigos trazem um grande desafio. Alguns soldados possuem novas posturas, armas e golpes bem devastadores. Entretanto, quem brilha, claro, são os druidas. Em locais opcionais do mapa você encontra batalhas muito interessantes com os dito magos, tanto nas provações, quanto em desbravamentos em busca de tesouros. Nesses combates, a IA do inimigo está muito bem apurada, desviando de todos os golpes, atacando em momentos oportunos e com poderes especiais que certamente vão te dar trabalho.
Além disso, existem animais diferentes, ou seja, uma raça específica de cachorro daquele local. Também há a adição da foice, uma arma muito utilizada pelos locais e tem uma eficiência considerável. Os druidas a utilizam com maestria e já digo de antemão, vale a pena utilizá-la.
O Bioma Irlandês é muito similar ao Inglês. Porém, na terra dos Leprechauns você encontrará muitos pântanos e montanhas. Por ser uma ilha menor e quase toda banhada por algum rio ou mar, é interessante buscar seus objetivos de barco em muitas ocasiões.
O assentamento dá lugar a vários pontos de passagem nos quais você pode construir bases de diferentes objetivos. Ali você pode alimentar com itens de grande valia, bem como flechas e alimento, além de ser um ponto de viagem rápida.
Assassin’s Creed Valhalla ainda contém erros?
Como revelei na análise do jogo base, o game tinha muitos problemas de crash e pequenos bugs. Muito disso foi concertado, hoje, jogando no PS5, tive pelo menos 15 horas de jogo e não “quebrou” nenhuma vez. Contudo, há muitos congelamentos e alguns problemas de texturas, principalmente nas montanhas. Outro lance que acontecia muito no base, mas em A Ira do Druidas ocorreu uma vez apenas, é a não participação de um soldado na abertura de um baú de tesouro de incursão com as provisões.
Mas vale destacar que, no geral, o jogo está redondo e delicioso.
Concluindo
A DLC Assassin’s Creed Valhalla: A Ira dos Druidas é uma expansão interessante. Explorando e concluindo tudo o que o conteúdo propõe, você terá perto de 23 horas de jogo, mais ou menos. Ele traz coisas novas, armas, inimigos, animais, combates muito interessantes, mas não são muito diferentes do que você já encontra no jogo base. Para aqueles que querem saber muito mais do que Eivor é capaz de fazer, e que gostou do que foi feito até agora, esse conteúdo é bastante indicado.
