Uma prévia baseada nos primeiros cinco episódios da animação
Desde que conferi o anúncio sobre a adaptação atualizada de Japão Submerso de autoria de Sakyo Komatsu, minha curiosidade disparou. A obra que foi publicada em 1973, já havia sido adaptada para os cinemas anteriormente. Primeiramente em 1973 com o título ‘Tidal Wave’ e novamente em 2006 com o título de ‘Sinking of Japan’.
E mesmo que se trate de uma obra de ficção, muitos acontecimentos representados na trama podem eventualmente se tornar reais. Afinal, o país se encontra em uma região sujeita a tremores e tsunamis frequentes. E por esse motivo que a população está sempre em alerta e o país tenha protocolos para eventos como este.
Assim como o terremoto em Kobe de 1995 e o fatídico tsunami de 2011, novos eventos podem ser ainda mais intensos. De acordo com estudiosos, acreditasse que um tremor de magnitude maior é inevitável em algum momento no futuro.
E mesmo que ninguém queira que eventos como estes aconteçam, é um tema que sempre é utilizado em obras de ficção.
Imaginar algo tão intenso e avassalador, impressiona e nos assusta ao mesmo tempo. E talvez este seja o apelo deste tipo de obra, experimentar estes acontecimentos sem que ninguém de fato precise sofrer com isso.
Japão Submerso [ Sem spoilers]
Esta animação como já havia citado, é uma versão atualizada, quase que uma releitura da obra original. A animação que está disponível na Netflix é dirigida por Masaaki Yuasa, que por sua vez fez um excelente trabalho do meu humilde ponto de vista. Por essa razão, os assuntos abordados nos episódios são bem atuais e temas recorrentes da sociedade japonesa, mas que se encaixam ao ocidente perfeitamente.
Por esse motivo, e pelos conteúdos adultos, não recomendaria a animação para crianças, visto que os temas vão além das fatalidades causadas pelo terremoto. Japão Submerso aborda preconceito, uso de drogas, violência e conta até com cenas de tentativa de estupro.
A luta pela sobrevivência vai além do desastre natural que assola a família e outros que se juntam no caminho, ela também trata do melhor e do pior em nossa sociedade.
Com o recado dado, digo que até o momento eu conferi somente os primeiros cinco episódios (a animação conta com 10 ao todo). Mas adianto que foi difícil parar de assistir, visto que a trama e seus personagens são extremamente interessantes e cativantes.
Com toda a certeza, Japão Submerso é uma animação intensa e se assemelha a um passeio de montanha russa. Por fim, é uma animação que vale a pena ser conferida, ainda mais se você gosta do gênero distópico ou similares. Ressaltando ainda o excelente trabalho de Masaaki Yuasa em trazer uma adaptação que consegue oferecer um mix de emoções ao telespectador.
Mais uma vez, fica o meu aviso: se prepare para fortes emoções que vão de extrema tristeza a esperança e alegria.
E mesmo que você não seja fã de animações, fica a minha sugestão para que dê ao menos uma chance a obra que já está disponível na Netflix.