Final Fantasy VII Rebirth é uma viagem ao passado, presente e futuro – Análise | Review

Final Fantasy

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Final Fantasy VII Rebirth é a sequência do Remake, que, por sua vez, foi baseado em um dos jogos mais aclamados da história, Final Fantasy VII. Lançado originalmente em 1997, o jogo foi um exemplo do potencial dos videogames na época e continua sendo uma referência até hoje. O Remake de 2020 deixou claro que a Square Enix queria revitalizar não apenas a história e os personagens, mas também aquele sentimento de que o futuro da franquia e dos RPGs estava sendo reinventado.

Rebirth continua essa trajetória iniciada em 2020, concentrando-se no que o jogo original faz de melhor: encantar seus jogadores.

A história de FFVII Rebirth

final fantasy vii rebirth
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Aqueles que jogaram o original conhecem a sequência dos eventos, mas o que a Square estabeleceu em 2020 foi amplificado neste título atual. Rebirth expande ainda mais o que vimos no original, oferecendo mais detalhes e aprofundando nas histórias que já conhecíamos, além de apresentar surpresas na tela. Sim, há surpresas! Mesmo para aqueles que jogaram o original, o jogo reserva novidades. No Remake, as coisas tinham direcionamentos confusos, então espere encontrar novas perguntas e novas respostas.

A história deste jogo é uma das áreas em que a Square simplesmente caprichou. Pegou um jogo consagrado dos anos 90 e o revitalizou de uma maneira simplesmente única, combinando elementos clássicos e modernos – mais uma vez.

Aspectos técnicos

Final Fantasy 7 Rebirth

Aqui está um dos pontos mais críticos da análise: a Square deveria ter sido muito mais cuidadosa com o aspecto gráfico do jogo. Muitos elementos estão fora do lugar, como as texturas. É sabido que em jogos de mundo aberto, alguns erros de textura podem ocorrer, é impossível verificar cada chão, montanha, pedra individualmente, mas há lugares em que a falta de cuidado realmente se destaca. Vale ressaltar que isso não acontece o tempo todo, mas quando acontece, é perceptível, especialmente no modo de desempenho (que foi o modo que joguei praticamente o jogo inteiro).

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Outra crítica é o visual dos personagens, que, mesmo com uma atualização recente, ainda poderia ser muito melhor. Há cenas em que os personagens estão incrivelmente bem-feitos, e outras em que parecem estranhos.

Por outro lado, a trilha sonora de FFVII Rebirth é simplesmente excepcional. A Square conseguiu reunir o melhor de sua playlist e incluí-lo neste jogo. Assim como no Remake, há músicas que remetem ao clássico, melhoradas e modernizadas, bem como músicas novas, temáticas e dinâmicas, oferecendo uma variedade incrível de sons para você desfrutar enquanto joga.

Vale destacar que o jogo não possui dublagem, mas, assim como no Remake, há legendas em PT-BR.

Novos rostos, novas histórias

Final Fantasy 7 Rebirth

Em FFVII Rebirth, teremos a estreia de nomes consagrados da franquia original, mas também uma maior profundidade para aqueles que já conhecemos do jogo anterior. Um exemplo disso é RED XIII, que ganha grande destaque, assim como Yuffie, que apareceu apenas no Intermission, a DLC. Também vemos a estreia de Cait Sith, o gatinho mais carismático com seu parceiro Moogle que não vai te decepcionar.

Cada um desses personagens desempenha um papel crucial, tanto na história quanto no gameplay. A forma como a narrativa explora o passado e o presente desses personagens é fantástica. Todos eles ganham ainda mais carisma, pois tudo o que conhecíamos brevemente no original de 1997 é agora detalhado minuciosamente, revelando novos aspectos que certamente surpreenderão.

Red, Yuffie e Cait Sith não são apenas adições com opções de combate, mas contribuem para estratégias diferenciadas de gameplay, deixando você com muitas opções na hora de enfrentar diferentes tipos de inimigos. Esses personagens enriquecem ainda mais a experiência ao lado dos já conhecidos Cloud, Barret, Tifa e Aerith.

