Bates Motel: 5ª Temporada – Episódio 1: Norman matou a lógica também?

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ATENÇÃO: O texto a seguir possui spoiler dos episódios anteriores e do episódio 1 da nova temporada, se você não assistiu ou pretende assistir, recomendamos conferir antes de ler esta análise.

Após um ano de espera, o psicopata mais famoso da televisão chegou em sua quinta e última temporada. Bates Motel finalmente chegou ao Brasil pelo canal Universal Channel e está melhor do que se imagina, Norman agora sem a companhia de sua amada e protetora mãe Norma Bates, está em uma estreita com a relação familiar entre seu irmão Dylan e com o xerife no qual não está em seus melhores dias após ser preso. Mas acalma-se, porque tudo que você imagina de ruim, está prestes a piorar ainda mais e é por isso que eu amo tanto esse seriado que praticamente nunca nos deixa na mão quando o assunto é roteiro e plot twists, venha comigo para mergulhar nesse mundo insano e bizarro da 5º temporada de Bates Motel.

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A loucura de Norman chega a seu ápice! (ou talvez seja apenas o início?)

No fim da temporada anterior já tivemos a honra (ou não) de conhecer Norman Bates em seu estado de insanidade psicológica, eu confesso que me emocionei ao ver que a série está trilhando o caminho da personalidade de Norman ao que conhecemos no filme Psicose. O que já era de se esperar, Norma Bates é vítima do seu filho psicopata, muitos fãs caíram em lagrimas e acharam injusto, algo no qual eu discordo e estive preparado para este momento.

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Norman volta neste primeiro episódio da nova temporada, de forma solitária em sua velha casa… pelo menos isso na visão de todos (inclusive o telespectador) com exceção de Norman, porque para ele, sua mãe ainda está viva, mesmo ele sabendo que ela está morta, PARA, PARA, PARA TUDO! Com certeza acabei de fazer a mente de você, caro leitor, simplesmente explodir. Norman Bates de fato vê sua mãe conversando com ele, interagindo com ele, fazendo comida para ele e até brigando com ele, mas apesar dele ver tudo isso e agir de forma natural como se sua mãe estivesse viva, ele em determinados momentos sabe que sua mãe faleceu (apesar de não se lembrar que foi ele mesmo que a matou com gás na casa).

E como se não fosse suficiente ver sua mãe morta em forma de “ilusão mais real que a realidade”, ele também vê seu querido cachorro de estimação que por sinal também está morto. Esse bombardeio no cérebro do telespectador acontece logo nos primeiros minutos do episódio, especificamente no prólogo, com a cena em que ele acorda ao som de seu toca-discos em uma suposta manhã ensolarada, desce até a cozinha e encontra sua mãe fazendo café da manhã para ambos comerem juntos, vestido com o uniforme de gerente do Bates Motel, porém ao sair de sua casa, se despendido da Norma, todas essas ilusões desaparecem e uma atmosfera sombria e fria toma conta de sua casa.

O mais inconveniente do episódio inteiro e no fim, onde é revelado que Norman “empalhou” o corpo de sua mãe no porão da casa, em uma macabra cena em que ele abraça suas pernas frias e apodrecidas… é… tenso. Apesar de ser engraçado todas essas ilusões de Norman, confesso que é surreal e sem explicação ou lógica as vezes, eu fiquei o episódio inteiro me perguntando como que a comida era feita pela mãe “fantasma” dele enquanto ele ficava no motel ou então como que ele carregava corpos ou objetos junto com sua mãe, cenas totalmente confusas.

 

Dylan e Emma vivendo uma vida de sonhos, mas não por muito tempo

Após Dylan se afastar de Norman e Norma para viver ao lado de Emma, sua amada companhia para a vida, muita coisa aconteceu, literalmente. Esse primeiro episódio foi um bombardeio de informações e revelações para deixar qualquer telespectador sem fôlego. Anos se passaram e Dylan e Emma se casaram, compraram uma casa e o que ninguém esperava, tiveram um filho, o que é mais interessante disso tudo é ver que além desses acontecimentos, Emma se encontra em um estado de saúde incrível se levar em consideração sua cirurgia que definiria a sua vida e Dylan que deixou de trabalhar no mercado de maconha e passou a trabalhar em uma empresa aparentemente de grande porte com possíveis promoções de carreira, uma vida de sonhos simplesmente, comparado ao “inferno” em que ele vivia enquanto morava com sua bizarra família Bates e o mais intrigante de tudo é que se passaram anos que Dylan não visita ou fale com Norman o que significa que tanto ele como Emma nem sabem que Norma foi morta.

