Decarnation traz inspirações de Silent Hill 2 em um terror autêntico repleto de reflexões – Análise | Review

Decarnation

Compartilhe

Em meio a uma narrativa envolvente, Decarnation convida os jogadores a explorarem os limites da liberdade, mergulhando em um mundo repleto de mistério e reflexões profundas. Com estreia prevista para o dia 31 de maio nas plataformas do PC e Switch, o título conta com uma proposta intrigante, oferecendo uma experiência intensa e impactante.

Desenvolvido pela talentosa equipe da Atelier QBD, este impressionante jogo de terror psicológico, fortemente inspirado por Silent Hill 2, mergulha os jogadores em uma narrativa repleta de reflexões profundas. Além disso, Decarnation é um verdadeiro deleite para os fãs de pixel art, com visuais excepcionais que evocam uma atmosfera única de terror.

- PUBLICIDADE -

Vamos explorar os elementos marcantes dessa experiência de forma detalhada a seguir.

Sua mente pode ser seu real pesadelo

decarnation

Em Decarnation controlamos Glória, uma dançarina de cabaré em uma Paris de 1990 que se encontra em seu limite. Tudo começa quando Glória está posando nua enquanto um artista replica seus traços em uma escultura que será exibida em um museu de arte. Ao chegar no museu, Glória se depara com uma cena desconfortável que a faz sair do museu.

- PUBLICIDADE -

Mas isso não é o único problema de nossa personagem. Após este ocorrido, tudo na vida de Glória entra em colapso e as consequências de seus problemas pessoais e de sua vida profissional se tornarão um grande pesadelo em sua mente.

Tudo em Decarnation é simbólico e traz uma reflexão para nossa realidade. Nossa mente é uma área sensível que molda nossas convicções, medos, traumas e sonhos. E Glória se vê perdida em problemas que sua mente transforma em uma experiência horrenda que, nós jogadores, presenciaremos no gameplay.

A narrativa de Decarnation, sem querer revelar spoilers, explora a dualidade entre a liberdade física de ir e vir e a liberdade mental, que pode se tornar uma prisão interna. Essa reflexão sobre os diferentes aspectos da liberdade nos convida a mergulhar profundamente na história do jogo.

Mergulhar fundo nesta história tão real e presente em nosso dia a dia mostra que tivemos uma Glória em cada um de nós em algum momento de nossa vida.

A jogabilidade só existe por conta da história

Decarnation

Não existiria gameplay sem a narrativa de Decarnation. Normalmente, a jogabilidade de um jogo é algo a parte que servirá de engrenagem para o desenrolar da narrativa. Logo, se o gameplay não existir, não há como avançar na história.

Pois bem, neste caso, há uma quebra neste padrão de construção de mundo. Em Decarnation, tudo em seu gameplay está intrinsecamente atrelado a sua narrativa. Os medos, as preocupações e traumas são representados de uma maneira macabra e que dão forma a uma ambientação horripilante. Cada elemento colocado no cenário possui uma simbologia, cada um de seus personagens tem algo a nos ensinar e os puzzles são responsáveis por nos propor os mais diversos desafios.

É impossível não lembrar de Silent Hill 2 no contexto que o jogo aborda a jornada de Glória. Sua direção de arte é um aspecto tão persistente e marcante, que nos deixa tão imersos em seus cenários construídos em pixel art.

Decarnation não fica para atrás de nenhum outro jogo de terror em 3D com visuais mais realistas que já chegaram ao mercado. Sua natureza macabra e simbólica é única. Portanto, não haveria gameplay sem que a narrativa de Decarnation não existisse. Sua jogabilidade é o reflexo do que se passa na mente da personagem e isso ganha forma em sua crítica direção de arte.

Impossível não se apegar a trilha sonora

Com participação de Akira Yamaoka, a trilha sonora de Decarnation é a responsável por quebrar todo o clima de tensão e horror dentro do game. Em certas ocasiões, me questionei se a letra, a melodia não seria uma forma irônica de acobertar tudo que estamos presenciando na mente de nossa personagem.

Ao longo de nossa jornada passamos por inúmeras trilhas sonoras que acompanham o ritmo e a atmosfera que o gameplay apresenta. Não há como não se apegar com cada uma das faixas, seja por sua melodia descontraída, seja por seu tom mais tenso.

Por fim, anteriormente citei que não há gameplay sem a história de Decarnation, mas complemento este pensamento dizendo que, se não houvesse a trilha sonora, não haveria imersão.

Afinal, Decarnation é tudo isso mesmo?

Decarnation consegue, com sua simplicidade, proporcionar uma experiência de terror psicológico tão boa quanto quem lhe serviu de inspiração. E é incrível como a Atelier QBD conseguiu com seu estilo gráfico em pixel art entregar uma experiência tão imersiva.

Embora a narrativa possa parecer um tanto clichê em alguns momentos, ela é repleta de reflexões e lições que ressoam em nossas vidas. O jogo nos lembra que a pior forma de prisão não é aquela que nos limita fisicamente, mas sim aquela que nos aprisiona em nosso próprio subconsciente, revelando assim uma poderosa mensagem sobre liberdade e autoconhecimento.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”