RAD surpreende e é uma ótima pedida aos amantes de desafios | Análise

RAD

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RAD é o mais novo roguelike a chegar no mundo dos games

Desenvolvido pela Double Fine, detentora de Grim Fandango e da série Psychonauts, e distribuído pela Bandai Namco, RAD é um roguelike baseado em níveis. A princípio, este subgênero do RPG tem como premissa a morte do jogador ser algo permanente dentro do jogo. Assim, todo seu progresso é reiniciado constantemente. Sobretudo, o gênero traz níveis procedurais que resulta em diferentes cenários a cada “new game” realizado.

Vale Lembrar que, em 2018 fomos surpreendidos por outro roguelike, Dead Cells. Seguindo a mesma premissa, o game conseguiu agradar e chamar a atenção de muitos jogadores e da crítica especializada. Desta forma, RAD foi lançado em um momento fértil para o desconhecido subgênero, e assim poderia se destacar, como aconteceu com Dead Cells.

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O título chegou oficialmente no dia 20 de Agosto com versões para PS4, Xbox One, PC e Switch. Prometendo uma aventura bem atípica, o game oferece uma experiência desafiadora aos jogadores.

Afinal, será que RAD terá o mesmo destino de Dead Cells? Acompanhe-me nesta análise e descubra o que achamos do título.

Um mundo habitado por adolescentes, caracterizado nos anos 80

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O game traz uma história de um mundo pós-apocalíptico onde toda a humanidade foi exposta a radiação, e o que restou da natureza se resume a terrenos baldios. Nós controlamos um adolescente, e também sobrevivente, que terá a responsabilidade de trazer o equilíbrio e restaurar este mundo devastado.

Em meio a cenários totalmente destruídos pela a radiação e repletos de criaturas mutanoides, você estará exposto a mutações que lhe ajudarão em sua jornada. A trama em si é bem interessante e os inúmeros NPCs servem como complemento para expandir a narrativa. Embora com um enredo interessante, ele é pouco explorado, servindo mais como pretexto de sua própria existência.

A magia do Roguelike

Como citado inicialmente, nossa morte é permanente e os níveis são gerados proceduralmente cada vez que conseguimos um “game over”. Desta forma, sempre haverá algo novo lhe esperando a cada nova tentativa. Em RAD não foi diferente, mas o título vai além.

Os cenários são gerados aleatoriamente – como define o manual – no entanto, esta aleatoriedade se estende às habilidades de nosso personagem. Sendo assim, a cada nova tentativa, temos novas ambientações e estamos sujeitos a conquistar habilidades diferentes em comparação com o nível anterior. Assim, esta dinâmica traz uma experiência variada e de constante renovação.

Por fim, este aspecto também alcança os inimigos, embora sejam um tanto quanto repetitivos. Em minha experiência, consegui matar um boss em um certo nível e posteriormente acabei morrendo. Através de mais uma tentativa, pude notar a presença de inimigos que eu havia descoberto em um nível bem inicial.

Em resumo, RAD passa uma sensação revigorante, e seu reset nunca ocorre de maneira previsível.

RAD esbanja a cultura dos anos 80

RAD é – totalmente – caracterizado nos anos 80. Toda essa influência se faz presente na trilha sonora e nas vestimentas dos personagens e NPC’s. De fato, a escolha foi um grande acerto, e algo interessante para a indústria, abordando um apocalipse em plena década de 80.

Embora todo o cenário esboce esta época, o jogo consegue trazer alguns aspectos futurísticos. O mapa traz o que sobrou da Terra após todo o acontecimento, porém, há alguns locais altamente tecnológicos. Enquanto você joga, cada nível apresenta uma passagem secreta que deve ser aberta conforme você coleta um certo número de fragmentos.

Quando coletados, a dita passagem secreta se abre, e você também terá que explorar e derrotar os novos inimigos e chefões. O interessante é que toda essa estrutura traz uma tecnologia além de sua época. Desta forma, este contraste torna a experiência ainda mais chamativa.

Por fim, todos estes detalhes artísticos são orquestrados por uma visão panorâmica que, a priori, confunde. Porém, não demora muito para se acostumar com o estilo de câmera. Desta forma, a união de elementos resulta em um gameplay fluido, sem nenhuma poluição na tela – algo bastante comum neste estilo de visão.

Double Fine sendo a Double Fine

Embora o título seja algo totalmente novo feito pelo estúdio, é possível ver vestígios de franquias anteriores. Sobretudo, todo o ar cômico que acompanhou o estúdio em jogos como: Grim Fandango, Psychonauts e Brutal Legends, por exemplo, se faz presente neste. Neste caso, tais aspectos são encontrados tanto no gameplay, quanto na trilha sonora.

De fato, o humor é uma das grandes características da Double Fine. Se você é fã, certamente vai adorar o tom cômico que foi colocado em RAD principalmente, nas telas de loading, que são protagonizadas por uma voz super cafona – bem ao estilo dos anos 80.

Mas nem tudo são flores…

Em RAD, ou você adora ou odeia. Por se tratar de um game punitivo, seu público é bem seletivo. Assim, se você gosta e leva tudo como “questão de honra”, ele é perfeito.  No entanto, o título falha em alguns aspectos que poderiam tornar esta experiência árdua menos desmotivante.

O título traz uma variedade de personagens que são desbloqueados conforme você avança. Além dos já disponíveis, novos protagonistas são adicionados com aspectos visuais variados. Entretanto, o que há de distinto entre todos estes personagens são os visuais, e nada mais que isso. Todos os movimentos e combos são replicados em todos os personagens disponíveis.

Assim, não há motivo para tantos personagens, tendo em vista que as roupas são a única diferença considerável. Deste modo, esta falha deixou de fazer do gameplay – que é já variado – algo ainda mais diversificado. Esse fator poderia resultar em um interesse ainda maior por parte do jogador. E em adição, também serviria para motivar o desbloqueio dos novos personagens.

Veredito

RAD é aquele cachorrinho lindo que você quer dar carinho e acaba sendo surpreendido. Todo seu aspecto colorido e convidativo subentende uma experiência árdua e punitiva. Embora tenha algumas falhas, o game não deixa a desejar. Para aqueles que gostam de um bom desafio, certamente esta é uma ótima pedida.

Mesmo não causando o impacto que Dead Cells causou, RAD só prova que o gênero roguelike aos poucos conquista seu espaço cada vez mais.

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