Crítica: Ben Hur – a história recontada de uma maneira diferente e interessante

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Um dos livros mais vendidos da história, Ben-Hur: Uma história dos tempos de Cristo, foi publicado pela primeira vez em 1880 pelo autor Lew Wallace e ainda continua levantando questões super contemporâneas. Dessa vez, a trineta do autor, Carol Wallace, publicou uma releitura modernizada e adaptando ainda mais para os conceitos modernos da nossa sociedade.

Um Clássico Revigorado

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Ben-Hur já havia sido levado para as telonas em duas outras oportunidades, sendo que na segunda, 1959, levou 11 Oscars, tornando-se um dos filmes mais vencedores da história e modificou toda a industria cinematográfica, estabelecendo novos padrões de filmes épicos. A ideia para essa nova versão não era apenas fazer um remake, mas contar a mesma história com uma outra visão, uma outra perspectiva e outros ideais.

Judah Ben-Hur (Jack Houston) é um príncipe judeu que vê sua cidade sendo, aos poucos, dominada pelo poder romano e com ele, tirania, desgraça e ódio. Judah prefere assistir de longe, sem participar nem interferir na política sendo imposta em sua cidade, porém, num ataque rebelde, ele e seus parentes e amigos se vêem acuados e obrigados a sofrer as leis romanas, exilando-o e condenando o resto de sua família, mas o mais doloroso de tudo é que seu irmão, Messala (Toby Kebbell), adotado pela família quando criança, que havia se juntado aos romanos para provar seu valor, voltou-se contra sua família e não intercedeu por eles. Cheio de ódio, Judah viveu em condições sub-humanas nos navios de batalha até conseguir escapar e buscar vingança por todo o mal que lhe causaram.

Jesus, o transformador de vidas

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O ator brasileiro, Rodrigo Santoro, faz o papel de Jesus Cristo e se destaca em momentos cruciais do filme. O longa tem uma vibe religiosa muito forte e Santoro e Houston constroem uma relação muito importante durante o decorrer da história, fazendo assim valorizar o grande líder Cristão e como ele, enquanto influenciador, pode modificar a vida das pessoas. Cenas emblemáticas fazem você derramar lágrimas e ter a certeza de que tudo aquilo é especial por vários motivos, pois mesmo o filme não sendo protagonizado por Jesus, ele consegue pontuar de maneira poderosa, transformando e direcionando o longa.

Ben-Hur não é só sobre política, família e religião, mas também a clássica corrida de Bigas. O protagonista, habilidoso com os cavalos, assim como seu irmão romano, irão competir pela dignidade, liberdade e pela honra. Representando um comerciante estrangeiro e cheio da bufunfa (Morgan Freeman), Judah, com uma Biga e cavalos brancos, enfrenta os principais competidores do país e obviamente seu irmão, com cavalos pretos, o Orgulho de Roma – mostrando principalmente pela cor dos cavalos, a dualidade entre o bem e o mal. É interessante vermos como decorre essa competição, pois a mescla entre efeitos visuais e efeitos práticos foi muito bem feita, fazendo-nos acreditar piamente que tudo aconteceu do jeitinho que aconteceu – um dos pontos altos do filme.

Moral da história

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Vale citar que a trilha sonora consegue se destacar em meio a tantos elementos importantes na tela e, sem dúvida alguma, tem um papel crucial para trabalhar junto com as emoções e atmosferas pesadas que o filme propõe.

O filme traz uma mensagem super importante e corajosa para os dias de hoje. Em alguns momentos esbarra no clichê comum – em certas ocasiões, parece que surgirá Morgan Freeman narrando um “MORAL DA HISTÓRIA”, mas – de qualquer maneira – não fere a intenção e no sentido da Narrativa.

No longa podemos encontrar conceitos absurdamente atuais, como o abuso de poder, o ódio entre nações dominantes e os dominados, rebeldia, vingança e, o que mais prevaleceu, acima de tudo, como o amor pode superar todos os obstáculos, até mesmo os que achávamos irrecuperáveis. É basicamente essa a lição que Judah aprende, que Jesus representa, que os personagens em volta são condicionados a viver.

Concluindo, Ben-Hur, um grande clássico do cinema, tem uma versão revigorada, contemporânea e repleta de mensagens de amor e honra, que farão você refletir e entender que essa história pode contribuir para uma percepção melhor desses assuntos anteriormente citados. Aqueles que gostam do clássico de 1959, que conhecem a história por meio dos livros e que apreciam filmes épicos com uma história interessante serão público ideal para Ben Hur. Recomendado.

Trailer

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