Titanfall, Call of Duty, Battlefield, Halo, Killzone, Half Life e até mesmo o recém chegado Destiny não seriam nada sem o advento dos jogos de FPS lá nos anos 90. Doom foi o grande nome e até hoje vive em meio a tantos jogos do gênero, que muitas vezes arriscam algumas mudanças – como no caso de Bulletstorm, que mesmo sendo um game mega divertido, vendeu pouco. Com isso, a maioria dos jogos de FPS caem no marasmo da cópia deslavada de outros títulos enquanto que a criatividade vai ficando de lado.
John Romero, um dos grandes nomes da indústria dos games e criador da série Doom, falou ao site Develop sobre a atual situação do gênero de FPS. Segundo ele, “existe uma quantidade inacreditável de coisas novas a se fazer neste gênero. A ideia de um shooter é tão simples como a de correr por aí com algumas armas na mão arrebentando tudo pelos ares. Mas o que se faz na vida real? Como é o mundo? Quem está ali e o que é que te preocupa?” – disse Romero.
Indo ainda mais além, Romero exemplifica: “E se World of Warcraft fosse um jogo de tiro? Você tem um mundo gigantesco cheio de missões, e já tem no jogo diversas pessoas para enfrentar no PVP (jogador contra jogador). Se WOW fosse um jogo em primeira pessoa, seria algo totalmente novo. Ainda ninguém teria visto algo desta grandiosidade até que fosse criado.“
Destiny segue mais ou menos essa linha, mas ainda é cedo pra dizer que será o título que elevará o gênero do FPS. Mas, ao que tudo indica, Romero pensa da mesma maneira que a Bungie, claro que guardadas as devidas proporções com WOW.
E pra finalizar, Romero disse:
“Os shooters têm muito caminhos por onde seguir, mas as pessoas preferem copiar as mesmas coisas por diversas vezes, porque têm medo de tentar algo novo. Nós mal riscamos a superfície do gênero do FPS.”
Palavras fortes de um cara que ao meu ver, sabe o que diz. Talvez alguns pensem: “se ainda podemos ir além, o que Romero está fazendo?”. Não é simples convencer as produtoras a lançar algo muito diferente do que está vendendo por aí. Porém, este tipo de declaração de Romero pode fazer outros produtores pensarem “fora da caixa” e quem sabe assim podemos ter alguma novidade no gênero em breve.
Entretanto, mesmo que muitos reclamem dos FPS dizendo que sempre é a mesma coisa, eu discordo fortemente. O FPS é um dos gêneros que vem se fortalecendo a cada geração e dificilmente cai ou pára de vender. Jogos como Titanfall trazem um ar de coisa nova e acaba levando a indústria a seguir seus passos. Com Destiny e toda a pegada de RPG misturado com MMO e jogo de tiro que ele traz, imagino que entraremos em uma nova fase, mesmo que este tipo de jogo seja muito mais difícil de ser produzido do que um game mais “scriptado” como é o caso de Call of Duty e Battlefield.
Vendo o que Romero diz e levando em consideração a sua experiência com jogos de FPS, o que você tem a dizer a respeito do tema? Para você, os shooters precisam se renovar ou a mudança está acontecendo gradativamente a cada novo lançamento?
