Ex-CEO da EA diz: “Buscar gráficos de console nos mobiles é um erro”

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Na semana passada noticiamos o Project Logan, tecnologia da Nvidia que traz o delírio gráfico dos consoles para os mobiles. Inclusive a notícia foi o Hit 5 do Combo de 5 Hits #7 (nosso podcast semanal) nesta semana. Mas nem todos acham que trazer a qualidade gráfica dos consoles para os smartphones e tablets seja uma boa não.

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Falando ao site Polygon, numa conversa informal que acabou se tornando uma pequena entrevista, o ex-CEO da EA Games John Riccitiello disse que “replicar a qualidade gráfica dos consoles nos dispositivos mobiles sem diferenciar um do outro é cometer um erro.”

Questionado sobre a quantidade de notícias vinculando o futuro dos games nos mobiles ao futuro dos games, e o quanto os consoles podem se aproveitar disso, e vice-versa, Riccitiello disse que durante o tempo em que esteve na EA, ele ouviu muitos desenvolvedores de conteúdo para mobiles dizerem: “Nós vamos trazer a qualidade dos consoles para os mobiles, e isto vai nos diferenciar de todos os outros.”

“Eu acho que isto é um erro,” disse Riccitiello. “Investir em melhores gráficos sem prestar atenção na jogabilidade e gameplay que você terá, principalmente no quanto a jogabilidade deixa os jogadores felizes com o produto, é um caminho de ruínas. Jogos mais bonitos significa maior custo, enquanto que melhores games satisfaz o consumidor.”

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Riccitiello deu um exemplo de estratégia utilizada nos games nos anos 90, quando os gráficos 3D apareceram e com eles o custo de desenvolvimento dobrou ou triplicou, “mas a recompensa continuou sendo a mesma, pois ninguém estava inovando,” ele disse. Enquanto isso, games de aventura que se beneficiaram do 3D se saíam muito bem, pois ofereciam um gameplay fundamentalmente novo, uma nova experiência que não era possível com os sprites em 2D.

“Se você está a procura de processadores e placas mais poderosas, pense no quanto isto pode ser utilizado para criar uma experiência que você nunca viu antes, uma nova forma de se jogar. Que tipo de gameplay não era possível antes que determinada característica do hardware fosse otimizada?” – Riccitiello.

Angry Birds é um exemplo de game para Mobile que virou uma marca muito forte.
Angry Birds é um exemplo de game para Mobile que virou uma marca muito forte.

Riccitiello também falou sobre os desenvolvedores para mobiles tentarem se focar na longevidade de suas criações, criando marcas mais fortes, dizendo que em alguns poucos casos, não existem muitas produtoras ou desenvolvedores com mais de um game no TOP 50. Ainda disse que poucos desenvolvedores conseguiram alcançar o sucesso com algum novo game, depois que seu primeiro sucesso estourou por aí.

“Você pode esperar ter sorte duas vezes, ou pode buscar uma resposta para aquilo que penso ser de total importância para a vida dos games no mercado de mobiles. Os desenvolvedores precisam construir marcas, pois games que não constroem marcas não estarão por aí daqui uma década. Será que Clash of Clans estará entre nós durante 25 anos? Madden completou 25 anos este ano. Será que Candy Crush estará por aí ano que vem e continuará fazendo alguns milhões por dia?” – disse Riccitiello.

O Ex-CEO conclui dizendo que “o grande próximo acontecimento nos mobiles deverá vir da inovação, e não da incrementação do que já existe.”

Esta é uma opinião forte, e após pensar um pouco vejo que Riccitiello tem razão. Mario 64 é um exemplo disso, pois mesmo depois de tantos games para PSone, foi ele quem revolucionou o 3D, justamente por sua jogabilidade inovadora para época. E o mesmo vale pros consoles, onde muitos games buscam se parecer com outros de grande sucesso, e esquecem a inovação e jogabilidade de lado.

Mas o mais importante para nós é o que você meu amigo pensa disso. Deixe seu comentário e vamos começar a troca de ideia!

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4 respostas

  1. Não acho ruim a intenção de quererem trazer o poder gráfico para os dispositivos móveis, pelo contrário (andei testando esses dias alguns jogos no meu smartphone e fiquei bem surpreendido-isso porque são jogos que não são mais novidade)! Mas eu penso na questão da duração da bateria, por exemplo, e no fato desses dispositivos esquentarem nessas situações! Se não tratarem adequadamente esse detalhe, teremos no futuro jogos com gráficos incríveis que podem ser jogados por apenas 20 minutos 😀

    1. Penso desta forma também Dori, pois a bateria é o grande problema hoje dos smartphones. É terrível jogar 10 minutos e ter uma queda de 30% no nível da bateria. Comprei o novo Princi of Persia pra Android, mas só posso jogar em casa (num dispositivo portátil) pois se jogar enquanto estou na rua já era a bateria. Não precisamos mais de poder, mas sim de durabilidade.

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