Returnal brilha e frustra com a mesma intensidade | Análise

Returnal

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Returnal é um dos jogos que mais causa curiosidade nos fãs de Playstation. O exclusivo desenvolvido pela finlandesa Housemarque sai no dia 30 de abril e nessa análise tentaremos mostrar todos os pontos de destaque que essa obra traz para a indústria dos games.

A plot inicial é relativamente simples. Você é uma astronauta, Selene, e sofre um acidente com sua nave caindo em um planeta desconhecido. Após isso, você deve encontrar e explorar os locais para entender o que está acontecendo de verdade. Cada vez que você morre, o jogo volta para a cena do acidente e tudo é reiniciado.

Returnal é um game diferente

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Primeiramente temos que abordar um pouco sobre o conceito do Rogue-Like. Returnal é um jogo de ação/terror psicológico, que tem como propósito o rogue-like como subgênero. Mas o que isso realmente significa e o que impacta no gameplay? Vamos lá, o jogo Rogue é um dos clássicos lá dos primórdios da indústria dos games. Naquela ocasião, Rogue apresentava algumas características diferentes, como por exemplo, o cenário ser criado de maneira procedural (uma aleatoriedade que faz com que o cenário seja diferente a cada ciclo); Permadeath (morte permanente); High Fantasy (Alta Fantasia); Enfim, algumas características que podem ser encontradas dentro do exclusivo de PS5.

Em Returnal, cada ciclo (morte e reinício) as coisas estão diferentes, mas tudo (ou quase tudo) o que você conquistou até o momento de sua morte é perdido e jamais será recuperado. Poucos games estão nos holofotes com essas características e um deles foi o Hades, um dos candidatos a GOTY em 2020.

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Returnal pode e deve ser considerado um Shoot ‘em up

Para quem não se recorda, Shoot ‘em up são aqueles saudosos jogos “de navinha“. Pois bem, uma das grandes experiências da Housemarque foi com esse estilo e aplicaram muito bem em Returnal. O jogo, a todo momento, te proporciona combates que referenciam aqueles tiroteios insanos desse estilo de jogo. Uma subcategoria também presente no game é o Bullet Hell. Isso porque em vários momentos, vemos a tela inteira cheia de projéteis e a sensação de não ter escapatória é muito comum. Assim eles foram moldando uma parte crucial que serve de base para o jogo.

O Gunplay de Returnal Brilha de uma maneira incrível

Se tem algo que precisa ser exaltado nesse jogo é o Gunplay. A mecânica que envolve os combates como tiros, miras, movimentação, inimigos e cenário é algo que deveria ser visto com carinho. A Housemarque fez um trabalho excelente te colocando num papel desafiador, ao passo que aprender a jogar Returnal é delicioso. Você sempre inicia um ciclo com uma pistola. Essa arma tem uma mecânica específica, potencializada pelo Dualsense. Quando você aperta o gatilho de mira até o fim, ela carrega um tiro mais potente, mas há um cool down para poder usar novamente. Contudo, para os tiros comuns é necessário que o gatilho seja pressionado sensivelmente até a metade. No início pode causar um pouco de confusão e dificuldade, porém com o tempo será automático e fácil de manusear.

Vale destacar que há uma variedade interessante de armas, cada qual com uma característica bem distinta. Por exemplo, a Caçadeira Vérmica, que é uma espécie de Shotgun. Já a Carabina vai mais pro lado da metralhadora. Outras representam a lança granadas, lança míssil, etc. Encontrá-las é sempre necessário e faz diferença no sucesso da missão.

O ciclo depende de habilidade, mas o elemento sorte está sempre presente

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Cada ciclo é um sentimento diferente. Cada run tem inimigos, cenários, itens, portas, objetos diferentes. Essas diferenças são acompanhadas de uma aleatoriedade que pode ser benéfica ou extremamente ruim para a sua run. Houve certos ciclos que eu fiquei extremamente poderoso, com itens excelentes, arma forte, vida no talo e isso me fez ter mais coragem pra explorar e querer ficar ainda mais forte. Esse é um sentimento perigoso, porque quanto maior a sua confiança, maior é a vontade de ter mais poder e aí vem a ruína. Num pequeno vacilo, você pode (E VAI, ACOSTUME-SE) colocar todo esse esforço a perder, porque até mesmo no primeiro bioma, há inimigos ridiculamente fortes.

