Journey to the Savage Planet é uma experiência desafiadora e divertida em uma colônia alienígena | Análise

Journey to the Savage Planet

Compartilhe

Fundada em 2017, por ex-funcionários da Ubsoft Montreal, EA Games e WB Games Montreal, a Typhoon Studios veio a público em 2018, durante o TGA, com seu primeiro projeto. Intitulado de Journey to the Savage Planet, o game nos apresentou uma premissa focada na exploração em um planeta desconhecido. Sobretudo, desbravar uma flora e fauna alienígena. Embora adquirida pelo o Stadia, o estúdio já estava desenvolvendo o título para as demais plataformas. Assim, Journey to the Savage Planet não tem versões para a plataforma de jogos da Google, até o momento.

Em suma, a proposta do game basicamente é você explorar uma colônia desconhecida com o intuito de colonizá-la com vida humana. Mas será que esta nova aposta em uma experiência SCI-FI dará certo? Tendo em vista, títulos que usaram desta fórmula como a franquia Mass Effect, No Man’s Sky, entre outros.

- PUBLICIDADE -

No entanto, Journey to the Savage Planet tem algo incomum. Sua temática cartunesca e seu estilo, com muita ênfase ao humor, podem dá uma nova cara a esta fórmula. Em resumo, o título chegou ao PS4, Xbox One e PC em 28 de Janeiro de 2020. E nós do Combo Infinito jogamos e vamos expor nossas impressões sobre o título nesta análise.

O novo recruta da Kindred

Você é um astronauta e o novo recruta da Kindred, a quarta melhor empresa de exploração espacial. Assim, sua missão é descobrir se o planeta ARY-26 é adequado para a vivência humana. Pois bem, aí está toda a motivação narrativa do título. Logo, podemos chamar o título de uma experiência explorativa árcade se desprendendo totalmente de um segmento narrativo.

- PUBLICIDADE -

Por outro lado, nosso único contato com elementos da história estão fragmentados em documentos e vídeos presentes em nossa nave.  Aliás, estes fragmentos do enredo nos trazem uma ótima dose de humor ao melhor estilo Fallout com músicas, propagandas bizarras e um cientista para lá de louco. Porém, ter acesso a estas partes da narrativa é opcional. Pois pode ser que você nunca precise voltar à nave ou você seja aquele tipo de jogador curioso.

Em suma, Journey to the Savage Planet traz um conceito que é levado por todo o jogo sem qualquer desenvolvimento. Em contrapartida, sua grande virtude está em seu gameplay, que é a espinha dorsal de toda experiência.

Bem-vindo à ARY-26

ARY-26 é uma colônia alienígena onde se passará toda sua jornada explorativa. Neste ecossistema desconhecido e hostil é nos apresentado uma diversidade de floras e faunas para cada nova região descoberta. Sobretudo, todos coerentes à geografia local. Por exemplo, há um determinado local no game que é formado por larvas vulcânicas, assim toda a vegetação e a fauna possui uma temática característica. Partindo desta ideia, novas criaturas são apresentadas, mas também algumas se repetem só mudando de skin – se assim posso dizer.

 

Como um bom game de exploração espacial, a experiência naquele planeta deve ser única. Assim, o que será mostrado e quão variado, estranho e curioso este bioma for, melhor. E ARY-26 é colorido, profundo e cheio de nuances. Além disso, as criaturas presentes são todas carismáticas, embora minimalistas e diferenciadas.

Explorar para poder crescer

Como citei anteriormente, o game tem como premissa a exploração. E, certamente, este fator é a espinha dorsal que sustenta toda a estrutura do jogo. Esta mecânica de coleta de recursos tem um grande peso dentro da jogabilidade e que ditará sua jogatina. O game bebe muito da fonte de conceitos bem sucedidos de Mass Effect – e porque não dizer No Man’s Sky no que tange a vasta coleta de recursos para sobrevivência e progressão.