Em uma cena de festa em sua casa com amigos e sua esposa Emma, uma visita inesperada surge em sua porta, Caleb, tecnicamente o pai de Dylan, fazendo uma visita surpresa para conhecer seu filho e também de um lugar para ficar por falta de dinheiro após atravessar a fronteira. Apesar de Dylan estar tentando aceitar Caleb como seu pai, ainda mais pelo o que ele fez para conseguir o dinheiro necessário para a cirurgia de Emma, por outro lado, mesmo após saber desse pequeno segredo, não está contente com a presença de Caleb, já que Dylan sempre fica perturbado emocionalmente e psicologicamente com seu “pai”, assim em determinado momento na madrugada, Emma faz o pedido para que Caleb vá embora para o bem de seu marido e companheiro.

 

A carteira e o cliente misterioso e uma nova amiga (?) para Norman

Norman como um bom gerente de motel (será?) resolve ir até a loja de ferramentas que recém abriu na cidade para comprar tinta para a reforma planejada por ele e sua mãe “fantasma” no Bates Motel. Ao chegar na loja, Norman conhece Madeleine Loomis, dona da loja e também atendente em que ajuda o simpático psicopata a comprar suas tintas, logo de início é possível ver que Norman se atrai pela simpatia da moça e possivelmente pela aparência ao lhe atender. Tudo estava ocorrendo mais ou menos bem até chegar o momento em que Norman retira a carteira para pagar as tintas sugeridas pela própria Madeleine e se espanta ao ver que a carteira não pertence a ele, logo explica todo confuso para a moça sobre a carteira e sai às pressas da loja, prometendo voltar mais tarde com sua real carteira (algo que ele não faz).

Apesar de ser um psicopata, Norman é bem mais inteligente do que parece, depois de muitos questionamentos com sua “mãe” sobre a carteira, nada é resolvido, levando Norman a guardar a carteira no cofre da casa à espera de que a suposta pessoa volte ao motel para devolve-la. Mas será que ela vai voltar?

Ao voltar ao Bates Motel, um cliente misterioso chega em busca de um quarto por algumas horas, se identifica pelo suposto nome “David Davidson”, o que convenhamos, um nome para se desconfiar se é real ou não, ainda mais com a forma com que ele disse, Norman novamente como um sério e bom gerente, obriga o cliente misterioso a pagar por uma diária inteira, regras do estabelecimento, segundo nosso caro gerente psicopata, mas como um mal gerente e excelente psicopata, Norman entrega a chave do quarto nº1 de Bates Motel, em que possui um buraco consideravelmente grande que é possível espiar pela recepção, e durante essa espiada, Norman descobre que o quarto estava sendo alugado para certas safadezas que o suposto “David Davidson” estaria querendo fazer com uma moça onde não é revelado o rosto ou nome. Sem dúvidas esse cliente misterioso será um ponto importante na história, o que não acontece nada de importante, pelo menos até o momento, esperamos pelos futuros episódios, afinal ele não surgiu na série por nada.

Ao chegar a noite, Norman marca presença no jantar junto a sua “mãe” em casa, mas não demora muito para Norma desconfiar e ter ciúmes de Norman com Madeleine (fantasma com ciúmes?), um tanto cômico uma ilusão ser tão fiel a verdadeira Norma e ainda partir para discussões com Norman, e o pior é o Norman brigar com a ilusão. Norma se defende com o argumento que Norman não pode ficar com ninguém, porque segundo as regras ditadas por Norman, a ilusão não deve sair de casa e seria constrangedor para a ilusão de Norma ver Norman com uma mulher na casa.

 

Alex pronto para matar e o telefonema

Alex Romero, o famigerado xerife da cidade que jogava a poeira de baixo do tapete e fazia de tudo para ajudar sua esposa Norma quando viva, parece não estar em seus melhores dias após a morte da sua esposa e ao ser preso. Vivendo a vida de prisioneiro em uma cadeia de segurança máxima, afinal ele “só” precisa ficar quatro anos atrás das grades enquanto Norman está solto e pronto para assassinar qualquer um.

É visível que Alex Romero apesar de não gostar de sua situação, ele “aceita” por conta de tudo que fez de errado e sabe de tudo que acontece ao redor por “trás das cortinas”.

