Cyberpunk 2077 é bom?
Depois de oito anos e inúmeros atrasos, o aguardado Cyberpunk 2077 da CD Projekt Red finalmente chegou. Ambientado em um futuro sombrio e distópico, o RPG de ação de mundo aberto tem sido um dos mais esperados do setor para a maior parte de 2020. A pergunta na boca de todos é: Cyberpunk faz jus ao hype?
No vídeo abaixo, nosso revisor Alessandro Oliveira nos conta sobre a experiência de jogar Cyberpunk 2077. E há muito o que discutir, com o universo do jogo repleto de personagens carismáticos, narrativas envolventes, escolhas e com um visual extraordinário, o título da CD Projekt RED é um universo distópico cheio de estilo e atitude, que apresenta uma cidade cheia de vida e uma das experiências mais imersivas da geração – ainda que não seja sem alguns tropeços no caminho.
Bem-vindo à Night City!
Segundo explica Alessandro, há muito para se explorar na cidade: além das missões que o jogador recebe pelo celular, o crime ocorre em todos os cantos e caos acontece nas ruas de Night City. Tiroteios e assaltos são frequentes em suas ruas, e jogadores podem interceder para receber uma recompensa do departamento de polícia da cidade. Há também múltiplas cenas sexuais durante o jogo, e segundo Alessandro lembra, o lado positivo dessa abundância de sistemas é, novamente, a liberdade total que o jogador tem para trilhar dentro de Night City.
Toda a imersão proposta por Night City também comprova como a decisão da CD Projekt de focar em uma experiência em primeira pessoa foi acertada. Observar o mundo através dos olhos de V permite ao jogador desenvolver uma relação mais íntima com a cidade e com seus personagens. E apesar de contar com um sistema robusto de pontos de viagem rápida espalhados pelo mapa, aproveitar os cenários da metrópole e descobrir coisas novas e inusitadas no caminho faz os jogadores se sentirem dentro de um organismo vivo – além, claro, de curtir as excelentes seleções musicais presentes nas rádios, que variam desde Rock, Metal, Rap e afins.
E o combate?
No entanto, por mais que a narrativa e visual do jogo sejam parte importante da experiência, boa parte da trama envolve o que se esperaria de um RPG de ação em uma distopia futurista: tiro, porrada e bomba. Logo de cara, o título da CD Projekt chama a atenção pela quantidade impressionante de diferentes sistemas e subsistemas envolvidos em seu gameplay. E é aí que entram os complexos sistemas de jogabilidade e combate do título.
O combate de Cyberpunk pode ser definido como “satisfatório”. Como Alessandro lembra, o game usa cinco atributos de personagem – “corpo”, “reflexos”, “habilidade técnica”, “moral” e “inteligência” –, que influenciam as capacidades de V em lidar com outros personagens e com os cenários em situações sociais, de exploração e de combate. Além dos atributos, há um sistema de habilidades passivas e ativas que podem acabar compradas em doze árvores de habilidades independentes. É através delas, no entanto, que você vai determinar boa parte das capacidades de combate de seu protagonista, cujo caminho proporciona diferentes resoluções dos perrengues, dando espaço para o jogador criar situações inusitadas.
Seu gameplay é bom para um RPG, afirma Alessandro. Contudo, obviamente falta quando comparado com jogos FPS, enquanto sua condução não se sustenta quando comparada a outros títulos de mundo aberto como GTA. Bugs, é claro, não são nenhuma surpresa em jogos da escala ou do escopo de Cyberpunk 2077. De armas que ficam flutuando no ar após um inimigo acabar eliminado até animações faltando em momentos críticos da campanha; Cyberpunk 2077 deu sinais de que ainda precisa de muito polimento em vários momentos do jogo.
Pane no sistema
O jogo chega inacabado, com problemas e sem polimento – por mais que ele ainda esteja sendo atualizado ao longo dos testes e vá receber uma grande “correção de dia zero” no lançamento em 10 de dezembro. Apesar dos problemas, fãs brasileiros podem se surpreender. O bravo empenho da CD Projekt Red trouxe para Cyberpunk 2077 uma experiência completamente dublada e localizada para o português do Brasil. Isso é especialmente importante já que Cyberpunk lida com um mundo repleto de neologismos importados do inglês.
Apesar de uma análise completa ainda estar para ser feira, Alessandro afirma que Cyberpunk 2077 é um jogo que é feito sob medida para múltiplos jogadores. Quanto mais habilidades V desbloqueia e mais fundo eles se afundam nas conspirações de Night City, mais fica claro que este é um jogo no qual os fãs vão afundar seu tempo, bem depois da campanha principal relativamente curta. A CD Projekt Red montou uma coleção das melhores mecânicas de mundo aberto, e a maioria delas funciona bem. Em última análise, parece que Cyberpunk 2077 é um título adequado para a geração anterior e um forte ponto de partida para a geração atual.
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Fonte: Youtube
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