Rebirth tem uma grata evolução do gameplay

Acredito que este seja o ponto mais crucial desta análise, pois o que foi realizado no jogo de 2020 representou uma revolução para a franquia, os RPGs e os remakes em geral. A Square conseguiu combinar habilmente os elementos dos jogos de turno com a ação em tempo real, de uma maneira genial. Todas as inovações do Remake foram mantidas no Rebirth, com adições significativas que tornam a experiência ainda mais estratégica.

Relembrando o sistema de combate principal, o Rebirth faz praticamente tudo o que o Remake fez. As barras de ATB (Active Time Battle) continuam da mesma forma, as habilidades, magias, itens e invocações estão de volta com toda a força. Isso representa essencialmente uma mistura inigualável de elementos clássicos e modernos que elevam o padrão dos videogames.

Adição sinérgica

Final Fantasy 7 Rebirth

Sem dúvida, o ponto alto do sistema de combate de FFVII Rebirth é a sinergia. Já tivemos um gostinho disso na DLC do Remake, Intermission, na qual jogávamos com Yuffie e Sonon. Nessa ocasião, ambos podiam usar habilidades únicas em conjunto, dando origem à sinergia. Em Rebirth, essa mecânica foi levada ao extremo, com inúmeras possibilidades de combinações.

A sinergia vai muito além de simples ataques combinados; ela é parte fundamental da estratégia de batalha. Primeiro, você precisa desbloquear habilidades de sinergia na árvore de habilidades. Uma vez desbloqueadas, essas opções estão prontas para serem usadas em combate.

Existem dois tipos de sinergia: uma que é ativada segurando o botão de defesa, permitindo contra-ataques, defesas robustas e investidas poderosas. E há também os especiais, que concedem buffs úteis ou desferem golpes devastadores nos inimigos.

Por exemplo, Cloud possui movimentos únicos quando combinado com Barret, que por sua vez pode realizar ataques conjuntos com Aerith, a qual também pode executar movimentos combinados com Yuffie. Conforme avança no jogo, você desbloqueia novos golpes conjuntos que serão cruciais em muitas batalhas.

Rebirth tem uma nova Skill Tree

Final Fantasy 7: Rebirth

Com relação à Skill Tree, concordo que pode parecer um tanto confusa e com habilidades desequilibradas em FFVII Rebirth. Algumas habilidades são muito poderosas, enquanto outras parecem menos úteis, o que pode dificultar a tomada de decisões na hora de investir seus pontos de habilidade.

Além disso, o processo de evolução pode ser um pouco lento e talvez até esquecido em certos momentos, especialmente se você não encontrar as máquinas de fólio com frequência. A necessidade de encontrar essas máquinas em locais específicos do mapa ou em cidades pode ser um obstáculo para a progressão fluida do jogo.

Seria interessante se a Square Enix tivesse adotado uma abordagem mais intuitiva para a evolução dos personagens, talvez tornando as máquinas de fólio mais acessíveis ou simplificando o sistema de alocação de pontos de habilidade. No entanto, essa é apenas uma ressalva de gosto pessoal e não prejudica gravemente a experiência geral do jogo.

O Mundo aberto de FFVII Rebirth

É verdade que os mundos abertos nos jogos modernos representam um desafio significativo para os desenvolvedores, pois precisam equilibrar a qualidade visual, a performance do jogo e a experiência de exploração do jogador. No entanto, parece que a Square Enix conseguiu lidar com essas preocupações de forma eficaz em FFVII Rebirth.

O mundo aberto do jogo, ou melhor, os mundos abertos do jogo são muito bem construídos. Digo de mundos abertos porque o jogo é dividido em várias regiões que contém as características do Open World. Cada região tem bioma diferente, clima, relevo, vegetação, mobilidade diferentes. Um acerto tamanho que fará com que você vicie tanto nisso, que não vai querer parar de explorar.

Mobilidade

Você poderá explorar o mundo a pé, utilizando chocobos e outros meios que descobrirá ao jogar. Um detalhe interessante é que os chocobos, assim como em alguns jogos da franquia, possuem características únicas que influenciam na forma como você explora cada local.

Embora existam tarefas repetitivas, a Square encontrou uma maneira de torná-las menos enjoativas, oferecendo diferentes abordagens para acessar as missões. No geral, o mundo aberto oferece uma variedade de opções para realizar diversas atividades.

