Nioh 2 é uma sequência inesperadamente fantástica | Análise

Nioh 2 nova demo

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Nioh 2 mistura ainda mais os conceitos de Dark Souls e Onimusha

Confesso que quando vi o anúncio de Nioh 2, não consegui identificar o mesmo carisma do primeiro jogo. Então tive acesso a uma das betas e minha suspeita se intensificava. Nioh 2 parecia uma cópia dele mesmo, que originalmente já era uma cópia de Dark Souls, mesmo que tentasse misturar alguns elementos de outras franquias. Ainda assim, eu adorei o primeiro game. Para mim é um dos melhores “Souls Like” da geração. Mas uma sequência precisaria trazer boas novidades para fazer valer sua existência.

Em Nioh, controlamos o personagem William, que era a cara de Geralt de The Witcher, tínhamos a dificuldade de Dark Souls e uma pitada de Onimusha. No novo Nioh tudo que era divulgado fazia parecer, ao menos para mim, que não haviam novidades. Seria tudo igual, sem o William, já que agora nosso personagem pode ter a aparência que o jogador quiser, através de um sistema de criação. 

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Porém Nioh 2 é aquele caso de jogo que te surpreende realmente quando você pega a versão final. Embora ele seja a cara do primeiro jogo em praticamente tudo, as novidades que traz são excelentes e fazem jus a sequência.

A história de Nioh 2

Nioh 2 se passa no mesmo contexto histórico que Sekiro se baseou (e diversos outros games), o período Sengoku. Este período ficou marcado na história do Japão pelos constantes combates e guerras, e durou da metade do século XV e o final do século XVI. Nioh 2 adapta essa história inserindo o seu próprio lore e nos apresentando um mundo extremamente caótico onde os humanos estão em guerra entre si e entre os Yokais, criaturas demoníacas, as quais seu personagem possui alguma ligação, uma vez que ele é um meio humano, meio Yokai.

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Logo após ter lido a última frase acima, sua mente o levou para Devil May Cry, certo? Pois é, o novo Nioh mescla ainda mais sua própria maneira de ser com a de outros games. Mas tudo se encaixa dentro da proposta do game, muito mais até mesmo que o primeiro jogo. William era um personagem muito interessante, mas o “Protagonista”, mesmo sem falar uma palavra, ganha o coração do jogador logo nas primeiras cenas por conta da sua origem. Não é nada novo também, mas é bem feito e bem contado.

As mudanças em Nioh 2

Nioh 2

O novo Nioh mostra logo de cara que a Koei não se preocupou em criar uma nova interface para a sequência. Assim, Nioh 2 passa a sensação de ser uma grande expansão, uma vez que você liga o jogo e tudo é exatamente igual. Menus, opções, sistema de evolução e afins. Porém, bastam algumas horas para percebermos que a dificuldade está mais alta, existe uma variedade muito maior de inimigos, locais para se explorar nos cenários e uma expansão no sistema de RPG e evolução do game. O jogo também premia quem sabe evoluir o personagem de acordo com o tipo de arma que se usa. Então, vale a pena estudar o que cada elemento de evolução irá beneficiar o seu guerreiro.

Mas as mudanças vão ainda mais além. Agora é possível dropar Almaessências, que são almas de inimigos mais fortes, quase que sub-chefes, para associarmos ao poder Yokai do protagonista. Assim, o jogo agora traz uma nova barra, que indica quando você vai poder usar essas Almaessências. Ou seja, agora temos a barra de vida, de Ki (stamina) e a barra de Anima. 

Os efeitos das Almaessências em Nioh 2

Com o poder Yokai das Almaessências, é possível enfraquecer e quebrar a defesa dos adversários mais facilmente. Mas não pense que isso deixará o gameplay mais facilitado. Na verdade, essa nova mecânica de jogo torna o combate de Nioh mais estratégico e menos “esquiva, ataque, esquiva”. Abaixo da energia vital dos inimigos há uma segunda barra e ela indica quando o inimigo irá ficar vulnerável a ataques. Então, com o triângulo, podemos desferir um ataque visceral, poderoso e que arrancará uma boa quantidade de vida dos adversários. É primordial dominar o uso das Almaessências, uma vez que elas serão deveras importantes contra os temidos chefes.

Nioh 2 segue a mesma linha do primeiro. Temos uma dungeon lotada de perigo, precisamos orar nos altares para salvar o progresso e manter as Amritas, até que alcancemos o número necessário para subir de nível. É importante ficar de olho na descrição que cada tipo de habilidade resultará, uma vez que tudo vai depender do seu tipo de arma preferida. Eu gosto de jogar com machados e martelos, o que me obriga a evoluir ENERGIA. 

Ao mesmo tempo, enquanto estamos lutando com os Yokais, uma energia vai se enchendo. Então, é possível deixar de lado sua metade humana e se transformar em um Yokai demoníaco cheio de raiva. São três tipos de espíritos guardiões, cada um deles com um tipo de transformação. 

Conhecer seus inimigos é tudo que você mais precisa no novo Nioh

NiOh 2

Assim como todo Souls Like, o novo Nioh é um jogo tenso. Não é aquele tipo de game que você chega em casa e começa a jogar para relaxar. Você não liga Nioh 2 para rir, mas sim para chorar e sofrer. O jogo está realmente bem difícil, mas tudo vai depender da sua habilidade com este tipo de game. Sinto que hoje em dia jogo Souls Like muito melhor que no lançamento de Nioh 1, então sinto que a dificuldade da sequência está no mesmo nível ou mais alta, mas não é exatamente nos inimigos de forma individual. A questão é quando eles atacam juntos, e você precisa prestar atenção em mais de um padrão ao mesmo tempo.

Logo, será necessário andar devagar, sem pressa, para criar sua estratégia conforme o posicionamento dos inimigos. E como o jogo lhe entrega diversos caminhos para percorrer, embora tenha um objetivo essencial no mapa, explorar com cuidado será uma obrigação. A partir daí, é muito importante observar cada um dos inimigos, para saber quando você poderá atacar. Mais importante do que atacar, é se defender adequadamente ou conseguir desviar. Força bruta não será a saída em Nioh 2

O sistema de enfrentar espíritos caídos continua. Mas neste caso cada adversário será bem diferente do outro. Temos também os espíritos azuis, que servem para nos ajudar com uma inteligência artificial que pega como cada jogador joga e o coloca como um ajudante na tela. E por fim, temos o modo mutiplayer, que foi expandido para três jogadores na mesma missão, em coop.

Conclusão: Nioh 2 vale a pena?

Sim, Nioh 2 não somente vale a pena como é um grandioso game, que puxa muito do que o primeiro jogo foi e expande suas mecânicas. A primeira vista, parece uma expansão, mas trata-se de um jogo muito bem polido, lotado de desafios e uma história bem interessante. tudo que eu achava que poderia dar errado nessa sequência dá totalmente certo. Então, se você gosta de sofrer e de jogar um bom Souls Like, esse é o seu jogo para esse começo de 2020. 

O novo Nioh será lançado no dia 13 de março, por enquanto de forma exclusiva para o PS4. Vale lembrar que o primeiro chegou ao PC anos mais tarde.

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