A fragilidade da personagem pode ser compensada com muita exploração e itens poderosos, mas pode acontecer de você não sobreviver até esse ponto. Vale lembrar que, em Returnal, durante a sua jornada você encontra itens malignos ou parasitas. Esses, por sua vez, causam uma avaria em seu traje, podendo te prejudicar mais do que beneficiar. Assim sendo, escolha com cuidado os consumíveis e acessórios, pois eles precisam valer a pena o esforço.

Os Biomas e sua importância

O cenário não serve apenas como desculpa para mostrar que você está em um mapa diferente. Ele também te oferece estratégia de combate e de coleta de itens. As paredes, portas, muretas, plataformas, tudo podem ser desde abrigos a impulsionadores para o ataque. Isso acontece em todos os biomas/mapas que você está. As diferenças de um para o outro estão muito na sua exposição, mas principalmente na voracidade dos inimigos. Quanto mais longe você chega, mais agressivos e mortais eles ficam.

Cada mapa oferece algumas características de exploração, de desafios e de surpresas. Na exploração, com pouco tempo de jogo você já consegue definir se aquele local pode ou não valer a pena. Assim sendo, essa percepção é crucial para se dar bem no jogo.

A qualidade do jogo é proporcional a frustração

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Se tem uma coisa que os Rogue-Likes proporcionam é um sentimento de “não evolução”. Alguns consegue fazer você voltar do início, mas cientes de que a partir dali, você está mais preparado para encarar os desafios. Esse não é o caso de Returnal! Aquele sentimento de que eu não estou avançando/evoluindo é constante. Isso pode ser motivador, mas perigosamente frustrante quando a repetição é grande. E acreditem, será.

Lidar com esse sentimento e administrá-lo no próximo ciclo faz toda a diferença. O jogo até te dá algumas opções, principalmente quando enfrenta os chefões (bem desafiadores), a buscarem um portal que te leve diretamente para o enfrentamento. Entretanto, para chegar até esse portal você precisa necessariamente passar pelo Bioma 1 e explorar até achar a porta correta. Fazer isso repetidas vezes cansa bastante. E fazer novamente depois de um ciclo longo, no qual você está poderoso e chega perto de um sucesso, causa um desânimo forte.

Tudo isso faz parte da proposta, faz parte do estilo, mas vai um alerta: Esse jogo não serve para ser casual. Se você está com uma ideia de jogar para se divertir e curtir o momento, esqueça, pois Returnal exige concentração, foco e atenção em TODOS OS SEGUNDOS.

Quesitos técnicos complementam a qualidade de Returnal

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Hoje em dia o que mais chama a atenção são gráficos deslumbrantes, 4K, 60 fps e etc. Returnal é consistente em sua performance, mas tem um elemento que será bastante falado – o Som. Sabemos que o PS5 tem um sistema todo preparado para o Audio 3D e fazer com que o ambiente ganhe uma camada ainda mais realista. Isso é feito com maestria em Returnal. Jogar com esse recurso te dá uma imersão absurda, bem como sustos lascados e ajuda demais na posição de seu inimigo e do que está acontecendo no cenário.

Vale destacar que a Dublagem é muito bem feita, mesmo não tendo muitos diálogos, pois você conhece a  história através de arquivos deixados pela própria astronauta.

Conclusão

Returnal é um jogo desafiador, frustrante em sua característica Rogue-Like, mas compensa com uma qualidade imensa do gameplay e com recompensas inacreditáveis ao derrotar um inimigo poderoso. Se prepare psicologicamente pra enfrentar um jogo que vai mexer com seu emocional e que premia o habilidoso, o concentrado e o sortudo.

Aproveite e confira a nossa análise em vídeo do canal do Combo Infinito, logo abaixo:

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