Prêmios, episódios e temporadas sublimes rodeiam BoJack Horseman
BoJack Horseman surpreendeu e foi a série mais assistida do mundo na última semana, segundo o aplicativo TV Time.
Lançado em 2014, isso mostra que BoJack Horseman, desde o início, tem sido a prova de que os melhores programas levam tempo para crescer, mesmo em uma era dominada por streaming, onde o grande volume de conteúdo lançado de semana em semana levou a uma obsessão pelo novo.
Quando foi lançado, a Netflix ainda era relativamente nova no jogo de programação original, e seus sucessos iniciais – House of Cards, Orange is the new Black – eram o tipo de dramas viciantes de prestígio como a HBO (Mad Men, Girls) ou AMC (Breaking Bad, The Walking Dead).
“Eu não sei como você espera que alguém te ame quando você claramente se odeia.” — BoJack Horseman
Contudo, diferente de outros seriados, BoJack Horseman sempre foi particularmente aclamado pela maneira como explorou o trauma humano, com assombrosa verossimilhança; coisas que são muito próximas, sensações que todos nós já vivenciamos, ao menos uma vez: tristeza, ansiedade, solidão. De repente, o BoJack se torna apenas um show com animais falantes em uma terra de fantasia, mas sim um espelho destinado a ver a sociedade.
O seriado conta com personagens muito bem construídos e tramas em que não sobra uma ação sem reação ou causa, que criam pros dubladores um ambiente perfeito para que eles nos entreguem esses sentimentos. Isso, somado ao humor e às referências, tornam BoJack Horseman a melhor e mais inventiva série que o Netflix já fez.
Com o fim agora à vista, será fascinante ver onde um programa comprometido com a honestidade bruta finalmente deixará seu caráter central. De fato, Bojack não é um show particularmente feliz, contudo, merece um fim redentor ou mais fiel à vida em que os fãs podem refletir.
Por fim, será que pode existir um final feliz para um programa tão mergulhado na miséria do mundo real? Enfim, veja mais um pouco de Bojack aqui.
