Goldeneye 007 comemora mais um aniversário histórico
Esta semana da indústria dos videogames marca um momento especial, com a comemoração dos 25 anos de Goldeneye 007.
Desenvolvido pelo estúdio britânico Rare e sob direção de Martins Hollis, o lançamento de 25 de agosto de 1997 conseguiu modificar a estrutura dos jogos de primeira pessoa na indústria dos videogames e deixou um legado indiscutível.
Além da aclamação da crítica especializada e dos fãs, Goldeneye 007 representa o terceiro maior lançamento da história do Nintendo 64, além do prêmio de melhor jogo no BAFTA e quatro prêmios na Academia de Artes e Ciências da Grã-Bretanha.
Um single-player revolucionário
Em um momento posterior trataremos do icônico multiplayer, mas é válido deixarmos um espaço considerável para reconhecermos que o modo single-player também merece sempre referências positivas.
Considerando a época de lançamento, a campanha também foi revolucionária justamente por servir de parâmetro para algumas franquias de consoles das próximas gerações e principalmente para os demais jogos de 007.
A qualidade das missões é um fator providencial para explicar o sucesso da campanha single-player, apresentando variedade de ambientes, elementos característicos e objetivos. Além disso, a possibilidade de escolher os níveis de dificuldade foi outro diferencial poderoso.
Um nível superior de dificuldade não representava algo simples como “subir o nível máximo de energia dos inimigos”, mas ampliava a complexidade das missões com outra estruturação das missões, através de objetivos adicionais e elementos das fases que não apareciam em outras dificuldades (Agent, Special Agent, 00 Agent).
Inteligência Artificial também merece destaque
Outro ponto importante é a qualidade da inteligência artificial. Através de um software desenvolvido por fãs posteriormente, pudermos testemunhar a complexidade do funcionamento dos inimigos. Eram diversas possibilidades as de ações e reações baseadas em posicionamento da mira e movimentação do jogador, algo revolucionário para um FPS de 1997.
Através da abertura de missões bônus (através do chamado “par time”) e arenas de multiplayer, Goldeneye foi um dos primeiros jogos que tornou útil a função “replay mission”, criando motivos para jogarmos as fases em mais de uma oportunidade.
Cabe ressaltar também o fato de que as missões não possuíam nenhum checkpoint, outro ponto que segue muito diferencial na atualidade justamente por uma queda de dificuldade (apontado por muitos) dos jogos FPS atuais comparado com os antigos.
Por fim, a variedade do armamento disponível para os jogadores utilizarem nas missões é notável. As mais de 20 armas (incluindo pistolas, metralhadoras, submetralhadoras, facas, snipers, granadas, lança-chamas e etc) acresceram definitivamente na experiência single-player e não diminuiu a considerável dificuldade para a conclusão total das missões.
O sucesso e a nostalgia do multiplayer
Como visto acima, o single-player foi extremamente importante para o surgimento de um dos maiores lançamentos da história. Entretanto, o multiplayer realmente é o fator decisivo para transformar o clássico Goldeneye 007 em algo histórico.
O principal fator desta aclamação ocorre justamente na possibilidade de disputar um FPS em tela dividida com até quatro jogadores no Nintendo 64. Com isso, a presença do console em reuniões entre amigos e colegas de trabalho tornou-se algo fundamental para a construção de memórias incríveis.
Muitos foram aqueles que tiveram a oportunidade de juntar amigos em um lugar comum no final dos anos 90 e início dos anos 2000 para uma sessão de Goldeneye. Neste momento, as horas passavam mais rápidas do que qualquer outro entretenimento na época.
Eram nove os cenários disponibilizados para a jogabilidade multiplayer: Temple, Complex, Caves, Library, Basement, Stack, Fcility, Bunker, Archives, Caverns e Egyptian. Três destes cenários foram reaproveitados em Perfect Dark, o segundo maior sucesso da Rare e outro FPS histórico do Nintendo 64.
O multiplayer também ficou marcado pela alta variedade de disputas, justamente pela liberdade concedida aos jogadores em customizar as partidas. Eram 33 personagens disponíveis, 14 armas selecionáveis, e a possibilidade de configurar a mira dos jogadores e O nível inicial de energia.
Modos multiplayer consagraram Goldeneye
Contudo, o real diferencial consistia justamente nos modos de Goldeneye 007, os quais foram considerados revolucionários para 1997.
Além do modo tradicional que consistia em marcar pontos ao matar adversários, o jogo introduziu os clássicos modos: The Man with the Golden Gun, You Only Live Twitce, The Lying Daylights (flag-tag) e o License do Kill.
Mesmo que todos os modos representem marcas registradas da franquia 007, fãs eternos da franquia seguem replicando esses modos, mesmo 25 anos depois, em lançamentos de todas as demais gerações da indústria.
Ou seja, a movimentação dos personagens, a variação de modos, personagens e armas. Além disso, a liberdade para a realização das partidas foi absolutamente fundamental para tornar única a experiência do multiplayer de 007 Goldeneye.
Diversas franquias importantes para a indústria surgiram desde 1997 e conseguiram alcançar um sucesso considerável. No entanto, mesmo 25 anos depois, nenhuma conseguiu repetir o eterno impacto de Goldeneye, apesar de contar com funcionários veteranos da Rare (com Timesplitters merecendo o maior destaque).
Futuro de Goldeneye 007 está em ótimas mãos
Felizmente, a comunidade de Goldeneye 007 segue extremamente ativa, com a realização de torneios ao redor do mundo, jogabilidade online nos emuladores de Nintendo 64 e a modificação (ou em alguns casos, a criação total) de missões e arenas através de um espetacular software.
Infelizmente, a franquia teve um revés no atual século, com o não lançamento da versão remasterizada para o Xbox 360 (recuperada no início do ano por fãs da franquia). Porém, cabe ressaltar que a Microsoft está oficialmente trabalhando em um remake de Perfect Dark.
Desde o ano passado, temos visto rumores envolvendo um lançamento oficial de um remake do clássico Goldeneye. Agora, resta apenas torcer pela oficialização deste projeto, de uma franquia que seguirá viva por mais de 25 anos.
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