Análise | LEGO NinjaGo – Ser um Ninja é legal, mas não é para todos.

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Já pensou em ser um Ninja? Aqueles ao belo estilo Naruto que escala paredes, que tem jutsus e que tem uma arma característica? E se tudo isso fosse adicionado ao mundo de montar LEGO? É exatamente isso – ou quase isso – que LEGO NinjaGo nos traz. Você é “transportado” para uma cidade onde 6 ninjas são responsáveis por manter a paz e a ordem frente a um inimigo que a todo momento planeja dominar a cidade com seus planos mirabolantes. Claro, não espere todo o clima sério de um anime como Naruto no jogo. Por se tratar de um jogo LEGO, ele traz consigo toda a formula já conhecida em jogos da marca: humor com personagens fazendo besteira ou passando por momentos bestas e bastante coisa para montar.

O jogo é inspirado na animação que estreou nos cinemas dia 28 de Setembro que leva o mesmo nome. Portanto se você assistiu ao filme e teve momentos de diversão, há grandes chances de levar todos esse clima para o jogo. Mas se você – assim como eu – não assistiu ao filme, é bem capaz que tenha uma experiência um pouco diferente, mas não tão distante de quem viu.

Chame o irmãozinho, e esqueça a câmera!

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Ultimamente uma coisa que tem sido deixada de lado com o avanço da tecnologia dos games é o Split Screen. Poucos jogos tem apostado neste tipo de funcionalidade colocando todas suas forças no online, mas LEGO NinjaGo rema contra a maré.

Sem dúvidas que LEGO NinjaGo é aquele tipo de jogo para você jogar com seu irmão mais novo ao invés de ficar fingindo que o controle está conectado – não precisa mentir, todo mundo já fez isso, ou passou por isso -. Você pode não perceber isso aos primeiros minutos de jogo, mas à medida que o jogo vai avançando você vai vendo que as atividades são divididas entre os personagens para que haja uma certa interação dentro do jogo.

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Após um tempo de jogo chamei meu irmão para jogar comigo, mas para minha tristeza a câmera do jogo se comporta de forma horrível deixando o gameplay muito difícil de ser conduzido. A câmera não favorece o ponto que você precisa seguir e isso torna a jogabilidade completamente confusa, fora que o split screen dificulta a visualização da tela. A coisa piora quando você, por exemplo, explora a tela. Ao entrar em pontos estreitos, a câmera simplesmente engole seu personagem deixando a coisa ainda mais confusa.

O jogo é propício para o gameplay em conjunto, mas com a câmera splitscreen você já deve ficar ciente que a coisa não funcionará tão bem, e que se você demoraria uns 10 minutos para passar determinado cenário, esse tempo será dobrado por conta da dificuldade com a câmera, dificuldade essa que o acompanhará também no modo Single Player.

 

Modos de jogo variados, mas…

LEGO NinjaGo não se resume somente ao modo história, que por sinal é bem divertido de acompanhar proporcionando algumas risadas, o jogo possui diversos modos espalhados pelo mundo aberto que o jogo proporciona à medida que você vai avançando na história. Dentro desse mundo aberto, você tem algumas atividades como side quests de habitantes que estão espalhados pelo cenário, um Dojo em que vem uma horda de inimigos para você ir derrotando até chegar ao mestre do Dojo – destaco esse modo que é o mais interessante dos que estão disponíveis-, há um modo de corrida pelo cenário, uma espécie de cenário extra que é desbloqueado com os tijolos dourados que você encontra pelas aventuras e uma área para criar um personagem LEGO.

Porém, não espere que todas essas atividades estejam bem descritas e fáceis de achar quando você for para o modo aberto pela primeira vez. Eu, por exemplo, fiquei 15 minutos perdido no mapa tentando dar sequência ao modo história, algo que me deixou completamente irritado com a falta de explicação que o mapa do jogo lhe dá.

Essa mesma falta de explicação eu senti com a introdução dos personagens. Os ninjas vão aparecendo ao longo da trama sem qualquer apresentação formal cabendo a você decorar seus nomes espontaneamente, ou simplesmente ignorar esse ponto e partir para a pancadaria que o jogo proporciona no modo história, por exemplo.

O Modo História

Focando um pouco no modo história, onde tive minha maior experiência com o jogo, os meus companheiros simplesmente são “inúteis”. A qualquer sinal de um inimigo, eles batem em um inimigo ou outro, mas cabe a você tomar a dianteira e encerrar com todos. A sorte é que no ‘Modo Dojo’ a coisa é um pouco mais diferente e o personagem auxiliar acaba sendo de boa ajuda.

Vale destacar que em alguns momentos do jogo – mais especificamente quando todos os ninjas se reuniram – eu senti uma leve queda frames, além de algumas transições entre a animação CG e o jogo serem um pouco engasgadas.

 

Criatividade nos personagens, já os golpes…

LEGO NinjaGo contém uma boa variedade de inimigos das mais variadas formas. Seja no modo História ou no modo Dojo você se deparará com bonecos fantasiados de tubarão até cobras e esqueleto com espadas. 

Porém, à medida que você vai avançando na história e enfrentando os inimigos, você irá reparar que os golpes deles não variam muito de um para outro, restando a você simplesmente aprender a estratégia de um e utilizá-la contra todos os outros inimigos. Isso acaba prejudicando a sua imersão no jogo, já que você não sentirá nenhuma dificuldade em aprender o estilo de luta que o seu mais novo inimigo que pipocou na tela irá lhe trazer, basta você lembrar que alguns momentos atrás você já derrotou alguém com um golpe completamente parecido e simplesmente repetir a estratégia até chegar à vitória.

Por fim.

LEGO NinjaGo é um jogo legal de jogar para passar o tempo, apesar de todos os pontos citados acima, temos que entender que o jogo é feito para um público específico que não procura um jogo tão Hardcore e não irá se importar com todas as coisas citadas. Você terá momentos de diversão com o jogo e também é uma boa caso você tenha uma pessoa pequena em casa e queira deixá-la algumas horas a frente da TV massacrando algumas peças LEGO.

Caso você não atenda aos requisitos anteriores, você pode, em um dia de bom humor, passar algumas horas no modo Dojo destruindo algumas hordas até chegar ao chefe final, mas você deve se fazer uma pergunta antes de comprar o jogo: Será que os problemas com a câmera, a falta de criatividade com os personagens e o clima infantil podem ser deixados de lado para pagar em torno de 175 reais no jogo?

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