Muitos jogos dentro de um jogo

Que Final Fantasy é conhecido por ter minigames, isso todo mundo já sabe, mas a Square resolveu elevar a brincadeira a outro nível. Tudo neste jogo é um minigame. Ao longo da sua jornada, você encontrará uma variedade de joguinhos diferentes. Muitos desses minigames são parte crucial da narrativa, relembrando momentos importantes e adicionando detalhes essenciais à experiência. Outros, não menos divertidos, desafiam você com pontuações difíceis para ganhar itens valiosos.

Mas acredite, você terá um local que disponibiliza uma quantidade enorme de minigames, mas o jogo inteiro se baseia em diferentes tipos de gameplay para alcançar certos objetivos. Isso precisa ser muito valorizado, pois a variedade de jogabilidade é absurda e, mesmo muitos deles sendo simples, é muito proveitoso e gostoso de jogar.

Queen’s Blood

Falando em minigames, decidi incluir um capítulo especial para um dos jogos de cartas mais interessantes da franquia, que muitos estavam sentindo falta: Queen’s Blood. Neste card game, você enfrentará adversários com cartas poderosas encontradas em várias regiões do jogo. A mecânica é baseada em um tabuleiro 3×6 e cartas com posições e poderes especiais. A montagem do seu deck, limitado a 15 cartas, será crucial, pois não basta ter cartas poderosas, mas também variadas em estilo, posição e características. Algumas cartas destroem as do adversário, outras aumentam o poder das aliadas, enquanto outras ativam efeitos especiais.

Na mesa de jogo, há pinos verdes (seus) e vermelhos (do adversário). Você começa com poucos pinos e, ao descer uma carta na mesa, pode adicionar um pino ao seu favor, ou dois se já houver um pino verde presente. Assim, você poderá baixar cartas de custo 2. Com mais pinos, é possível baixar cartas mais poderosas de custo 3, que normalmente possuem maior valor de pontos. O vencedor é aquele que acumular mais pontos nas 3 fileiras.

Ainda não acabou

Final Fantasy 7

O legado de FFVII é verdadeiramente brilhante. Até hoje, é considerado um dos jogos mais aclamados de todos os tempos, e não é surpresa que a Square tenha decidido revivê-lo. O desafio era criar uma experiência moderna que mantivesse a alma do jogo original, e isso foi alcançado em 2020.

Agora, o jogo recebe mais um capítulo de alta qualidade, trazendo ainda mais profundidade, densidade e emoção, o que o torna um presente para os fãs da franquia e, especialmente, para os fãs de FFVII. E no futuro, ainda haverá mais um jogo, que certamente será aguardado com grande expectativa por quem experimentou este. A Square é uma empresa que já teve seus altos e baixos, mas neste título específico, está colocando todas as fichas e contando com todas as mentes brilhantes que lá trabalham, pois é possível enxergar a essência e paixão investidas no projeto.

Concluindo

Final Fantasy 7: Rebirth

FFVII Rebirth é mais uma obra-prima que a Square nos proporciona. Apesar do puxão de orelha em relação ao visual, todos os outros aspectos foram tratados com tamanha excelência que realmente encantam. A trilha sonora é maravilhosa, o combate é primoroso, o mundo aberto é variado e viciante, os minigames oferecem uma variedade incrível, a história é emocionante e os personagens são carismáticos. Mais uma vez, a Square mostra ao mundo como criar um remake genial e único.

A nota final que eu dou é 9.7, no entanto, devido à limitação da nossa ferramenta de métrica, a nota será arredondada para 9.5. No entanto, gostaria de deixar registrado que minha avaliação verdadeira seria 9.7.

Final Fantasy VII Rebirth: FFVII Rebirth é uma obra-prima da Square, apresentando excelência em diversos aspectos, apesar das críticas visuais. A trilha sonora é maravilhosa, o combate é primoroso, o mundo aberto é cativante, os minigames oferecem diversidade, a história é emocionante, e os personagens são carismáticos. A Square mais uma vez demonstra sua habilidade em criar remakes geniais e únicos. Alepitekus

9.5
von 10
2024-02-22T11:00:06-0300

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