Astral Chain é um dos melhores exclusivos do Nintendo Switch, mesmo com falhas | Análise

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Astral Chain chegou surpreendendo logo no começo de sua vida. Quando foi anunciado, no início do ano, além de mostrar um baita potencial, já seria um dos próximos grandes lançamentos do Nintendo Switch. Chegando no final de agosto, o jogo trouxe o conhecido formato da Platinum Games, com um combate frenético. Mas é um jogo que transcende a ideia dos habituais Hack ‘n’ Slashs e entrega uma experiência diferente, uma história ambiciosa e boas ideias. Contudo, não é um jogo perfeito.

A invasão do Plano Astral

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Astral Chain conta a história de dois irmãos gêmeos que começam sua vida policial bem cedo. Através de alguns portais dimensionais, criaturas estranhas chamadas Chimeras invadem nosso plano terreno. Então os humanos formam uma resistência para conseguir abalar as estruturas dos inimigos. Contudo, não é possível que qualquer humano e qualquer arma seja páreo para as diversas criaturas que invadiram nosso mundo. Aí que entram uma organização secreta, um vilão notavelmente mal intencionado e um grande escolhido.

Através de uma tecnologia de ponta chamada Legatus, alguns policiais podem controlar as criaturas que invadiram nosso mundo, convertendo-os para o bem. Chamados de Legions, cada uma destas criaturas possui um formato e habilidades. Conforme o início do jogo avança, ficamos sabendo mais detalhes de cada personagens e o motivo de os irmãos gêmeos serem tão importantes.

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Embora tenha uma história curiosa, esse não é, nem de longe, o melhor aspecto de Astral Chain. O enredo não tem momentos tão insanos, apenas passa perto. No final das contas a história se perde e acaba prendendo o jogador por conta da curiosidade. Quando finalmente sabemos o que está acontecendo, ficam faltando respostas e quase tudo fica por conta da imaginação do jogador. Já as missões secundárias trazem sempre algo curioso, embora algumas delas se repitam em suas mecânicas. 

Combate de correntesAstral Chain

Onde Astral Chain realmente mostra a que veio é nos combates. Ainda que a Platinum tenha uma vasta experiência no assunto, eles tentaram ir além. Agora, além de controlar o personagem principal, também controlamos sua criatura. Assim, através de uma mecânica bem interessante e divertida, podemos alternar entre eles e atacar de forma indireta usando os poderes dos Legions. O ataque básico é o botão ZR, que desfere golpes rápidos, lentos e fortes ou através de uma arma. São três tipos de armas que podemos escolher durante a ação. Então, quando uma luz surge na tela, podemos apertar o ZL, que invoca nosso Legion e ataca freneticamente o inimigo criando combos lindos de se ver. 

Cada inimigo acaba exigindo uma estratégia diferente, mas na maioria das vezes atacar incansavelmente é a melhor solução. Conforme avançamos na história, novos Legions são encontrados e nosso leque de ataques aumenta. Cada um deles também possui uma habilidade que pode ser usada no cenário enquanto estamos explorando. A “Beast” por exemplo, é uma espécie de cachorro capaz de farejar pistas e encontrar pessoas perdidas ou itens raros. Cabe ao jogador então, decidir o melhor momento de usar cada um deles. 

As batalhas contra os chefes são insanas e muito recorrentes. Em cada um dos 11 capítulos encontramos vários deles sequencialmente. Alguns são secretos e só vamos encontrar explorando bastante o cenário e fazendo as missões secundárias. Por muitas vezes, um portal se abre para o plano Astral e lá encaramos diversas criaturas que estavam influenciando a vida no plano terreno. Mas nem tudo é tão bem executado assim.

O Astral Plain de Astral Chain

Quando somos levados pela primeira vez para o plano astral, além da história estar num momento bem tenso, o visual do local se torna a grande novidade. Totalmente sombrio, como um lugar desconstruído e tom avermelhado, parecia que ali viveriam as piores criaturas do jogo, as mais difíceis. Então aos poucos vamos percebendo que não somente o local se torna corriqueiro durante a história, como também ele não muda. O que muda é apenas a construção do local, as plataformas que devemos pular, os elevadores que nos levam para cima e para baixo. Em pouco tempo eu já estava ficando enjoado de ir para o plano astral. 

Além disso, os cenários da história no mundo real se repetem bastante, mudando alguns pormenores, como o horário (de dia ou de noite) e locais que antes não eram possíveis de acessar. Poderíamos associar essa limitação ao próprio Switch. Mas não é possível pensar nisso se no mesmo console temos Mario Odyssey, com diversos tipos de cenários e Zelda Breath of the Wild, que possui um cenário aberto e gigantesco. A limitação é imposta pela própria produção do jogo. 

A jogabilidade também traz alguns problemas que se repetem. Em missões de investigação, devemos em alguns casos seguir alguém. A animação dos personagens e a maneira de se jogar é exatamente a mesma em todas as vezes. Isso acaba tornando a experiência bem massante.

Coisas para Japonês ver

Astral Chain está lotado de boas ideias e execuções perfeitas que vão além do Hack ‘n’ Slash e da história. Um deles diz respeito a uma missão extra onde devemos encontrar cabines de banheiro espalhadas pelo cenário. Então, nestas cabines, devemos recolher o papel higiênico que tem dentro delas e levar de volta para um “espírito” que vive no banheiro da delegacia que nosso personagem trabalha. Ao encontrar todos eles, uma surpresa nos aguarda.

Outro grande ponto positivo é o personagem Lappy. Um ursão que na verdade é uma pessoa bastante conhecida durante o jogo. As situações e diálogos que acontecem são excelentes. 

Algumas outras situações não são tão legais, como o fato do nosso personagem ser mudo. Ele na verdade não é, mas assim como a maioria dos jogos japoneses, simplesmente ele não fala. O esquisito é que no começo do jogo podemos escolher entre um homem e uma mulher. Então, durante o jogo, aquele que você não escolheu será seu irmão e ele falará muita coisa durante toda a história. Ou seja, ator e voz para nosso personagem o jogo tem. Mas por algum motivo, qualquer que seja a nossa escolha, o protagonista só geme, faz sons de esforço, mas nada de falas. 

Conclusão

Astral Chain é sim um grande jogo, mas peca por repetir algumas ideias massivamente durante a aventura. O combate é excelente e traz uma dinâmica que a Platinum poderia tentar evoluir que, muito provavelmente, seria uma das ideias de Scalebound. Lá, o jogador controlaria o protagonista e seu Dragão. A ideia deve ter sido reformulada para a criação de Astral Chain. A história deixa um pouco a desejar, mas todo o universo, humor e bons momentos no game mostram que a Platinum Games vem tentando se reinventar. E assim como toda boa mudança, nem tudo sairá perfeito. Astral Chain é então o start de uma nova postura dentro da Platinum, que vejo como algo bem positivo para a empresa.

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