Dito isso, com todos estes espectros consigo, o título ainda se mantém autêntico criando sua própria rota de progressão. Nosso personagem possui melhorias para serem desbloqueadas conforme você coleta recursos no planeta, tais como: Carbono, Alumínio, Silício e Ligas Alienígenas. Todos estes quatros tipos de recursos serão responsáveis pelas as suas melhorias, consequentemente, evolução do personagem. Portanto, explorar é mais do que necessário para se tornar mais versátil na exploração dentro do planeta.

Além do grande papel na evolução do personagem, há missões que dependem da coleta de determinados recursos onde estes recursos são cruciais para o desbloqueio de melhorias dentro da árvore de skills do nosso personagem. Logo, não há para onde se esquivar, explorar é o que você mais irá fazer. Por fim, para dar um maior relevo a exploração, o mapa é repleto de locais secretos repleto de colecionáveis que tem um peso na evolução física do personagem como: o vigor e a resistência, por exemplo.

Portanto, explorar é preciso em Journey to the Savage Planet. E o título te desperta o interesse de descobrir novas áreas, de alcançar um novo ícone no mapa e de coletar os colecionáveis. Certamente, esta dinâmica foi aproveitada dos mais recentes títulos da franquia Assassin’s Creed, bem como aspectos Metroidvania com locais inacessíveis, mas que poderão ser revisitados posteriormente.

Astronauta, Astronauta, por que você continua morrendo, astronauta?

Embora com uma temática bastante simples, Journey to the Savage Planet é desafiador. O título traz um espectro da famigerada fórmula Soulslike, porém de forma bem sútil. Assim, estes vestígios são vistos nos combates e toda vez que você morrer. Mas calma, você não tem escudo e nem dá parry. Nosso personagem possui uma pistola na mão direita e na mão esquerda itens secundários como: bombas, gosmas, um gancho e um coletor de amostras.

Journey to the Savage Planet

Os combates são desafiadores e vão tirar sua paciência na maioria das vezes. As mecânicas são bem desprendidas onde podemos combinar golpes, porém a mira é nosso grande problema.  Seguindo para os boss fights, as batalhas são bem criativas, porém a apelação é elevada a um grau que nos questionamos: “Pra quê tudo isso?”. Assim, não subestime a simplicidade do título e de seus inimigos, eles são apelativos e incansáveis. Outro aspecto desafiador são seus locais secretos. Estas nuances do mapa nos proporcionam uma exploração a mais e desafios diversos. No entanto, esta curiosidade pode ser frustrante ao ponto de morrermos repetidas vezes na busca de desvendar o que há nestes locais.

No entanto, o detalhe que mais evidência a influência das obras de Miyazaki é sua morte durante o jogo. Toda vez que morremos retornamos a nossa nave sem nossa mochila com todos os recursos adquiridos anteriormente. Logo, devemos recuperar nossa mochila assim como na série Souls, Bloodborne e Sekiro. Por outro lado, há um aspecto que torna está frustração um tanto quanto engraçada. Pois toda vez que morremos, a IA da nave brinca com nossa incompetência de nos mantermos vivos no game. Uma das tantas chacotas que ouvimos da IA está um poema feito para nós. O poema é descrito assim: “Astronauta, Astronauta, por que você continua morrendo, astronauta?”. Portanto, evite o máximo de morrer no game, pois esta façanha em Journey to the Savage Planet é motivo de vergonha alheia.

O Veredito

Journey to the Savage é colorido, carismático e um grande palco do humor. Sobretudo, o título nos proporciona uma exploração espacial desafiadora e divertida ainda não vista antes. Desde os primeiros minutos somos apresentados a um planeta totalmente passivo de exploração.

Em suma, o primeiro projeto da Typhoon Studios, embora simples, é inovador e nos proporcionou uma experiência de exploração crível e variada com inúmeros locais para visitar e desafios para se concluir.

Confira mais das nossas analises clicando aqui.

Compartilhe

- PUBLICIDADE -

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”