Hazel Sky – Jogo Brasileiro de aventura surpreende, porém é curto demais | Análise

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Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Coffee Addict Studio, de Santa Catarina, chegou ao mercado dia 19 de julho  o jogo Hazel Sky. Fazendo parte de uma leva de novos jogos brasileiros de 2022, o game conta a história de um jovem engenheiro – ou ao menos um jovem que tenta provar a si mesmo que pode ser um engenheiro. 

Com mecânicas de diferentes tipos e uma narrativa diferenciada, Hazel Sky é o novo esforço do Coffee Addict Studio após Blade & Bones, que não foi muito bem recebido pelas críticas. Será então que este novo jogo poderá abrir novas portas e ideias para o estúdio? 

Prove a si mesmo que pode ser o que deseja ser em Hazel Sky
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Hazel Sky

Shane é o protagonista de Hazel Sky. O garoto é deixado em uma ilha para provar que pode fazer parte da classe alta dos engenheiros. Na verdade, neste belo mundo do game, quem não é engenheiro é visto como uma classe baixa. Ou seja, qualquer outro tipo de profissão ou estilo de vida não é digno de estar ao lado destas mentes incríveis da engenharia. Para separar quem é digno de quem não é, existe um lugar chamado Gideon, que seria o suprassumo da engenharia: uma cidade voadora.

No meio de uma espécie de insatisfação da população, Hazel Sky mostra a jornada de Shane, pegando o jogador pela mão em uma aventura onde ele precisa chegar em Gideon e se tornar engenheiro. Contudo, Flynn Casey, seu pai e braço direito do 23º engenheiro, parece não curtir muito a ideia de seu filho seguir seus passos. Assim, Hazel Sky vai colocando dúvidas na cabeça de Shane e do jogador sobre se é isso mesmo que ele deve fazer. 

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Desta forma, em meio a uma narrativa que envolve descobertas pessoais, segredos, revelações, cultos e política, Hazel Sky conta sua história de forma bem singular e direta, nunca deixando de dar atenção ao gameplay. Ou seja, é um jogo bem narrativo, mas você precisa ficar ligado em diversos aspectos do gameplay para dar sequência a viagem de Shane.

O mundo de Hazel Sky e suas regras

Hazel Sky

Em Hazel Sky, aprendemos que o mundo exterior é diferente do mundo de Gideon, por mais que estejam misturados em sua essência e quem chegou em Gideon sabe como é o mundo “normal”. Porém, Shane só ouviu falar de como são as coisas e, mesmo muito jovem, parece ter certeza do que quer. 

Ao ser deixado na ilha, ele precisa seguir algumas indicações para construir veículos que podem levá-lo cada vez mais perto de Gideon. Do mesmo modo, ele tenta, de forma opcional ao jogador, manter algumas partes de sua essência que não são permitidas em Gideon, como a música. Estes elementos se misturam tão bem, construindo a personalidade de Shane e o que o jogador pensará sobre ele.

A ilha que Shane precisa desbravar possui muitos quebra-cabeças, mas nenhum deles é complicado. Recebemos sempre indicativos do que temos que construir e como construir. Assim, em cada parte do mapa, podemos descobrir seus segredos através de livros, relatos de outras pessoas que passaram por ali e morreram tentando alcançar o mesmo objetivo de Shane. Além disso, conhecemos Erin, uma aprendiz de engenheira que aparentemente não está tão contente com as coisas de Gideon como Shane está. 

A dinâmica entre os dois personagens traz uma profundidade da narrativa muito boa, tornando a conversa entre Shane e Erin em Hazel Sky momentos de conforto e dúvida.

A música está presente em Hazel Sky

Hazel Sky

Em Gideon, muita coisa do mundo normal é visto como banal. Uma delas é a música, que para Shane é algo muito comum, uma vez que ele toca violão e canta como ninguém. Contudo, a história nos mostra que não é somente ele que gosta de música, já que durante sua jornada em Hazel Sky, o jogador encontra diversos violões no cenário, além de partituras e letras de música que Shane pode tocar – ao melhor estilo The Last Of Us, criando momentos diferenciados com melodias que soam bem… tristes.

As músicas contam também histórias, e ao lado de Erin, livros e flashbacks compõem a narrativa do game. Durante nossa aventura por diversas vezes a música dá o tom do que está acontecendo, tendo um papel essencial para a ambientação, que é excelente no jogo da Coffee Addict Studio. Posso dizer com toda a certeza que a música faz seu papel como uma espécie de personagem, podendo ser sentida na maior parte das vezes, ao invés de percebida.

Gameplay e tempo de jogo de Hazel Sky

Hazel Sky

Embora seja um jogo bem focado na narrativa, precisamos enfrentar diversos desafios para encontrar os recursos para cada construção. Assim, espere por exploração para encontrar chaves, segredos, e também muitos saltos. 

Hazel Sky tenta pegar emprestado elementos de Uncharted e Tomb Raider, mas de leve. Podemos escalar estruturas, saltar com a ajuda de cordas e até mesmo mergulhar no mar em busca de segredos. Inclusive, para ver o final verdadeiro do game, é necessário explorar locais específicos através de dicas que os livros nos dão. E adianto, vale muito a pena e muda muito do que você pensava sobre a história do game da Coffee Addict Studio.

No entanto, nem todas as mecânicas são boas. Por exemplo, a de escalar é necessário segurar o R2 no momento que Shane pode se agarrar para que ele consiga o apoio necessário. Por várias vezes essa proposta falhou comigo. O uso da corda para alcançar locais mais distantes também não é muito bom, fazendo com que Shane fique girando em círculos ao invés de ir para frente e para trás. 

Outro gameplay que Hazel Sky nos propõe é em uma máquina com um imã, que pode levantar objetos pesados. Porém, conforme giramos a câmera, o objeto em questão não muda de forma muito coerente as direções que devemos apertar, deixando o jogador bem perdido.

E por fim, mesmo com sua narrativa de certa forma bem redondinha, Hazel Sky durou comigo por volta de 4 horas e meia. Eu gosto bastante de explorar, e pelo que me lembro me faltou apenas abrir um baú. Mesmo assim, alcancei o final verdadeiro, eliminando qualquer vontade de jogar novamente.  

Conclusão – Hazel Sky vale o investimento mesmo sendo tão curto?

Hazel Sky

Se você tem como plataforma principal o PC, Xbox ou Switch, Hazel Sky está por volta de R$ 50,00 para ser adquirido em seu lançamento. Por este valor, eu vejo que vale a pena investir seu tempo e dinheiro no game por se tratar de uma experiência diferente, ainda que em alguns momentos Hazel Sky seja lento em sua proposta. Porém, se você joga no Playstation, o jogo custa quase R$ 120,00, Por conta disso, julgo que vale esperar por uma promoção. 

O novo jogo da Coffee Addict Studio é uma grande viagem de descobrimento, de influência que as pessoas ao seu redor podem te trazer e a maneira que uma sociedade é construída. Em muitas vezes Gideon me lembrou de Rapture ou Columbia da franquia Bioshock. E, assim como o jogo da 2K, Hazel Sky toca em assuntos complexos de forma indireta, mas quem entender seus conceitos poderá sair mais satisfeito da experiência que o game nos propõe. 

Afinal, tudo que veio antes de nós precisa ser o nosso elo entre o que vivemos hoje e nosso futuro? É disso que sai nosso alicerce? As respostas você pode não encontrar em Gideon, mas sim através daqueles que tentaram chegar lá ou àqueles que desistiram de tudo que Gideon e seus líderes ofereciam a eles.

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