Treinando rigorosamente em sacos de pancada, sedento pelo dia em que poderá ir atrás de Norman Bates vingar a morte de Norma. Eu sinceramente estou na torcida pelo Alex Romero, em vista de tudo ele que fez pela Norma e pelo caos que Norman se tornou. Durante o episódio presenciamos uma cena até então sem qualquer relevo naquele momento de Romero tentando telefonar para alguém, mas ao que parece, a respectiva pessoa não atende, fazendo com que caia na caixa postal.

 

O plot twist que não podia faltar no episódio

O dia seguinte começa e algo que ninguém esperava, um dia turbulento tanto para o telespectador quanto para Norman. Começamos pela visita ilustre de Madeleine Loomis ao Bates Motel para levar as tintas em que Norman iria comprar, mas nunca mais voltou depois que saiu às pressas da loja, Norman ficou sem palavras com a visita, pediu desculpas pelo inconveniente do dia e pagou a moça para ficar com as tintas, logo após, leva Madeleine até o carro que o convida para uma reunião de pequenos negócios da cidade enquanto sua mãe “fantasma” o observa da janela do quarto da casa.

Ao fim do dia, Norman pega a chave do carro para ir a reunião de pequenos negócios da cidade, mas é barrado por “Norma” sentada na poltrona da sala e novamente Norman entra em discussão com suas alucinações e resolve sair de casa com ou sem permissão de sua mãe (uma cena para explodir o cérebro humano que tentar achar uma lógica), ao dar a ré no carro é surpreendido com sua mãe atrás do carro, Norman sai do carro para discutir com Norma, mas ela acaba “puxa a orelha” dele, o levando até o porão então Norma conta que a carteira que Norman havia encontrado se tratava de um cara que havia ido atrás dele no motel para mata-lo mas por “sorte”, a Norma o esfaqueia até a morte, que na verdade se tratava de Norman, mas como seu psicológico está perturbado, para ele, a protetora de si, foi sua mãe. Até então o motivo do porquê dessa pessoa ter perseguido Norman para mata-lo é um mistério, ele e Norma se entendem e resolvem se livrar do corpo dessa pessoa no qual se encontra no congelador do porão da casa.

Durante a noite fria, Norman (e “Norma”) coloca o corpo no porta-malas do carro e vai a caminho do lago da cidade para jogar no local mais fundo possível, ao chegar no lago e no local ideal, o telefone do morto toca e Norman atende em silêncio e aí vem o plot twist, a pessoa que tentou matar Norman, no qual ele estava se livrando do corpo, havia sido contratado por Alex Romero para assassina-lo. A descoberta veio à tona quando Norman atendeu o celular e escutou Alex tentando entrar em contato com o assassino de aluguel… lembra do telefona que Alex tentava fazer, mas sempre caia na caixa postal? Pois então… tudo faz sentido agora, não? E aqui o episódio encerra com uma expressão de raiva, “frieza” e determinação de Norman no celular.

Esse primeiro episódio foi um bombardeio de informações e revelações, algo muito bom no qual tenho certeza que foi o suficiente para matar a saudade da série. Além de acréscimos de novos personagens misteriosos ou não, houveram muitos pontos em aberto que ficará para os futuros episódios o que me deixa muito ansioso e empolgado não só pelo próximo episódio para pela temporada inteira e sua conclusão, não podemos esquecer que a cantora Rihanna marcará presença no elenco da série, o que significa que mais personagens surgirão futuramente.

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2 respostas

  1. Bom texto mas, como estudante de psicologia, algumas coisas me incomodaram. Ele não é inteligente “apesar de ser um psicopata”, uma das características de psicopatas é justamente a inteligência, além de serem extremamente astutos e capazes de enganar e manipular muito bem. O segundo ponto é que a psicopatia não é o que faz ele ter os surtos (psicopatia nem patologia é, é um conjunto de comportamentos) e sim o transtorno dissociativo de identidade. Essa “ilusão” que ele tem da norma é causada por esse transtorno e não é nada ilógico, pois, tudo o que ele enxerga e escuta durante os surtos, só acontece na mente dele. Não precisaria ngm estar realmente fazendo a comida etc pra ele conseguir ver, nem outra pessoa estar falando pra ele conseguir ouvir e até interagir, é assim que um transtorno psicótico age mesmo, ele tem alucinações e pode acontecer basicamente de um tudo nelas.

    1. Olá Bruna!
      Obrigado pela visita! Interessantes informações, a série realmente pode causar uma certa confusão a quem não conhece profundamente o funcionamento da psicose. Agradeço mesmo pelas informações extras, espero que tenha gostado da série 😀

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