Crítica | Black Summer é uma boa série, mas escorrega em alguns aspectos

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Black Summer empolga em muitos momentos, mas frustra em outros.

Black Summer surgiu em 2019 como uma série original Netflix. A série é derivada de outra com a mesma temática, Z-Nation, que mistura o apocalipse zumbi com comédia. Contudo, em Black Summer não há espaço para a comédia, pois o clima de tensão é predominante.

Em diversos momentos, no decorrer dos oito episódios da primeira temporada, vários sentimentos passaram por mim enquanto acompanhava a série. Entre esses sentimentos estavam tensão, agonia, medo e frustração.

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O Mundo está acabando… Novamente.

O tema apocalipse zumbi tem sido utilizado à exaustão, tanto por filmes quanto por séries. Contudo, Black Summer aposta na mesma fórmula de tudo em que foi inspirada. Não veremos na série nada de inovador, com relação ao que já foi visto anteriormente em outras mídias.

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No início do primeiro episódio nós já nos deparamos com uma família tentando sobreviver ao ataque dos mortos-vivos. Podemos notar que o apocalipse está bem no início, pois as pessoas ainda estão tentando encontrar lugares seguros para se abrigarem.

Durante a jornada nós acompanharemos um grupo de sobreviventes tentando chegar a um destino pré-determinado, onde os perigos não serão somente os zumbis, mas os outros sobreviventes que também farão qualquer coisa para continuarem vivos.

Quem é o protagonista da história?

As histórias que acompanhamos na primeira temporada de Black Summer são interessantes e bem contadas. No geral os objetivos do grupo de sobreviventes são convincentes. Mas o foco é na personagem da atriz Jaime King, que interpreta Rose.

Nós acompanhamos sua história, que é apresentada desde o primeiro episódio até o desfecho da temporada. As atuações dos atores são boas, com destaques também para os atores Sal Velez Jr (Willian Velez) e Kelsey Flower (Lance). Eles tiveram uma carga dramática bem apresentada na trama.

Zumbis velocistas

Em Black Summer os mortos-vivos tem um comportamento extremamente agressivo, e não digo isso apenas por se alimentarem da carne dos vivos. Os zumbis são extremamente velozes e agressivos, indo na contramão de outros seriados com mortos-vivos, como The Walking Dead por exemplo. Em um episódio especifico nós acompanhamos um dos sobreviventes tentando escapar de apenas um zumbi, mas a tarefa de despistar o morto é árdua e cansativa.

A transformação em zumbi é quase imediata após a infecção, o que deixa as coisas mais tensas.

Os acertos de Black Summer

Alguns episódios de Black Summer realmente são ótimos, como o episódio da lanchonete. A tensão e incômodo (no bom sentido) marcam presença neste episódio. Cada movimento dos sobreviventes desperta nossa atenção, nos mantendo com os olhos vidrados para não perder nenhum detalhe.

Outra qualidade notável em Black Summer é sua fotografia. Os tons cinzentos e meio azulados dos ambientes destacam o clima de melancolia e solidão que são constantes na vida dos sobreviventes.

A maquiagem e caracterização dos zumbis é outro ponto positivo da série. O cuidado com os detalhes é algo admirável nos mortos-vivos. Mas, aqui sinto falta de uma amputação, ou qualquer outro detalhe de desmembramento mais comum em outras séries com a mesma temática.

Mas, nem tudo são flores

Black Summer possui um roteiro simples, com aquela impressão de “já vi isso antes”. A correria para encontrar um lugar seguro, o encontro com outros sobreviventes que são extremamente irracionais sem motivos aparentes, entre outras coisas.

Em diversos momentos algumas atitudes dos personagens principais me fizeram torcer o nariz. Por exemplo, em um determinado momento um dos sobreviventes está caminhando tranquilamente numa rua, que com certeza estaria enfestada de mortos-vivos. A atitude de caminhar tranquilamente e correr somente quando a ameaça se aproxima é algo que não faz sentido, principalmente para uma pessoa que estava brigando pela sua sobrevivência instantes antes.

Algumas atitudes dos sobreviventes também são desconexas, onde as decisões tomadas em momentos chave parecem as mais simples e impensadas o quanto possível, e isso frustra bastante.

Black Summer é uma boa série, mas com pouca inovação

Com tudo que foi dito até aqui acho que você deve ter sua conclusão sobre a série. Entretanto, é interessante ter uma perspectiva mais “realista” de como seria um apocalipse zumbi de verdade, e isso é algo que Black Summer apresenta de uma maneira um pouco mais crível que as demais séries de zumbis.

Temos um equilíbrio entre momentos desconexos e momentos tensos. Mas, no geral a série cumpre seu propósito, que é apresentar o apocalipse zumbi de uma forma mais crua e real.

Black Summer é uma série com potencial, mas que se perde em alguns momentos nessa primeira temporada. Contudo, uma segunda temporada com um roteiro mais elaborado seria bem-vinda. Mas, nós sabemos que para a segunda temporada existir a primeira tem que ter bons resultados, e espero que isso ocorra aqui.

Black Summer é uma série Original Netflix, que chegou no dia 10 de Abril de 2019. A sua temporada de estreia conta com 8 episódios com uma média de duração de 40 minutos cada.

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