Ao contrário do que muitos pensam, Anthem parece ser um grande jogo!
Neste final de semana o público teve acesso a um teste de Anthem pela segunda vez. Agora disponível para quem havia realizado a pré-compra ou ganhado o convite de um amigo VIP. Infelizmente, assim como a fase Alpha, a demo trouxe muitos problemas técnicos que varia de problemas de login, latência de servidores alta e telas de carregamento infinitas. Isso trouxe uma falsa má impressão aos jogadores, criando uma grande revolta com a nova franquia da BioWare. Do outro lado temos também o público que não conseguiu jogar devidos aos problemas, que novamente ficaram revoltados, assim criando expectativas negativas e falsas.
O fato é, quem conseguiu jogar um pouco desta demo, nega qualquer comentário negativo de Anthem. Pois, embora tenhamos enfrentado problemas técnicos irritantes e chatos, quando a experiência finalmente funcionava, era algo prazeroso. O Combo Infinito felizmente teve vários membros que conseguiram jogar um pouco e aqui damos nossas primeiras impressões.
Anthem é o “Destiny da Eletronic Arts”?
Para quem jogou Destiny e um pouco de Anthem, logo notará uma certa semelhança entre os títulos. Logicamente estamos falando de dois MMO Shooter Online, então suas formulas são quase iguais. No entanto, eu digo que Anthem não é o Destiny da EA, pois a BioWare está trazendo aspectos únicos e diferenciados que deixam ambos muito diferentes. Seria injusto compara-lo tão acirradamente só por serem do mesmo gênero. Anthem tem seu próprio brilho, assim como Destiny também.
Mais liberdade e exploração!
Começando pelo gigante e livre mundo que o título traz aos jogadores. Destiny oferece mapas abertos, porém todos eles são nada mais do que gigantes corredores sandbox. No novo jogo da BioWare, graças a mecânica de voar, você tem locais realmente gigantes e abertos. A exploração não está apenas na horizontal, mas na vertical também, pois você pode subir gigante cachoeiras e montanhas que guardam segredos. Em suma, você tem mais liberdade para ir onde quiser, enquanto Destiny te bloqueia com montanhas e pedras.
Classes com aspectos mais distintos
Os Javelins, ou Lanças em Português, são comparáveis as classes do MMO da Bungie. Porém aqui temos outra grande diferença, os Javelins possuem muito mais atributos únicos do que em Destiny. Alguns aguentam mais receber mais dano, enquanto outros são extremamente ágeis e frágeis. O arsenal se diferencia bastante de uma armadura para a outra, tudo pensado para equilibrar a jogabilidade entre jogadores.
Se você é um jogador que gosta apenas de andar e atirar, tem o Javelin Ranger, pois é o equilíbrio de tudo (Vida, Dano e Mobilidade). Se você gosta de atacar de longe, tem o Javelin Storm que possuí inúmeros ataques elementais a distância. Javelin Interceptor é para aqueles que gostam de ser agressivos, focado no ataque corpo-a-corpo e na mobilidade. Agora se você é do tipo que gosta de ser o tanque do esquadrão, o jogo te traz o Javelin Colossus, um brutamontes equipado com vários tipos de ataque a misseis e bombardeios, além de um gigante escudo de proteção.
Maior personalização
Algo que pode chegar a incomodar em Destiny para os amantes de personalização é a falta de opções. Em Anthem os jogadores não só possuem a opção de escolherem outros capacetes, pernas e braços para o seu Javelin, como também a possibilidade de escolher o material que é feito e a cor dele. Certamente teremos ainda mais opções nesta ferramenta assim que o jogo lançar, pois na demo tivemos uma quantidade de opções satisfatória.
“I Believe I Can Fly!!! I Believe I Can Touch The Sky!!”
Ahhh, o voar! Voar em Anthem é uma das coisas mais prazerosas que você vai fazer. É como se você fosse o Tony Stark em uma armadura do Homem de Ferro. Não digo apenas da fluidez de você sair do solo para o ar, mas de um todo. As animações de voo, o som das turbinas nas costas, tudo é muito bem feito e detalhado. Você possui um medidor de aquecimento, quando superaquecido as turbinas param de funcionar. Mas aqui temos a BioWare pensando em toda experiência, com isso, se você passar de rasante em lago, cachoeira ou algo do tipo, sua armadura começa a resfriar e você consegue ir muito mais além sem interrupções. Inclusive, quando você passa próximo da água enquanto voa, o rastro feito pela velocidade é incrivelmente lindo.
A mecânica de voo não está no jogo apenas para fazer os jogadores se locomoverem rapidamente. Ela é muito importante nos combates, pois como citado acima, existem muitas jogadas verticais. Inimigos em altos de picos e montanhas e até mesmo inimigos pesados que necessitam que você dê a volta por ele, o voo nestas horas é sua aliada. Dominar esta mecânica é fundamental para que você possa superar grandes inimigos e chefões, mas não esquente, tudo é muito prático e fácil de aprender.
Vamos precisar de mais variedades de missões
Isso pode ser uma consequência da demo, mas o que vimos foi uma variedade de missão bem pequena. Até chega a te divertir por conta dos chefões e toda frenética de combate, mas aos poucos você começa a sentir uma falta de variedade nos objetivos. O que mais atrai nos objetivos são os chefões, eles são desafiadores, difíceis e fortes. Quando você encontra uma batalha destas, trabalhar em equipe é essencial. Os diferentes Javelins entram em ação neste momento, onde cada um vai cumprir seu papel na luta. Se todos colaborarem, a vitória e eminente.
Aproveitando o assunto da dificuldade e trabalho em equipe, devo destacar que Anthem é bem difícil. Jogamos as missões no modo “Normal“, se eu dizer que não sofremos para concluir certos objetivos, estaríamos mentindo. Na versão final o jogo ainda contará com seis níveis de dificuldade, sim, você não leu errado. Se você preza por uma dificuldade altíssima, Anthem te oferece esta opção sem medo. Agora se você quer apenas curtir a narrativa e o gameplay, o jogo traz também um modo fácil, mas lembre-se que quanto mais fácil, menor será a sua recompensa final.
Um possível título da nova geração
Espero que isso melhore na versão definitiva, mas por ora, devo dizer que os consoles da atual geração SOFREM para rodar Anthem. Eu vejo isso nem pela taxa de quadros que deve ficar travada nos 30FPS, mas pela qualidade gráfica. As sombras surgem apenas se você estiver bem próximo, os personagens humanos possuem uma modelagem bem simples para os dias de hoje e de vez em quando é possível reparar em um certo desfoque na tela (semelhante ao que acontece em Doom do Switch). O Playstation 4 Pro e o Xbox One X podem trazer alguma melhoria nestes assuntos, mas será sofrível. Anthem é o típico lançamento que devemos priorizar a aquisição no PC.
Muito provável que veremos uma versão “2.0” do título para os próximos consoles da Sony e Microsoft com gráficos próximos ao que temos no PC. Anthem é incrivelmente lindo! A BioWare mostrou que a nova geração promete e que sua nova franquia é apenas uma pitada do que tem por vir mais à frente.
A demo de Anthem deixou uma boa impressão para os poucos que conseguiram jogar. A BioWare tem grande lançamento em mãos, onde tem tudo para dar certo. Só esperamos que os problemas sejam corrigidos, se não eles podem ser o motivo principal em falhar nas vendas.
