Alex Ward, vice presidente e diretor criativo da Criterion Games, e Fiona Sperry, diretora do estúdio, não trabalham mais na Criterion, e por consequência também não fazem mais parte da EA Games. A própria EA confirmou a informação para o site Polygon.
“Alex Ward e Fiona Sperry decidiram deixar a EA“, disse o porta voz da Eletronic Arts ao site Polygon. “Nós agradecemos as diversas contribuições durante tantos anos e desejamos tudo de bom à eles e seus futuros empreendimentos.”
“O incrível time criativo e talentoso da Criterion está trabalhando duro em um novo projeto para a nova geração de consoles. Uma nova propriedade intelectual que será uma das grandes prioridades da EA. Matt Webster está liderando a equipe de desenvolvimento no novo jogo, portanto mesmo com a saída de Ward e Sperry, a Criterion continua seus projetos. Matt foi parte da Criterion por muitos anos e ele tem uma visão muito empolgante desse novo jogo.”
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A saída dos co-fundadores de um dos estúdios mais importantes desde a época do PS2, se dá em um dos piores momentos da Criterion, que vive dias de incerteza. Durante os últimos anos, muita coisa mudou no estúdio, principalmente se compararmos com a época de Burnout. O perfil mais recente de Ward no LinkedIn demonstra que ele está trabalhando em projeto chamado apenas de “unannounced project zero”, algo como Projeto Zero Não Anunciado. O LinkedIn de Sperry demonstra que ela trabalha num projeto do “Team Zero”, que é descrito como “a próxima grande jogada da Criterion Games“. Nenhum dos dois ainda comentaram suas saídas, além de um twitt que Ward postou, dizendo que eles “somente decidiram começar algo novo e formar um novo estúdio desenvolvimento de games.”
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Ward e Sperry formaram a Criterion Games em 2000, originária da Criterion Software, uma empresa de tecnologia que criou a RenderWare. Desde então, o estúdio criou e manteve a série Burnout como uma das melhores séries de corrida e ação. A Criterion então, passou a fazer parte da EA Games e a produzir jogos da série Need For Speed. Em 2010, o estúdio lançou Need For Speed: Hot Persuit e em 2011 foi a vez de Burnout Crash. A Criterion deu adeus à série Need For Speed com o remake de Most Wanted.
Então, em uma entrevista concedida 2012 para o Polygon, o produtor executivo de Most Wanted, o próprio Matt Webster, disse que nem todos os Need For Speed’s que viessem a ser lançados no futuro seriam produzidos pela Criterion, mas o estúdio teria a supervisão criativa da franquia.
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“Nós sempre vamos ter algo para lidar na série. Não estamos falando sobre para onde ir agora, mas nós definitivamente teremos a parte criativa em nossas mãos na série Need For Speed“, disse Webster.
Porém, um ano depois, não foi isso que aconteceu. Durante a Gamescom, o Produtor Executivo de Need For Speed Rivals, Marcus Nilsson, disse que o estúdio recém criado, Ghost Games, estava com toda a responsabilidade de Need For Speed, inclusive a parte da Criterion.
“A Ghost agora está liderando Need For Speed e certamente teremos alguns anúncios sobre como isso irá ocorrer e evoluir no futuro. A Criterion está fazendo outra coisa, o que não descarta a possibilidade deles nos ajudarem nessa nova fase da série Need For Speed“, disse Nilsson.
A história é tão confusa, que Nilsson revelou que 80% da Criterion estava trabalhando em NFS Rivals, enquanto que os outros 20% estavam em um misterioso novo projeto. Um mês depois, Alex Ward, um dos fundadores da Criterion e que agora deu linha na pipa e saiu do estúdio e da EA (e o que realmente se trata esta notícia, ora bolas…), tweetou dizendo que 60 ou 65 pessoas saíram da Criterion e foram para a Ghost Games, aparentemente de forma permanente, para trabalhar no novo Need For Speed e nos futuros jogos da franquia, deixando 20 pessoas na Criterion.
No mesmo mês, Andrew Nilson foi eleito o CEO da Eletronic Arts e mudou a função de Patrick Soderlund de EVP da EA Labels para EVP da EA Studios. Com esta mudança, a franquia Need For Speed ficou à cargo de Matt Bilbey, Vice Presidente Sênior da EA, que supervisiona a parte de esportes da empresa.
“Nós achamos que isso pode ser benéfico colocar a franquia sob olhos novos, um pensamento diferente, e achamos que Matt é o cara correto para fazer isso. Ele tem um ponto de vista muito diferente sobre como fazer jogos, principalmente ótimos jogos.”
Portanto, podemos dizer que de maneira indireta, podemos dar adeus a uma das mais brilhantes empresas e desenvolvedoras de jogos da década passada. A série Burnout há muito tempo não é evidência, e com a saída dos fundadores da Criterion, nada será como antes, e se algum jogo surgir com o nome Burnout terá apenas o nome Burnout, mas não será Burnout. Porém, o novo projeto de Ward e Sperry é algo a se notar, pois das mentes brilhantes destes dois, muita coisa ainda pode surgir.
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Burnout para mim, está zilhões de anos acima de Need For Speed, e não entendo o porque da série ter ido pro limbo. O jogo era liso, rápido, divertido, arrebentador. Tudo que um jogo de corrida precisa ter, tem em Burnout. Uma pena que infelizmente o futuro da franquia, que já era cinza, agora está quase nulo.
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Desejamos sorte para ambos (Ward e Sperry), principalmente porque se der certo o novo projeto e as novas ideias deles, será bom pra gente. E este fato é mais um exemplo de grandes produtores, diretores e cabeças criativas se desvencilhando de uma grande empresa. A liberdade criativa é algo que nunca deve se perder, e em séries como Need For Speed, onde o lucro é o maior preocupação, nem sempre a criatividade anda junto com o desenvolvimento.
Você já conhecia a Criterion e tinha noção da importância da empresa para a EA? Acha que ainda assim, a Criterion terá uma sobrevida e existirá com o mesmo sucesso de antes? Comente!
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