Castlevania (Netflix) – Um bom exemplo a ser seguido.

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ATENÇÃO! O texto abaixo está lotado de Spoilers, portanto é recomendado apenas àqueles que tenham assistido à série Castlevania da Netflix.

Foram longos 5 meses desde que veio à luz a notícia de que a Netflix estava preparando uma série da franquia de jogos Castlevania, desde então foram saindo diversas imagens, trailers e até teorias de quais jogos a empresa poderia pegar como base para dar um roteiro a sua série e finalmente toda essa ansiedade acabou! Foi lançado na semana passada a Primeira Temporada de Castlevania na Netflix e a principal dúvida que fica no ar, ainda mais se tratando de uma adaptação dos videogames, é se a série vale a pena. Bom, eu assisti à Primeira Temporada e direi agora se a série vale a pena, ou se é só mais uma tentativa fracassada de trazer o mundo dos games para as telinhas.

A História

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A história da animação, para aqueles que jogaram alguns jogos mais antigos da série, é baseada no jogo Castlevania III: Dracula’s Curse. Tudo começa com Lisa e Drácula e a relação entre eles. O ano é o de 1455, Lisa é uma camponesa sedenta por conhecimento e acaba se aventurando no Castelo de Drácula atrás de métodos que pudessem curar as pessoas, lá Drácula, relutante de início, começa a ensina-la o que para eles é ciência, mas para igreja é considerado bruxaria, logo Lisa tem o fim que a maioria das pessoas que eram acusadas de tal crime na época: a morte na fogueira.

O que vemos depois são as consequências desse ato da igreja, primeiro com Drácula soltando toda a sua fúria ameaçando os que estavam presentes no dia do ato, e um certo tempo depois causando um banho de sangue – literalmente – ao fazer chover sangue do céu. Enquanto isso, é apresentado a nós um cara bêbado, sem qualquer pretensão de futuro que vaga por aí sem um destino, pode ser difícil de acreditar, mas esse personagem é membro da família Belmont, trata-se de Trevor Belmont, um dos personagens principais da série.

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Belmont de início mostra-se completamente desacreditado com tudo e com todos após sua família ter sido excomungada pela igreja, mas ele acaba mudando ao conhecer os Oradores, principalmente Syphya uma bela jovem capaz de conjurar magias.

À primeira vista, me senti um pouco decepcionado com a história abordada pela série, eu esperava que a história seguisse o jogo Symphony of The Night, que é o meu favorito da série, mas após um tempinho de pesquisa vi que tudo que acontece no Symphony of The Night tem ligação com os eventos que rolam na série atualmente, então comecei a deixar essa minha visão de lado à medida que a série ia avançando, porém é inegável que durante os episódios 2 e 3, acabamos ficando com uma parte mais sonolenta da história. Claro que essa parte serviu para explicar quem são os Oradores, um grupo que no passado se uniu aos Belmonts e que atualmente se encontram na cidade prontos para ajudar as pessoas vítimas dos ataques do Conde Drácula, porém a igreja começa a culpa-los pelas atrocidades que acontecem e o povo vai no embalo promovendo uma verdadeira caça contra o grupo.

Tudo se encaminhava para que a igreja fosse considerada a vilã principal da história, mas logo isso cai por terra quando a principal cabeça por trás das atitudes da igreja encontra o seu fim nas mãos de um dos soldados do Drácula. Enquanto isso Belmont e sua amiga Oradora, Syphya, tentam a todo custo salvar a cidade de Gresit e após uma cena bem ao estilo que a série colocou – repleta de sangue e partes do corpo voando para lá e para cá – eles conseguem espantar os demônios enviados por Drácula e manter a cidade a salvo por enquanto.

