Hellboy: Web of Wyrd traz os quadrinhos do super-herói aos videogames em um roguelike desafiador – Análise | Review

Hellboy Web of Wyrd

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Depois de duas aparições nos videogames na era do PS1 e na 7ª geração de consoles, como PS3 e Xbox 360, Hellboy está de volta em um novo game. Desta vez, desenvolvido pela Good Shepherd Entertainment e publicado pela Upstream Arcade, o novo jogo também conta com a contribuição da Dark Horse Games, que é a subsidiária de jogos da Dark Horse Comics, a editora original dos quadrinhos do Hellboy. Além disso, o escritor original dos quadrinhos do super-herói, Mike Mignola, está envolvido no projeto.

O jogo, intitulado Hellboy: Web of Wyrd, está programado para ser lançado hoje, 18 de outubro e estará disponível para PC, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X|S e PS4/PS5. Esta nova entrada no universo de Hellboy combina o subgênero roguelike com um sistema de combate baseado em parry, esquiva e socos. O visual do jogo é inspirado na marcante arte dos quadrinhos de Mike Mignola, tornando-o uma promissora adição à jornada do personagem nos videogames.

Uma história original feita por Mike Mignola

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Se você é fã de Hellboy e acompanha as histórias dos quadrinhos, certamente ficará envolvido com “Web of Wyrd”. A história do jogo foi escrita por Mike Mignola e se passa em The Butterfly House, uma mansão que esconde mistérios sobrenaturais.

A aventura começa quando Hellboy é encarregado de uma missão de resgate para recuperar um agente do BPRD que desapareceu durante uma missão em The Butterfly House. Após o sucesso da missão de resgate, Hellboy se vê mergulhado nos mistérios sombrios da mansão.

Durante a progressão da história, os jogadores encontrarão um HUB com outros membros do BPRD que oferecem diálogos, muitas vezes sem grande relevância, mas repletos de referências para os fãs. O carisma e o senso de humor icônico de Hellboy permanecem, com o personagem nunca perdendo a oportunidade de fazer piadas com seus amigos.

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Em resumo, “Web of Wyrd” oferece uma história envolvente, cheia de reviravoltas, algo que os quadrinhos e adaptações cinematográficas já demonstraram. No entanto, no novo jogo, Hellboy continua sendo o tanque de combate carismático e cheio de humor que os fãs adoram.

Um Hellboy que esquiva, apara e soca

Um dos aspectos que chamaram bastante atenção quando Web of Wyrd foi anunciado, além de seu visual que abordaremos posteriormente, foi seu estilo de combate.

Adotando um estilo de câmera semelhante à de God of War (2018), Web of Wyrd possui um combate baseado no parry. esquiva e soco, além do uso de armas (como lança-granadas, pistola e escopeta) características do personagem.

Assim, com este pilar, o jogador deverá memorizar padrões e ser cirúrgico nos combates para acertar o parry e contra-atacar com socos e usos das armas de fogo. Esta dinâmica cadenciada se encaixou perfeitamente na envergadura do personagem, onde cada ação se torna palpável.

O combate é desafiador, mas também recompensador durante as boss fights que exigirão muita paciência e atenção do jogador. Além disso, há a introdução do sub gênero roguelike. Funcionando como masmorras, cada cenário oferece habilidades que você deve escolher sabiamente enquanto avança até o chefe.

Embora a dinâmica do rroguelike possa afastar muitos jogadores por sua dificuldade e senso de repetição, Hellboy: Web of Wyd soube dar um equilíbrio entre a dificuldade e a punição por sua falha.

Falhar no jogo não vai te frustrar, pois os cenários não são tão longos e dominar o combate te fará avançar com mais eficácia. Além disso, o game possibilita também evoluções em algumas habilidades e em armas sociais.

Por fim, uma grande ressalva vai para falta de variedade nas habilidades oferecidas ao longo do cenário. Independente do local que você estará, as habilidades serão sempre as mesmas que você escolheu no primeiro cenário. Assim, essa mesmice torna a aleatoriedade do roguelike algo previsível em Hellboy: Web of Wyrd.

Uma carta de amor aos quadrinhos

Se tem uma coisa que este novo jogo do Hellboy acertou em cheio foi em seu visual. Diferente dos games anteriores, Web of Wyrd decidiu homenagear a arte dos quadrinhos originais de Mike Mignola.

Todo aquele tom borrador vibrante na cor vermelha de seu personagem se mantém fiel nesta adaptação. Embora alguns em sua maioria possam achar o estilo simples, o peso artístico que o visual deste game tem é inimaginável.

Aqueles que cresceram lendo Hellboy certamente vão se encantar com a arte cativante e singular de “Web of Wyrd”. O jogo é um projeto de baixo orçamento, e essa restrição financeira acabou sendo sua maior bênção. A verdade é que o visual do jogo é marcante e está entre os mais belos deste ano.

Com uma boa variedade de locais, o título soube se beneficiar com cada masmorra oferecendo inimigos únicos e chefes bem criativos. Em relação a Hellboy, o game fez questão de diminuir seu frame rate para dar ao jogador a sensação que ele está jogando dentro de um quadrinho.

Em suma, o que eu posso destacar acerca da experiência visual que tive com este game, é que estive dentro de um quadrinho interativo de Hellboy.

Mas afinal, Hellboy: Web of Wyrd tudo isso mesmo?

Hellboy: Web of Wyrd é uma grata surpresa. Apostando em um combate com elementos Souls e dentro de uma abordagem roguelike, além de trazar a arte dos quadrinhos de Mike Mignola, o conjunto da obra é uma experiência bem-sucedida que aposta no simples, mas que executa bem suas ambições.

Hellboy volta aos videogames homenageando seus fãs e a si mesmo sendo o seu visual seu grande trunfo.

NOTA: 8

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