Psychonauts 2 é a aventura mais genial e diferente do ano | Análise

Psychonauts 2

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Após 16 anos, Psychonauts está de volta! E agora com a força da Microsoft e do Xbox impulsionando a qualidade do game. Desenvolvido pela Double Fine, o primeiro título é certamente um dos mais “cult” do mundo dos jogos. E embora não tenha feito tanto sucesso de imediato, foi questão de tempo até que a aventura de Raz fosse lembrada por sua genialidade. Contudo, hoje em dia o estilo do game é um tanto quanto “ultrapassado”, e os fãs aguardavam ansiosamente por sua evolução. Além, é claro, de respostas para a história que acompanhamos em 2005. 

Agora é a vez de Raz, tanto tempo depois, finalmente nos acompanhar em mais uma aventura maluca e cheia de boas ideias em Psychonauts 2.

Psychonauts 2 é um projeto que começou pequeno
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A Double Fine sempre foi uma empresa com jogos ambiciosos, mas para a criação Psychonauts 2, o diretor Tim Schafer e sua equipe pediram a ajuda dos fãs para tirar o projeto da prancheta. Assim, foi inaugurado um crowdfunding, que logo bateu sua meta de 3 milhões de dólares para a criação do game. 

Contudo, em 2019 o estúdio foi adquirido pela Microsoft e passou a fazer parte do Xbox Game Studios. Então o projeto, que teria partes cortadas por falta de orçamento, uma vez que 3 milhões de dólares não é o suficiente para se fazer um Triplo A, passou a receber um aporte financeiro que permitiu a equipe de Tim Schafer pensar muito maior do que eles previam. Na verdade, certamente as conversas de aquisição da empresa já vinham mais cedo do que em 2019 e podemos imaginar que Psychonauts 2 tenha recebido um boost financeiro há mais tempo. Desta forma, podemos ver o resultado no produto final.

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Raz volta a entrar no cérebro das pessoas em Psychonauts 2

Psychonauts 2

Após os eventos do primeiro game e do jogo de Realidade Virtual que foi lançado alguns anos atrás, a história continua. Mas o melhor é que a Double Fine tomou um cuidado enorme para explicar a história, que é lotada de ideias muito boas, mas difíceis de se entender. Então, ao começar Psychonauts 2, você terá uma baita explicação do que aconteceu até agora no mundo de Raz.

Agora, poucos dias depois dos eventos dos primeiros games, Raz começa a fazer parte oficialmente dos Psiconautas. Contudo, diversos eventos inexplicáveis começam a tomar conta da agência, forçando Raz a se adaptar e até mesmo quebrar algumas regras. 

A história então passa a se transformar, nos mandando de cabeça em cabeça, de cenário em cenário, para vários momentos chaves, sejam no presente, passado ou futuro dos diversos personagens que o game nos apresenta. A história é realmente uma das coisas mais empolgantes de Psychonauts 2, embora a maneira com a qual ela é contada seja algo ainda mais brilhante.

A maestria do texto de Psychonauts 2

Ainda que a Double Fine tenha marcado a sua história com vários jogos de Point and Click, em Psychonauts 2 o foco está na ação dos combates e exploração. Mas na maior parte das vezes você terá altas opções de diálogos, que não mudam em nada os eventos do game, mas lhe entregam um texto rico e cheio de personalidade. Desta forma, o jogo lhe dá uma sensação excepcional de que há sempre algo a se descobrir em apenas uma conversa. 

A quantidade de personagens na história ajuda a criar ainda mais essa imersão. Certamente você vai ficar cada vez mais curioso para entender a origem de cada um e principalmente para tentar descobrir em quem poderá confiar. A narrativa é tão genial que você dificilmente vai perceber as pegadinhas e reviravoltas, sendo totalmente pego de surpresa quando finalmente descobrir os segredos do game. E o melhor: quando você pensa que está acabando, sempre tem mais. 

Gameplay poderia ser mais rico

Em meio a tantas boas ideias, o gameplay de Psychonauts 2 não é dos melhores na hora do combate. Embora seja um jogo de plataformas e exploração, que funciona muito bem nestes momentos mais “pula, voa e explora”, na hora de enfrentar os inimigos tudo é muito mais simples do que deveria e acaba não empolgando quanto poderia. Felizmente, os momentos de combate não são tão grandiosos e servem para inserir o desafio no jogo. Certamente você vai conseguir passar por eles sem tantas dificuldades.

Contudo, Raz possui muitos golpes e habilidades de um Psychonauta, e temos apenas 4 botões para distribuí-los. Assim, LB, LT, RB e RT não são o suficiente para todos os momentos de ação. A Double Fine acabou errando em não criar um método mais simples para o jogador percorrer por estas habilidades torná-las mais fáceis de se usar. 

Cada cabeça terá uma surpresa em Psychonauts 2

Um dos grandes diferenciais de Psychonauts 2 perante outros jogos é a liberdade criativa que o estúdio teve. Assim, a quantidade de maluquices que a gente vê em cada novo cenário é infinita. Raz entrará na cabeça de vários personagens, e a maneira com a qual todos eles são perturbados, possuem traumas, bagagens emocionais e medos, muda por completo a experiência em cada nova porta que Raz vai abrir. É sensacional ver que em cada momento e cenário, a Double Fine deixou exalar uma quantidade enorme de paixão pelo que estava desenvolvendo.

Mas não pense que só na cabeça dos personagens que vamos encontrar algo impressionante. O jogo é conduzido com maestria em todos os momentos, deixando de ser algo linear como a maioria dos jogos de ação e aventura de plataforma, para algo com alguns mundos abertos. Dessa forma, cada local aberto servirá de Hub para novas áreas, contendo também seus próprios colecionáveis, segredos e missões paralelas. 

Explorar é a chave da evolução em Psychonauts 2

Ainda que não seja um RPG e quase não tenha nada de um, Psychonauts 2 tem um bom sistema de evolução através de pontos de habilidades. Assim, toda vez que você subir de nível, ganhará um ponto que poderá ser gasto em melhorias para suas skills. Contudo, não há como evoluir no combate. É na exploração, encontrando mais itens, criações, cards e muito mais.

Então, será necessário explorar cada canto do jogo. Como o cérebro dos personagens é um mundo à parte, cada um deles terá construções próprias, que se o jogador prestar atenção, estas construções contam um pouco do que aquele personagem já viveu. É sensacional a quantidade de coisas que cada cenário guarda.

Um jogo que se transformou após a aquisição da Microsoft

PlayStation

Psychonauts 2 poderia ter muito do que a gente vê na versão final sendo cortado por falta de investimento. Mas ao ser adquirida pela Microsoft, a Double Fine transformou o projeto – e o que a gente recebe é um jogo de altíssimo nível. Talvez o título seja um dos concorrentes ao Goty, principalmente pela tamanha qualidade e diversão. De longe o visual pode não agradar, mas ao começar a jogar, a gente entende que tudo faz parte da escolha artística do estúdio, além, é claro, de toda a parte sonora, desde músicas e efeitos especiais até as vozes – que infelizmente não são dubladas. Bola fora da Microsoft do Brasil.

Desta forma, não há motivo para quem tem um Xbox ou PC não jogue Psychonauts 2. Além de chegar direto no Game Pass, é um dos melhores games do ano! E após jogar, eu fico imaginando que tipo de mundo o meu cérebro criaria no universo de Psychonauts 2. Certamente é algo que nunca saberei.

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