O ponto principal de toda a série fica por conta dos momentos finais do último episódio. Após salvarem a cidade, Belmont e Syphya acabam caindo em uma série de buracos que culmina em uma sala completamente arrumada e diferente com um caixão no meio, de dentro do caixão sai ninguém menos que Alucard! Belmont, um caçador de vampiros, ao ver quem saiu do caixão não poderia ficar tranquilo e logo parte para uma briga com o vampiro, briga que dá gosto de ver e deixa o episódio completamente animado. Por fim Alucard vê que Belmont e Syphya fazem parte de uma profecia que um caçador e uma feiticeira iriam liberta-lo, e após explicar o porquê de estar repousando em um caixão por um ano – deixando também explicado quem apareceu para Drácula antes dele invocar seu exército – decide unir-se a eles para combater seu pai, pois esse seria o desejo de sua mãe, mas é infelizmente aí que a série acaba, deixando o gostinho de quero mais na boca de todos.

Um exemplo de animação.

Algo que chamou a atenção desde que comecei a assistir à série foram os gráficos da animação. A animação não deixa a desejar em nenhum momento. Se você assistiu ao início de Dragon Ball Super, ou acompanha One Piece, sabe que a animação desses dois animes não é algo de encher os olhos. Apesar de terem seus bons momentos em determinadas partes ainda há muito que se melhorar, porém em Castlevania as coisas são bem diferentes. A animação enche os olhos a partir do momento em que as coisas começam, e esse sentimento se torna ainda mais forte quando vem a primeira cena do castigo do Drácula, quando ele faz chover sangue do céu.

Em todos os momentos a animação chama a atenção de uma forma positiva, seja em momentos em que Belmont está parado conversando com os Oradores ou com algum outro personagem, seja nas brigas que acabam sendo muito bem desenhadas ou na hora em que ele arranca o dedo de um padre na base do chicote. Falando em arrancar o dedo, a série não poupa esforços em ser direcionada para o público adulto. Tinha sido noticiado antes que a série seguiria um padrão adulto segundo os produtores e eles realmente cumpriram o que falaram. Não tem como não soltar um ‘Wow’ ao ver Belmont arrancando o olho de um padre com o seu chicote, ou até mesmo ver o mesmo padre perdendo o outro olho após ser atingido por uma flecha, e as coisas continuam seguindo esse mesmo padrão. Vemos tripas dos monstros, sangue sendo jorrado como se fosse água e diversas partes de corpos voando para lá e para cá deixando o clima da série ainda mais interessante.

Mas…

Mas claro que nem tudo poderiam ser flores, e se tem uma coisa que incomoda é a quantidade de episódios liberados pela Netflix. A empresa liberou somente quatro episódios, deixando o restante para a segunda temporada. Tudo bem que eles já confirmaram a segunda temporada com mais 8 episódios, mas o atual momento da Netflix não deixa as coisas muito confiante quando se trata de séries de produção própria. A Netflix vem cancelando muitas séries atualmente, nomes como The Get Down, Sense8 entre outras séries viram suas histórias serem interrompidas e ver a Netflix liberando somente 4 episódios mostra como a empresa, apesar de ter produzido um material de qualidade, está um pouco pé atrás sobre o sucesso de sua animação.

Não é para menos, nós sabemos que as adaptações de videogames para as telinhas é um cenário que não agrada a tempos, poucos nomes, como Assassin’s Creed, chegaram a ter uma boa recepção pelo público, então a estratégia do Netflix de liberar poucos episódios é chata, mas até que compreensível. Ainda é cedo para responder à pergunta se Castlevania se enquadra entre as adaptações que deram certo ou não, mas podemos dizer que a série começou com o pé direito e que agora basta continuar nesse ritmo para entrar para o time de adaptações de jogos que deram certo.

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Uma resposta

  1. Estou aguardando a segunda temporada, ficou excelente, dava uma nostalgia de ver é o momento que o Alucard aparece e3 o ápice. Lembrando que eles fizeram adaptações na série, mas que eu particularmente aprovo, me lembrando daquele filme do silent hill que foi uma boa adaptação e não desagradou aos fãs.

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